Via: Santanavinicius

Por Júlio Lossio*
Nos últimos
dias, temos visto um duelo entre a epidemiologia e a economia. Parte da
população, dentre as quais o presidente Bolsonaro, defendendo o fim do
isolamento horizontal, em que todos devem ficar ao máximo em casa, salvo as
excessões.
Outra
defendendo a manutenção das regras de isolamento, em detrimento da economia.
Ambas as
partes, evidentemente, acreditam estar agindo de maneira correta. Contudo,
ambas podem estar erradas. E aí, quais as consequências desse erro?
Com o
isolamento horizontal esperamos observar um achatamento da curva de
contaminação, com a possibilidade dos nossos hospitais atenderem grande parte
da população, evitando muitas mortes. A economia, por sua vez, enfrentará uma
forte recessão, com o governo sendo obrigado a fazer uso de suas reservas e até
mesmo aumentar o déficit primário para proteger os desempregados e
trabalhadores informais. Além, claro, de fomentar as empresas que enfrentaram
sérias dificuldades.
No entanto,
caso decidamos por afrouxar as regras do isolamento, observaremos as pessoas
voltando a circular livremente e a economia começar a se movimentar. Contudo, a
grande circulação de pessoas fará com que a epidemia tome proporções
gigantescas e, apesar da “baixa” taxa de mortalidade do vírus, um grande
aumento do número de infectados trará como consequência uma falência
do sistema de saúde e um grande número de mortes, sobretudo do chamado grupo de
risco. Morrerão país, mães, avós, avôs…
Em que
cenário você prefere viver?
No da crise
econômica? Ou no segundo, quando poderá ter que se afastar em definitivo e para
sempre de seus pais, seus avós, ou até mesmo de seus filhos, se no último caso
a vítima for você?
O mais
curioso de toda essa situação é que nas grandes guerras, nas grandes crises
econômicas, nas grandes catástrofes ambientais… as decisões mais impactantes
são tomadas por poucas pessoas: os chamados líderes mundiais.
Agora, de
maneira paradoxal, naquele que tende a ser o maior ataque que a
civilização moderna já enfrentou, cada um de nós, mesmo o mais simples dos
homens, tem o poder de decidir e contribuir com o mundo que quer amanhã.
Faça sua
escolha.
*Ex-prefeito de Petrolina
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