Em entrevista à revista Época, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso diz que "se o PSDB for pego, tem que dizer: eu
errei"; como o partido já foi pego, com pedidos de propina de Aécio Neves
que somam R$ 50 milhões, depósitos de R$ 23 milhões para José Serra na Suíça e
pagamentos a Geraldo Alckmin por meio do cunhado, como consta das delações da
Odebrecht, só falta marcar a data do pedido público de desculpas.
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso disse que o PSDB deve admitir à sociedade que errou se
"for pego".
"Eles (os partidos) têm de
agir de maneira diferente. Quando eu disse aquele negócio do caixa dois, eu
disse que primeiro tem de reconhecer o erro", afirmou o ex-presidente em
entrevista à revista Época, em referência à sua afirmação de que o caixa dois
de campanha é diferente de corrupção, e que primeiro deve-se assumir o erro,
depois ser punido.
"É condição necessária.
Para fazer (acordo de) leniência, as empresas não estão reconhecendo? Como é
que o partido não vai reconhecer? É inacreditável que o PT até hoje não tenha
esclarecido nada nem a eles próprios. Se o PSDB for pego, se houver condenação,
tem de dizer: 'Eu errei'. Não dá para tapar o sol com a peneira", afirma.
Embora tenha citado o PT, FHC
ignorou delações de executivos da Odebrecht que citaram os líderes tucanos
Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin, os principais nomes cogitados para a
candidatura à presidência em 2018.
Aécio foi citado como pedinte
frequente de propina para campanhas, que chegam a somar R$ 50 milhões. José
Serra recebeu R$ 23 milhões em uma conta na Suíça e Geraldo Alckmin ter
recebido propina por meio do cunhado por obras realizadas pela empreiteira em
São Paulo.
O partido, portanto, já foi pego. Só falta marcar a data do pedido público de
desculpas. (247).
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