Integrantes da equipe econômica e do Ministério da Saúde afirmaram que "incidentes diplomáticos" atrasaram a chegada dos insumos para a produção da vacina de Oxford comprados da China. Ernesto Araújo, depois de todos os ataques, agora tem mantido contato diário com o seu correspondente chinês.
Submisso ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Bolsonaro atacou a China em várias ocasiões. Um dos ataques aconteceu em outubro, quando ele disse que o governo não compraria vacina da país asiático. "Alerto que não compraremos vacina da China", disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou uma audiência de urgência com o embaixador da China, Yang Wanming, para falar sobre o atraso no envio de insumos para a fabricação de vacinas no Brasil.
Integrantes da equipe econômica e do Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, afirmaram que "incidentes diplomáticos" atrasaram a chegada dos insumos para a produção da vacina de Oxford comprados da China.
De acordo com auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, o dosincidentes foi o ataque do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, em novembro do ano passado. Na época, o parlamentar disse que o governo brasileiro declarou apoio a uma "aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China".
Em nota, a embaixada chinesa no Brasil classificou a postagem do parlamentar como "totalmente inaceitável para o lado chinês e manifestamos forte insatisfação e veemente repúdio a esse comportamento". "A parte chinesa já fez gestão formal ao lado brasileiro pelos canais diplomáticos", acrescentou a embaixada chinesa.
Atualmente, o Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking global de casos de coronavírus (8,5 milhões), atrás de Índia (10,5 milhões) e Estados Unidos (24,6 milhões). O governo brasileiro também registra a segunda maior quantidade de mortes (210 mil) provocadas pela pandemia. Os EUA têm o maior número de óbitos (408 mil).
