sexta-feira, 6 de março de 2020

TENSÃO Após entrada de Ronaldinho com documentos falsos, diretor de migração do Paraguai renuncia cargo

O ex-jogador não foi impedido de entrar no país mesmo após identificarem que seu passaporte não era autêntico (Foto: NORBERTO DUARTE/AFP) 
O ex-jogador não foi impedido de entrar no país mesmo após identificarem que seu passaporte não era autêntico (Foto: NORBERTO DUARTE/AFP)

Após Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis terem sido detidos com passaportes falsos no Paraguai na última quarta-feira (4), o diretor de migração do país Alexis Penayo renunciou o cargo. De acordo com o ministro do Interior do Paraguai, Euclides Azevedo, Penayo e sua equipe deveriam ter sido os responsáveis por impedir a entrada do ex-jogador brasileiro.

O ex-diretor afirma que tem provas de que avisou ao Ministério do Interior do país sobre a entrada de Ronaldinho com os documentos, mas não obteve nenhuma resposta. O ex-funcionário disse, ainda, que o ministério foi informado da autenticidade do documento utilizado pelo ex-jogador ao passar pelas autoridades, e que a alteração no passaporte só aconteceu depois.

"Tenho a prova de que alertei o ministro. Eu o informei, via WhatsApp, que os dados (dos documentos apresentados) não figuravam no sistema [...]. Ele não respondeu", relatou Penayo, de acordo com o o jornal ABC. "Tenho as provas de que alertei o Ministério do Interior e o diretor de identificações. Enviei as fotos dos passaporte e disse: não figuram no sistema".

Segundo o jornal ABC, Ronaldinho e seu irmão desembarcaram às 9h05 (horário de Brasília) e passaram pelo Departamento de Migrações, onde apresentaram documentos falsos. A informação sobre os passaportes foi repassada ao diretor do departamento Alexis Penayo que comunicou Euclides Acevedo, ministro do Interior.

O ex-jogador recebeu do empresário Wilmondes Sousa Lira, também detido hoje, os documentos após vistoria. Sem impedimentos na entrada, o brasileiro foi liberado. O ex-camisa 10 passeou pela capital Assunção com escolta policial.

"Eu informei sobre minhas ações. No entanto, a Polícia o escoltou desde que chegou até altas horas da noite. Escoltaram com base em quê? Por que, se tinham esses dados, não me denunciaram e detiveram Ronaldinho?", indagou Penayo sobre as decisões. (DP)
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