Crítico do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o cientista político de Harvard (EUA) Steven Levitsky afirma que o "descrédito da elite política, somado à terrível performance econômica e à intensa polarização vista desde 2014 são três sinais preocupantes no Brasil".
"E o quarto é a emergência no cenário eleitoral de candidatos que comprometidos com uma democracia liberal. Jair Bolsonaro diz abertamente que não está comprometido regras de democracias liberais", diz ele ao Estadão.
De acordo com o estudioso, "democracias estão sempre vulneráveis à eleição livre de autoritários as democracias morrem hoje não é a mesma pela qual a democracia do Brasil morreu em 1964".
"Não de um golpe militar. São presidentes e primeiros-ministros eleitos que destroem as democracias usando as instituições democráticas. E a forma de prevenir isso de acontecer é prevenindo a eleição de figuras autoritárias, Os Estados Unidos falharam em 2016 e espero que o Brasil consiga evitar o mesmo erro", complementa.
O analista afirma, ainda, que, "em geral, quando adversários políticos se tratam como inimigos há uma ameaça à democracia". "No caso de autoritários, a lição aprendida é que é absolutamente crucial que partidos políticos democráticos de diferentes se reúnam em oposição a eles. No caso do Brasil, argumentaria que partidos devem se unir contra Bolsonaro, especialmente se ele for para o segundo turno", acrescenta.247
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