Lula é inocente. Nunca ninguém foi tão acusado, perseguido, nunca ninguém teve tanto sua vida e suas atividades públicas tão vasculhadas, seu nome tão objeto de tentativas de destruição da sua reputação e nunca ninguém se saiu tão airoso. Como diz ele, conseguiu provar sua inocência, sem que os seus acusadores tenham provado sua culpa.
Lula é tão inocente como qualquer pessoa do povo brasileiro, como qualquer trabalhador, que vive do seu trabalho, da sua atividades, sem explorar a ninguém. Lula é inocente como o povo brasileiro.
Buscando espaço próprio no cenário politico alguns, ao invés de disputar com o Lula na capacidade de liderança, de empatia com o povo, de disputar com propostas para resgate da democracia e reconstrução do país, se dedicam a atacar o Lula, que seria responsável praticamente do golpe.
Visões políticas de baixo nível teórico e político não entendem como se constrói a hegemonia de um projeto popular. Vivem de afirmações estrondosas, que tem efeito de minutos na internet, depois desaparecem. Lula construiu a arquitetura que permitiu à esquerda, apesar de minoritária no Congresso, viabilizar o período mais virtuoso da história brasileira. Nos seus dois mandatos, o programa da esquerda foi hegemônico – crescimento econômico com distribuição de renda, recuperação do papel do Estado, politica externa soberana -, contando com um grande bloco social e politico.
No mandato da Dilma, a aliança se manteve. Não foi o PT que escolheu o vice da Dilma. O PT formulou o programa de continuidade com o governo Lula, que foi aceito pelo PMDB, que indicou seu presidente, Temer, como vice, dentro do programa do PT, como voltaria a ocorrer em 2014.
Demagogia barata dizer que o Lula escolheu o Temer como vice e que seria o responsável pela crise atual, visão de quem não entende nada do que aconteceu no país neste século e de quem rejeita as alianças, sem saber da sua importância e de que o que define sua natureza é saber quem detém a hegemonia. Dilma foi perdendo essa hegemonia ao longo do seu mandato, com o PMDB mudando sua correlação de forças interna, até desembocar na ruptura e no golpe.
Paralelamente às acusações ao Lula, passaram a correr acusações ao povo brasileiro. Que seria passivo, "banana", segundo a desastrada capa de uma revista. Se acusa o povo brasileiro de não reagir a tudo o que sofre, quase de ser cúmplice do golpe, até mesmo, alguns, de que porque as elites são corruptas, o próprio povo o seria ou seria complacente com a corrupção. Um pouco mais e vão pedir a dissolução do povo brasileiro.
Um problema comum a praticamente todos os governos anti neoliberais da América Latina é o de que beneficiários de suas políticas sociais não votam nos candidatos dos governos que levaram a cabo essas politicas, que mudaram tão positivamente suas vidas. Uns atribuem a culpa ao povo, ingratos, que não reconhecem os responsáveis por essas políticas.
Pelo sucesso dessas politicas em todos os países de governos neoliberais, estes deveriam sempre vencer as eleições e ter cada vez mais bases populares mais amplas de apoio. O que não somente não tem acontecido, como tem ocorrido o oposto: os triunfos eleitorais tem sido por margens menores e tem havidos vários casos de derrotas.
Ainda que reconheçam que suas vidas melhoraram e de forma significativa, não atribuem isso à mudança de governo e a políticas que os novos governos implementaram. Ou porque naturalizaram essas políticas como se fossem direitos perenes de todos ou porque atribuem as mudanças a fatores outros – a Deus, a seu próprio esforço, entre outros.
Corre na internet, amplamente, a criminalização do pobre que vota em candidatos da direita, como se a culpa fosse deles. Os próprios meios de imprensa que são incapazes de chegar ao povo e não tem nenhuma influencia sobre eles, acusam os pobres de ser "bananas".
Quando os pobres não votam na esquerda, a culpa é da esquerda, que não conseguiu chegar até eles e convence-los de seus argumentos.
Lula e o povo brasileiro são inocentes. Consultado, o povo brasileiro, com maioria cada vez mais ampla, escolhe a Lula como alternativa para dirigir o Brasil de novo.(247).
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