Na entrevista que deu durante a
confraternização com a imprensa, realizada nesta quinta-feira, dia 12, o
ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, não fugiu dos questionamentos
sobre a polêmica retirada de cidades da região do Araripe do projeto do
Canal do Sertão. Das 17 cidades, somente 10 estão nos estudos para o
início construção da obra. O projeto do Canal foi concluído quando o
ministro esteve à frente do Ministério da Integração Nacional.
“Nesta discussão existe muita
desinformação. Conversei com os prefeitos do Araripe recentemente em
Araripina e frisei que o projeto que viabilizamos é para captar 50
metros cúbicos de vazão por segundo do rio São Francisco e junto com o
ramal de Entremontes, água que virá da transposição do Eixo Norte, serão
mais 25 metros cúbicos por segundo. Isso é suficiente para irrigar 110
mil hectares”, explicou o ex-ministro.
Ao contrário das críticas sobre a
supressão de cidades que seriam contempladas no projeto original do
Canal do Sertão, FBC esclarece que não são 4 municípios beneficiados e
sim 10: Petrolina, Afrânio, Dormentes, Santa Filomena, Santa Cruz, Santa
Maria da Boa Vista, Parnamirim, Granito, Exu e Casa Nova-BA
Ele explicou esses 10 municípios já têm
identificados para receber a obra, 70 mil hectares e iniciados os
estudos pedológicos para poder definir de forma adequada e apropriada já
que os editais de licitação foram feitos.
“Agora quanto a Ouricuri, Ipubi,
Trindade, Bodocó e Arairipina, são os municípios da região que ficam nas
áreas mais altas do Araripe e nesses ainda não existem projetos. Apenas
alguns estudos da Codevasf que apontaram que da forma que foi proposto o
Canal do Sertão, ficariam muito alto os custos para a manutenção dessa
área e o que não seria adequado para a rentabilidade dos produtores”,
destacou Fernando Bezerra.
Fernando frisa que ainda está em estudo a
resolução do problema das cidades localizadas em áreas mais altas do
Araripe que poderia ser via transposição, vindo do Eixo Norte no Ceará. O
ex-ministro diz que os que estão criticando as mudanças no projeto, são
por puro desconhecimento, levando a discussão para um viés politico.
“Esta se estudando outro traçado. Não
existe exclusão, porque temos água para irrigar 110 mil hectares. É uma
discussão que tem que ser feita com tranquilidade, não politizar. Quem
critica não estudou o problema. Precisa ter acesso às informações,
buscar os estudos da Codevasf. Essa não é só uma discussão econômica,
mas social e ambiental. Temos que tirar água do São Francisco com
segurança, sem comprometer o rio”, finalizou o ex-ministro Fernando
Bezerra.
Blog do Bill Art´s