
O ex-jogador não foi impedido de entrar no país mesmo após identificarem
que seu passaporte não era autêntico (Foto: NORBERTO DUARTE/AFP)
Após Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis terem sido detidos com
passaportes falsos no Paraguai na última quarta-feira (4), o diretor de
migração do país Alexis Penayo renunciou o cargo. De acordo com o
ministro do Interior do Paraguai, Euclides Azevedo, Penayo e sua equipe
deveriam ter sido os responsáveis por impedir a entrada do ex-jogador
brasileiro.
O
ex-diretor afirma que tem provas de que avisou ao Ministério do
Interior do país sobre a entrada de Ronaldinho com os documentos, mas
não obteve nenhuma resposta. O ex-funcionário disse, ainda, que o
ministério foi informado da autenticidade do documento utilizado pelo
ex-jogador ao passar pelas autoridades, e que a alteração no passaporte
só aconteceu depois.
"Tenho a prova de que
alertei o ministro. Eu o informei, via WhatsApp, que os dados (dos
documentos apresentados) não figuravam no sistema [...]. Ele não
respondeu", relatou Penayo, de acordo com o o jornal ABC. "Tenho as
provas de que alertei o Ministério do Interior e o diretor de
identificações. Enviei as fotos dos passaporte e disse: não figuram no
sistema".
Segundo o jornal ABC, Ronaldinho e
seu irmão desembarcaram às 9h05 (horário de Brasília) e passaram pelo
Departamento de Migrações, onde apresentaram documentos falsos. A
informação sobre os passaportes foi repassada ao diretor do departamento
Alexis Penayo que comunicou Euclides Acevedo, ministro do Interior.
O
ex-jogador recebeu do empresário Wilmondes Sousa Lira, também detido
hoje, os documentos após vistoria. Sem impedimentos na entrada, o
brasileiro foi liberado. O ex-camisa 10 passeou pela capital Assunção
com escolta policial.
"Eu informei sobre minhas
ações. No entanto, a Polícia o escoltou desde que chegou até altas
horas da noite. Escoltaram com base em quê? Por que, se tinham esses
dados, não me denunciaram e detiveram Ronaldinho?", indagou Penayo sobre
as decisões. (DP)
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