O secretário Pedro Eurico encaminhará na manhã desta segunda-feira (10) ofícios a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao Ministério Público do Ceará e a Controladoria Geral e Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará para que o caso seja investigado em Fortaleza
Por: Mirella Araújo com agências
Pedro EuricoFoto: Henrique Genecy/Folha de Pernambuco
A Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos irá cobrar do governo cearense que as investigações das mortes dos reféns - sendo cinco deles pernambucanos - na tentativa de assalto a uma agência bancária, na última sexta-feira (7) na cidade de Milagres, sejam transferidas para a Secretaria de Segurança do Ceará junto ao Ministério Público (MPCE). “Esse inquérito tem que ser acompanhado em Fortaleza, para que possam garantir a isenção das investigações.
Cinco pernambucanos inocentes foram assassinados e nós queremos os devidos esclarecimentos. Não foram apenas troca de tiros, há fortes indícios de que o que aconteceu foi uma chacina”, declarou o secretário da SJDH, Pedro Eurico. Será encaminhado na manhã desta segunda-feira (10) ofícios junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além do MPCE e da Controladoria Geral e Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará. Até o momento, oito pessoas foram presas e mais de 24 foram ouvidas pela Polícia Civil.
Eurico também criticou a fala do governador do Ceará, Camilo Simões (PT), questionando a presença das vítimas em uma agência bancária às 2h da madrugada. “Ele foi de uma infelicidade sem limites, afirmando que não era para ter reféns ali, naquela hora. Ora, o estado não garante mais o direito de ir e vir do cidadão? A pessoa que está andando em uma área central pode ser vítima de um episodio daquele? De forma alguma. A polícia já estava informada dessa tentativa de assalto e deveria ter agido com cautela na prisão destas pessoas”, declarou.
Cinco pernambucanos inocentes foram assassinados e nós queremos os devidos esclarecimentos. Não foram apenas troca de tiros, há fortes indícios de que o que aconteceu foi uma chacina”, declarou o secretário da SJDH, Pedro Eurico. Será encaminhado na manhã desta segunda-feira (10) ofícios junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além do MPCE e da Controladoria Geral e Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública do Ceará. Até o momento, oito pessoas foram presas e mais de 24 foram ouvidas pela Polícia Civil.
Eurico também criticou a fala do governador do Ceará, Camilo Simões (PT), questionando a presença das vítimas em uma agência bancária às 2h da madrugada. “Ele foi de uma infelicidade sem limites, afirmando que não era para ter reféns ali, naquela hora. Ora, o estado não garante mais o direito de ir e vir do cidadão? A pessoa que está andando em uma área central pode ser vítima de um episodio daquele? De forma alguma. A polícia já estava informada dessa tentativa de assalto e deveria ter agido com cautela na prisão destas pessoas”, declarou.
Os corpos do empresário João Batista Magalhães, de 46 anos, o filho dele Vinícius Magalhães, de 14 anos, a cunhada Claudineide Campos, de 41 anos, o marido dela Cícero Tenório, de 60 anos e o filho Gustavo Tenório, de 13 anos, foram sepultados no último sábado (8). Sob forte comoção, uma multidão acompanhou o transporte dos corpos pelas ruas de Serra Talhada. A população demonstrou carinho pelo empresário, que era membro da Câmara de Dirigentes Lojistas da Cidade e tinha história política ligada ao município.
Sequestro e tiroteio
Cerca de 30 homens armados planejaram assaltar as agências do Branco do Brasil e do Bradesco, no município de Milagres, a 480 km de Fortaleza. O grupo havia roubado um caminhão, que foi deixado atravessado na BR-116 e começaram a abordar carros no caminho, levando passageiros como reféns. Na cidade, eles foram surpreendidos por policiais dando inicio ao confronto. O tiroteio se estendeu por mais de 20 minutos.
De acordo com o prefeito de Milagres, Lielson Landim (PDT), os reféns foram mortos pelos criminosos, mas ainda não há conclusão sobre de onde teriam partido os disparos. Oito suspeitos também morreram na ação. O empresário João Batista Magalhães havia deixado Serra Talhada, acompanhado do filho para buscar familiares no aeroporto de Juazeiro do Norte, já no Ceará. Eles chegavam de São Paulo. No caminho de volta, foram interceptados pelo grupo.
O empresário João Batista Magalhães, 46, tinha saído de Serra Talhada com o filho Vinícius Magalhães, de 14 anos, para buscar parentes no aeroporto de Juazeiro do Norte
Enterro acontece em Serra TalhadaFoto: Cortesia/Whatsapp
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