sábado, 15 de abril de 2017

Asteroide ganha o nome da cidade sertaneja de Itacuruba

Denominação foi escolhida em congresso realizado no Uruguai e é homenagem ao município onde está instalado 
o Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI)

Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI)
Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI)Foto: Divulgação/ON
O pequeno município de Itacuruba, no Sertão de Pernambuco, é agora nome de um asteroide. A denominação foi aprovada nessa quinta-feira (13) durante o congresso científico “Asteroids, Comets, Meteors - ACM”, que termina nesta sexta em Montevidéu (Uruguai). O nome - o primeiro de uma cidade sertaneja dado um corpo celeste - é agora o do até então denominado asteroide 10468, descoberto em 1981.

A escolha pelo nome da cidade sertaneja com menos de 5 mil habitantes e localizada a 481 km do Recife, foi uma sugestão da equipe do Observatório Astronômico do Sertão de Itaparica (OASI), que começou a operar no município em 2011. O telescópio do OASI é o segundo maior em solo brasileiro e, no observatório, é desenvolvido o projeto Impacton, do Observatório Nacional, dedicado ao estudo de propriedades físicas de asteroides e cometas, particularmente daqueles que possuem órbitas próximas e são potencialmente perigosos para a Terra. 

Pelas regras da União Astronômica Internacional (UAI), quando um novo asteroide é descoberto, seus descobridores têm o direito de sugerir um nome, que deve ser 
submetido à aprovação da comissão específica da UAI. Mas, segundo o congresso, "é comum que membros de grandes projetos de monitoramento de asteroides 'cedam' a prerrogativa a grupos e instituições de ensino e pesquisa. Dessa forma, já se tornou tradição que o congresso ACM, realizado a cada três anos em diferentes cidades do mundo, homenageie pesquisadores e instituições de destaque na área. No Brasil, alguns astrônomos e personalidades já foram homenageados. Entre as poucas cidades brasileiras eternizadas no céu, está Olinda, cujo nome foi dado ao cometa descoberto pelo francês Emmanuel Liais em 1860. 

A homenagem a Itacuruba é, segundo os astronômos, um agradecimento à população do município que acolheu a construção do OASI e também tem o objetivo de chamar atenção para a preservação do céu noturno da região semiárida brasileira. Por suas características climáticas e ainda baixa poluição luminosa, a região oferece a todos uma ótima contemplação do céu. 

O “10468 Itacuruba” está localizado no cinturão principal de asteroides, região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter. Tem um período orbital de 3,58 anos em torno do Sol e um tamanho estimado entre 2 a 5 km de diâmetro. Foi descoberto em 1º de março de 1981 pelo astrônomo norte-americano S. J. Bus no observatório de Siding Spring, na Austrália. (Folhape).


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