quinta-feira, 6 de abril de 2023

Onda de atentados em escolas e creches cresce no Brasil desde 2017; política armamentista de Bolsonaro agrava situação (vídeo).

Desde 2002, foram registrados 25 atentados em escolas e creches, sendo que 72% dos casos aconteceram entre 2017 e 2023.

Carro da Polícia Científica deixa creche que sofreu atentado em Blumenau, Santa Catarina | Ataque à Escola Estadual Thomázia Montoro em São Paulo (Foto: REUTERS/Denner Ovidio | Reprodução)

massacre que resultou na morte de quatro crianças a golpes de machadinha em uma creche de Blumenau (SC), na quarta-feira (5), foi o último de uma escalada crescente de violência em instituições de ensino de todo o Brasil. Desde 2002, foram registrados 25 atentados em escolas e creches, sendo que 72% dos casos aconteceram entre 2017 e 2023.

Segundo o Metrópoles, “ao todo, são 18 casos registrados em pouco mais de seis anos, em estados como Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo”. A pesquisadora da Unicamp Cléo Garcia observa que um dos fatores que contribuem para a onda de violência é a imersão dos jovens na internet. 

“Nós não dizemos que os jogos virtuais, por mais violentos que sejam, levam a esse tipo de ataque. Na verdade, é o acolhimento que o adolescente não teve aqui fora, seja na vida pessoal, escolar ou familiar, e que ele encontra em comunidades que chamamos de ‘comunidades mórbidas’”, diz a pesquisadora. 

“Hoje nós encontramos qualquer tipo de ameaça, disseminação de ódio, incentivo ao crime, ‘como construir uma bomba’, ‘como dar uma facada’, ‘como utilizar uma arma de fogo’, tudo isso em redes sociais como Twitter e TikTok, além do Discord, que é por onde os gamers acabam se conectando e levando as pessoas para essas comunidades de discurso de ódio”, completa. 

A presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB-DF, Ana Izabel Gonçalves de Alencar, observa que a facilidade do acesso a armas e munições promovida ao longo do governo Jair Bolsonaro (PL) também contribuiu para agravar a situação. Ao longo dos quatro anos de mandato, Bolsonaro editou mais 40 decretos que facilitaram o acesso de armas de fogo e munições por parte de civis. - (247).




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