Na manhã desta sexta-feira (7), Lula voltou a dizer que é contra o aborto. “Não é papel do presidente da República, isso é um papel do poder legislativo", afirmou
Ex-presidente Lula durante encontro com evangélicos em São Gonçalo (RJ) (Foto: Ricardo Stuckert / Divulgação)
O ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva concordou em assinar uma carta direcionada aos evangélicos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (7) pela jornalista Andrea Sadi, na GloboNews. Um evento de Lula está sendo organizado para segunda-feira (10) com evangélicos. Segundo a jornalista, quem está coordenando este comitê evangélico na campanha de Lula é a senadora evangélica Eliziane Gama (Cidadania-MA).
A carta já teria uma versão rascunhada. No conteúdo da carta aos evangélicos, Lula afirmaria que não deve governar pensando em "pautas de costumes", o que implicaria em não defender a legalização do aborto e das drogas, por exemplo. Também seriam destacados o crescimento das igrejas evangélicas ao longo dos governos petistas e a criação do Dia Nacional da Marcha Para Jesus e do Dia Nacional do Evangélico, ambas as datas implementadas em mandatos do ex-presidente.
De acordo com a coluna da Malu Gaspar, no jornal O Globo, discute-se o melhor momento para publicá-la. Alguns setores da campanha defendem a publicação numa data próxima ao segundo turno, para que seu impacto não seja diluído nas próximas semanas. Outros setores, no entanto, consideram ideal a publicação o quanto antes, pois "qualquer momento já é tarde."
Lula sobre aborto: “sou contra”
Na manhã desta sexta-feira (07/10), Lula voltou a dizer que é contra o aborto. “Essa é uma resposta que eu já dei. Eu sou contra o aborto. Sou contra o aborto, sou pai de cinco filhos, avô de oito netos, bisavô de uma bisneta”.
Lula lembrou que há uma lei dizendo como é que pode acontecer ou não o aborto e destacou que decisões sobre o aborto e de outras pautas de costume não são do presidente da República, mas do Legislativo, composto por deputados e senadores na esfera federal.
“Não é papel do presidente da República, isso é um papel do poder legislativo e sobretudo é um papel que cabe muito a gente entender que a mulher tem supremacia sobre seu corpo”, afirmou. Brasil247.