A entrevista bombástica do empresário Joesley Batista à revista Época, que aponta Michel Temer como chefe da maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil (saiba mais aqui), confirma o que o mundo inteiro já sabe. O Brasil foi palco do mais extravagante golpe de estado de todos os tempos. Aquele em que uma presidente legítima e honesta foi derrubada por uma legião de corruptos, com uma população manipulada por meios de comunicação comprometidos com esse processo vergonhoso.
Enquanto foi presidente, Dilma sempre foi acusada de ser "inábil politicamente". Traduzida para o português, essa expressão significa apenas que ela era refratária à corrupção endêmica de seus aliados. Ou seja: Dilma não roubava nem deixava roubar. Por isso mesmo, tantos esquemas de corrupção foram fechados em sua administração. Um contrato na área internacional da Petrobras, que renderia uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB, foi cortado pela metade. Aliados de Michel Temer, como Moreira Franco, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, ocuparam cargos em sua administração, mas foram demitidos.
Hoje já se sabe que, de acordo com as delações da Odebrecht, Moreira Franco operava nos aeroportos. Ele foi acusado de receber propinas quando nem era candidato a nada. De outro, Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima atuavam na Caixa Econômica Federal. Enquanto isso, Henrique Eduardo Alves recolhia propinas numa das arenas da Copa do Mundo. Em paralelo, Michel Temer e Eliseu Padilha conspiravam no Congresso.
Hoje, Cunha está preso, condenado a mais de 15 anos. Henrique Alves também foi detido, na mais recente fase da Lava Jato. Temendo ser a "bola da vez", Geddel entregou seus passaportes à Polícia Federal. Como disse Joesley, quem não está preso, hoje está no Palácio do Planalto. Com o golpe dos corruptos contra a presidente honesta, o Brasil passou a ser comandado diretamente pelo crime e milhões de pessoas perderam seus empregos. (247).
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