sábado, 7 de abril de 2018

IMPRENSA EUROPEIA DÁ CRÉDITO A LULA PELAS CONQUISTAS SOCIAIS QUE PROMOVEU NO BRASIL

Ricardo Stuckert

Adriana Moysés, da RFI - A decretação da prisão do ex-presidente Lula preocupa a imprensa europeia. De um lado, jornais e revistas assinalam "a queda do ícone da esquerda brasileira", por outro lado demonstram receio com o possível acirramento da violência pré-eleitoral no Brasil.
É consenso entre especialistas e jornalistas europeus que a luta contra a corrupção é absolutamente necessária no Brasil. Mas dentro das regras democráticas, constitucionais e desde que se observe a mesma exigência para toda a classe política, independentemente de cargo e partido político.
Muitos observadores europeus notam que a celeridade dada ao processo do ex-presidente Lula, eleito pelo Partido dos Trabalhadores, denuncia uma intenção política do Judiciário brasileiro de afastá-lo da corrida presidencial de 2018. Não é que eles "compram" a tese dos defensores de Lula e do próprio ex-presidente. Eles apenas observam, ouvindo as divergências de opinião entre juristas, que o Judiciário agiu, no caso de Lula, com um rigor e celeridade excepcionais.
A ordem de encarceramento de Lula, sem que a defesa tenha exaurido os recursos judiciais previstos na Constituição, é comentada nesta sexta-feira (6) pelo advogado Charles Henry Chenut – sócio de um grande escritório de advocacia franco-brasileiro em Paris. Em entrevista ao jornal La Croix, Chenut diz que "do ponto de vista jurídico, é uma decisão discutível; porém, do ponto de vista estratégico, é preciso haver uma garantia de manutenção da luta contra a corrupção". Chenut justifica o "posicionamento estratégico" diferenciado para o petista citando o caso do ex-governador de São Paulo Paulo Maluf, "condenado na década de 1990, preso apenas no ano passado".
O jornal britânico The Guardian afirma que a prisão de Lula "representará um golpe à sobrevivência política do primeiro presidente da classe trabalhadora do Brasil e potencialmente aprofundará as divisões no país, que tem sido afetado por episódios de violência política". Como assinalam alguns juristas brasileiros, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem dilatado a tensão. Passou de poder moderador a poder tensionador.(247).

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