sábado, 29 de julho de 2017

OS DEPUTADOS IRÃO SALVAR TEMER 5%?

REUTERS/Ueslei Marcelino

Nos próximos dias, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), poderá colocar em votação a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Michel Temer, em que ele é acusado de corrupção passiva, num caso inédito na história do Brasil. Ao que tudo indica, a oposição não tem os 342 votos necessários para que Temer seja investigado, o que indica a tendência de vitória do Palácio do Planalto.
A votação, no entanto, poderá ocorrer sob o impacto da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira, que mostrou que Temer é aprovado por apenas 5% dos brasileiros. Mais do que isso, o levantamento também indicou que 87% não confiam em Temer e que nunca a presidência da República esteve tão mal avaliada na história do País. Ou seja: os deputados que votarem com Temer estarão votando contra a maioria absoluta da população e, portanto, contra os interesses de seus próprios eleitores.
Pode ser que os parlamentares decidam seguir os conselhos do deputado Carlos Gaguim (Podemos-TO), que disse que "o povo esquece isso até as próximas eleições". Ou que muitos nem estejam pensando na própria reeleição, mas apenas nas emendas parlamentares liberadas por Temer nas últimas semanas. Só em julho, foram mais de R$ 2 bilhões, dias antes do anúncio do maior aumento da gasolina em 13 anos. Aliás, a pesquisa CNI/Ibope foi feita antes do tarifaço – o que indica que sua aprovação pode ser ainda inferior a 5%.
Até agora, o Palácio do Planalto não demonstrou o menor pudor em abrir a torneira de gastos desnecessários com deputados, cavando o maior déficit fiscal da história do País, que anda na casa dos R$ 20 bilhões mensais, ao mesmo tempo em que praticamente zera os investimentos produtivos e os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento. É uma receita que aprofunda a recessão que pesa sobre todo o País, mas preserva os parlamentares, que são também os juízes de Temer. Que cada deputado calcule o custo-benefício de sua decisão e que os eleitores não tenham memória curta.

Domingo, um mestre
Nos próximos dias, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), poderá colocar em votação a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Michel Temer, em que ele é acusado de corrupção passiva, num caso inédito na história do Brasil. Ao que tudo indica, a oposição não tem os 342 votos necessários para que Temer seja investigado, o que indica a tendência de vitória do Palácio do Planalto.
A votação, no entanto, poderá ocorrer sob o impacto da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira, que mostrou que Temer é aprovado por apenas 5% dos brasileiros. Mais do que isso, o levantamento também indicou que 87% não confiam em Temer e que nunca a presidência da República esteve tão mal avaliada na história do País. Ou seja: os deputados que votarem com Temer estarão votando contra a maioria absoluta da população e, portanto, contra os interesses de seus próprios eleitores.
Pode ser que os parlamentares decidam seguir os conselhos do deputado Carlos Gaguim (Podemos-TO), que disse que "o povo esquece isso até as próximas eleições". Ou que muitos nem estejam pensando na própria reeleição, mas apenas nas emendas parlamentares liberadas por Temer nas últimas semanas. Só em julho, foram mais de R$ 2 bilhões, dias antes do anúncio do maior aumento da gasolina em 13 anos. Aliás, a pesquisa CNI/Ibope foi feita antes do tarifaço – o que indica que sua aprovação pode ser ainda inferior a 5%.
Até agora, o Palácio do Planalto não demonstrou o menor pudor em abrir a torneira de gastos desnecessários com deputados, cavando o maior déficit fiscal da história do País, que anda na casa dos R$ 20 bilhões mensais, ao mesmo tempo em que praticamente zera os investimentos produtivos e os gastos do Programa de Aceleração do Crescimento. É uma receita que aprofunda a recessão que pesa sobre todo o País, mas preserva os parlamentares, que são também os juízes de Temer. Que cada deputado calcule o custo-benefício de sua decisão e que os eleitores não tenham memória curta.

Domingo, um mestre
Com a morte de Domingo Alzugaray, fundador da Editora Três, na última segunda-feira, o Brasil perdeu o maior de todos os seus editores. Domingo será sempre lembrado como um amigo generoso, um empreendedor visionário, um caráter excepcional, mas se uma única palavra pudesse defini-lo seria esta: editor. Tive a alegria e o privilégio de conviver com ele durante dez anos e nunca conheci alguém com tanto entusiasmo, tanto brilho no olhar e tanto amor pela notícia. Com a sua partida, vai-se um pedaço da história do Brasil, mas fica um exemplo grandioso. Domingo foi um mestre. Descanse em paz, meu amigo. (247).

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