Por: Agência Brasil
Levantamento feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior
(Semesp) apontou que ainda há desigualdade de gênero no mercado de
trabalho brasileiro.
Levantamento feito pelo Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior
(Semesp) apontou que ainda há desigualdade de gênero no mercado de
trabalho brasileiro.
Segundo os dados da pesquisa, as
mulheres com ensino superior completo são a maioria no mercado de
trabalho brasileiro (55,1% do total) na comparação com os homens com
ensino superior. Essas mesmas mulheres com ensino superior também são
maioria entre o número de admitidos de janeiro e dezembro do ano
passado, principalmente na faixa etária entre 25 e 34 anos. Mas quanto
ao rendimento, os maiores salários entre quem tem ensino superior ainda
são dos homens, independentemente da idade.
No Brasil, a
média salarial dos admitidos com ensino superior completo é de R$ 4.640
para homens e de R$ 3.287 para as mulheres, ou seja, em média, a mulher
ainda recebe 41% a menos em seus salários em comparação aos homens.
Para
a vice-presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, não há justificativa para o
fato de as mulheres terem salários menores que os homens. "As mulheres
já provaram sua competência em todas as áreas do conhecimento. Não se
justifica terem menor rendimento. Isso acontece em outros países também,
conforme relatório da OCDE (Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico). Fatores como progressão de carreira,
natureza do trabalho (mesmo que dentro de um mesmo setor), tipos de
contrato e vida familiar podem ter influência nesta injustificável
disparidade de gênero, a ser superada”, disse ela.
Outro
problema demonstrado pela pesquisa é que, após os 30 anos de idade, o
salário avança para os homens, enquanto as mulheres têm pouca evolução
salarial ao longo da carreira.
“Os números indicam que a
desigualdade de gênero no Brasil ainda é grande. As mulheres são maioria
nos cursos de ensino superior. Entretanto, essa busca das mulheres por
qualificação e aperfeiçoamento profissional, na maioria dos casos, não
representa aumento significativo na renda mensal”, disse Rodrigo
Capelato, diretor-executivo do Semesp.
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