Na fase piloto, 1,2 mil amostras serão sequenciadas em 4 laboratórios


O secretário disse acreditar que a iniciativa acelere a investigação das mutações do vírus da covid-19. “A vigilância e o acompanhamento dessas mutações nos ajudarão na resposta do SUS [Sistema Único de Saúde] para o controle da pandemia no país e para entender cada vez mais o comportamento do vírus.”
Na videoconferência foram tratados temas como o aprimoramento da rede de vigilância, o uso das técnicas de sequenciamento genético para controlar a pandemia, os dados de vigilância genômica disponíveis no Brasil e no mundo e o efeito das mutações e variantes sobre o diagnóstico, tratamento e diretrizes de enfrentamento à pandemia.
Segundo o Ministério da Saúde, é fundamental que o Brasil construa uma rede estruturada para combater novas ameaças da pandemia do novo coronavírus. Os investimentos feitos em 2020 para fortalecer e inovar a rede laboratorial para enfrentamento da covid-19 superaram R$ 490 milhões, incluindo a compra de equipamentos, aquisição de insumos e capacitação.
Vigilância
De acordo com o ministério, a vigilância genômica de vírus respiratórios no Brasil começou em 2000, pelos Centros Nacionais de Influenza (NIC, da sigla em inglês), que funcionam nos institutos Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz e Evandro Chagas. Em março do ano passado, atentos à pandemia de covid-19, os centros nacionais começaram a receber amostras para sequenciamento de SARS-CoV-2. Outros laboratórios públicos e privados também começaram a realizar sequenciamento dentro de suas linhas de pesquisa para fortalecer a vigilância genômica em território nacional.
Os cientistas conseguem monitorar e entender as mutações que ocorrem naturalmente nos vírus, por meio de informações como o número de acúmulo de mutações, identificação de cadeias de transmissão locais e monitoramento da taxa de transmissão, informou o ministério. Segundo a pasta, as informações coletadas por meio dessa técnica auxiliam na elaboração de orientações técnicas e políticas públicas eficientes de combate à propagação do vírus.(Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro).