A decisão do governo Jair Bolsonaro de abandonar o grupo, em janeiro de 2020, chocou Pequim
Por Portal Folha de Pernambuco
Leonardo Sobreira, de Pequim (247) - A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) serve como uma das principal ponte para a cooperação entre a região e seus grandes parceiros comerciais, em especial a China.
A decisão do governo Jair Bolsonaro de abandonar o grupo, em janeiro de 2020, chocou Pequim. Segundo Wu Jinjia, diretora do escritório para cooperação regional do departamento de assuntos latino-americanos da chancelaria chinesa, o Brasil, como maior economia da região, não pode deixar de lado a Celac. “Na mesma medida, a Celac perde muito com o Brasil de fora”, disse ela.
“Lula é um integracionista”, disse a oficial, saudando as declarações do presidente eleito no sentido de resgatar o protagonismo do Brasil na política mundial. Em seu discurso de vitória, o petista disse que o “Brasil está de volta” e relembrou o processo de integração da região, citando o Mercosul, a Unasul e a Celac.
“Quando o Brasil puder assumir a presidência pro tempore da Celac, esperamos que então o Brasil possa dar um passo mais adiante”, disse Wu, falando a um grupo de jornalistas latino-americanos, por videoconferência.
Ela acrescentou que a China deseja dobrar o número de subfóruns sob o Fórum China-CELAC, plataforma que fortalece e expande o comércio bilateral e a cooperação entre a China e a região. - Leonardo Sobreira, de Pequim (247).
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