Daniella, de 7 anos, cortou os cabelos para doá-los às crianças com câncer. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Há de se admirar um ato de
solidariedade, principalmente quando ele nasce no coração de uma
criança. Daniella Alvarenga, de 7 anos, surpreendeu a mãe quando pediu
para cortar os longos cabelos e doá-los aos pequenos que lutam contra o
câncer. Em 2012, a doença foi diagnosticada em mais de 11 mil crianças,
segundo dados do Instituto Nacional do Câncer.
A família, que mora em São Fidélis,
no Norte Fluminense, abraçou a causa e apoiou a decisão da pequena que,
apesar da pouca idade, deu uma lição de coragem. O pai, Nelson Marcos,
que sempre admirou os cabelos compridos da filha, não pensou em
discordar do pedido.
“Para nós, pais, não existe nada mais
especial do que ver um filho tomando uma atitude tão pura na expectativa
de ajudar alguém que ele nem conhece. Foi a Daniella que me explicou
que era possível doar os cabelos para a produção de perucas. Ela disse
que as crianças com câncer não gostavam de usar perucas com cabelos
sintéticos”, explicou a mãe, Joelana Alvarenga.
Dois dias depois do pedido, a mãe levou a
pequena para o salão de beleza. “Eu não sabia que era para cortar tão
curto. Depois que fiquei sabendo que o propósito era tão especial”,
contou a cabeleireira Camila Crespaumer.
Os cabelos serão doados ao Graac. (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Com as mechas nas mãos e um sorriso no
rosto, Daniella exibiu os cabelos que serão doados para o Grupo de Apoio
ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac) em São Paulo.
“Eu vi na televisão as pessoas cortando
os cabelos e percebi que podia fazer o mesmo. Pedi para a minha mãe. Ela
deixou e eu fui cortar. Agora só falta ir no Correios para mandar os
cabelos. Depois, eles vão fazer uma peruca com cabelos de verdade”,
explicou a menina Daniella.
No último sábado (23), foi lançada a
campanha do Graac para celebrar o Dia Nacional do Combate ao Câncer
Infantil. Os personagens da Turma da Mônica ficaram “carequinhas”, como
as crianças com câncer.
“É possível curar cerca de 70% dos
casos. Então, para nós, é muito importante mostrar para as pessoas que
devem ser solidárias a esses lutadores”, afirmou Sérgio Petrilli,
superintendente médico do Graac.(G1)
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