
Instituído
pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional do Idoso (hoje,
1º de outubro) é uma oportunidade para que as pessoas lembrem que a idade chega
para todos, e que, com ela, novas dificuldades surgirão. Especialistas
consultados pela Agência Brasil, no entanto, garantem: é possível
envelhecer com qualidade de vida.
Segundo
o médico geriatra e diretor científico da Sociedade Brasileira de Geriatria e
Gerontologia (SBGG) Renato Bandeira de Mello, qualidade de vida é algo
subjetivo: depende da percepção do indivíduo sobre o que é felicidade.
Mas,
em termos gerais, acrescenta o geriatra, qualidade de vida na velhice está
associada a vida ativa: a busca por hábitos saudáveis como atividade
física, alimentação saudável; e a manter a mente estimulada com novas
atividades. Outro fator associado à qualidade de vida na terceira idade são as
relações sociais.“Isso significa contato com a família, amigos e colegas de
trabalhos”, resume Mello.
Família
O
papel da família para a qualidade de vida do idoso, além de relevante, está
previsto em leis. “Mais do que um papel, os familiares têm obrigação com os
idosos. Isso, inclusive, é respaldado pelo Estatuto do Idoso”, explica o
diretor da SBGG.
Nesse
sentido, o estatuto prevê que a família se envolva nos cuidados e na proteção
do idoso, “respeitando os seus limites e a autonomia a fim de não o cercear de
suas liberdades e desejos”, acrescenta Mello.
Coordenadora-geral
do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, Eunice Silva destaca ser o ambiente
familiar o que registra a maioria das violações de direitos da pessoa idosa.
Segundo ela, entre os fatores que resultam em enfermidades, quedas, demência e
internamentos prolongados estão a violência doméstica, os maus tratos e o
abandono.
“É
obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar
ao idoso, com absoluta prioridade a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, cidadania, liberdade
e dignidade, ao respeito e às convivências familiar e comunitária”, argumenta a
coordenadora do conselho que é vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos (MMFDH),
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