sábado, 5 de janeiro de 2019

MAIS UM GENERAL DESAUTORIZA BOLSONARO SOBRE EMBAIXADA EM JERUSALÉM



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Primeiro foi o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional que fez declarações apontando dificuldades para a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, em franca contradição com o presidente Jair Bolsonaro. Agora, é o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo, que faz ressalvas, alegando que possíveis consequências práticas dessa decisão podem impedir a transferência da embaixada. O general disse que é inviável atender a demanda dos evangélicos de que a mudança da embaixada seja concretizada até abril. 
Lideranças evangélicas, base fundamental de paoio do governo Bolsonaro, querem que a mudança da embaixada seja concretizada até abril, mês em que se celebra a criação do Estado de Israel em 1948. Questionado se considerava isso possível, Santos Cruz disse que seria inviável.
Em tom quase desafiador, o general Santos Cruz afirmou: "Olha, eu não vou falar nem pelo Bolsonaro, nem pelo Ernesto (Araújo, ministro das Relações Exteriores), mas eu acho que eles (evangélicos) vão ficar na esperança. Porque uma coisa é você dizer que tem intenção, outra coisa é você concretizar. Para sair de uma ideia para a vida real, você tem uma série de outras considerações de ordem prática. Então, eu acho completamente inviável essa conexão", afirmou o general, um dos ministros mais próximos de Bolsonaro.
A transferência da embaixada pode acarretar retaliações comerciais de países árabes contra o Brasil. Existe também o temor de ataques extremistas a embaixadas brasileiras no exterior.
"São coisas que seriam levantadas, consideradas, na avaliação da concretização da ideia (de mudar a embaixada). Tudo isso pode até inviabilizar (a transferência). Então, eu acho que o pessoal tem que ter um pouco mais de calma. Entre a ideia e a realidade, você tem uma distância bastante longa", disse Santos Cruz ao ser questionado sobre esses riscos.
Como se vê, o tema divide o governo, o corpo diplomático e a própria comunidade internacional. A aliança de Bolsonaro com Trump e Netanyahu pode custar caro.


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