quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

 

Acordos abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia


Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Cerimônia oficial de chegada do Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, por ocasião de sua Visita de Estado ao Brasil, no Palácio do Planalto - DF (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Xi Jinping (à esq.) e Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o líder chinês Xi Jinping oficializaram, nesta quarta-feira (20), um passo histórico na parceria entre Brasil e China, com a assinatura de 37 acordos de cooperação que abrangem mais de 15 áreas estratégicas, como agronegócio, tecnologia, saúde, educação, infraestrutura e energia, segundo a CNN Brasil. O encontro, realizado no Palácio da Alvorada, em Brasília, acontece após a participação de Xi Jinping na Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro.

Os acordos assinados reforçam a posição da China como o principal parceiro comercial do Brasil nos últimos 15 anos. Em 2023, o intercâmbio comercial entre os dois países atingiu a marca recorde de US$ 157,5 bilhões. Este ano, até outubro, os números já alcançaram US$ 136,3 bilhões, com um superávit brasileiro de US$ 30,4 bilhões.

Ainda de acordo com a reportagem, entre os acordos firmados, destacam-se protocolos nas áreas de infraestrutura, tecnologia, turismo, cultura, esporte e energia sustentável. A visita também marcou os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países, iniciadas em 1974. Apesar dos avanços nas parcerias, o governo brasileiro resistiu às pressões para aderir plenamente à Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), conhecida como a Nova Rota da Seda, optando por um protocolo que trata de “sinergias” com o projeto.

O projeto BRI, que já destinou cerca de US$ 1 trilhão a obras de infraestrutura ao redor do mundo, é uma ferramenta central da China para ampliar sua influência global. Embora não tenha aderido oficialmente à iniciativa, o Brasil mantém uma postura de cooperação estratégica.

A cerimônia de assinatura contou com a presença de diversas autoridades brasileiras, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministros, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Também estavam presentes o indicado ao Banco Central, Gabriel Galípolo, e o embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão.

Após os compromissos no Alvorada, Xi Jinping participou de um almoço oferecido por Lula e pela primeira-dama, Janja da Silva, e encerra sua visita em um jantar no Itamaraty. Na terça-feira (19), ao desembarcar em Brasília, Xi foi recepcionado pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). - 247.



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Estadão: Brasil só terá paz quando golpistas bolsonaristas, que são traidores da pátria, forem punidos

 

Em editorial, jornal pede punição rigorosa para os delinquentes que pretendiam assassinar Lula, Alckmin e Moraes

Bolsonaro e Braga Netto (Foto: ABr)


Em um contundente editorial publicado nesta quarta-feira, O Estado de S. Paulo manifestou repúdio à conspiração para um golpe de Estado revelada pela Operação Contragolpe da Polícia Federal (PF). A operação expôs detalhes de um plano orquestrado por militares e figuras do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O editorial expressa indignação com a audácia dos envolvidos, que incluíam o general da reserva Mário Fernandes, ex-comandante de Operações Especiais do Exército e assessor de Eduardo Pazuello (PL-RJ), além de outros militares treinados em forças especiais e um policial federal. Todos foram presos sob suspeita de planejar ações voltadas à “abolição violenta do Estado Democrático de Direito”.

“Punhal Verde e Amarelo” e os detalhes macabros do plano

O documento detalha como o plano, chamado de “Punhal Verde e Amarelo”, visava atacar as autoridades de forma minuciosa. Lula, segundo os conspiradores, seria envenenado, considerando sua condição de saúde e visitas frequentes a hospitais. Alckmin também seria alvo de envenenamento. Para Moraes, o método escolhido era ainda mais brutal: a detonação de explosivos em uma cerimônia pública.

Os relatos revelam que, pelo menos uma reunião para discutir a execução do plano, ocorreu na casa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro. A PF não tem dúvidas quanto ao envolvimento direto de Braga Netto na articulação do atentado, o que evidencia a profundidade da ameaça antidemocrática.

A ameaça à democracia e a urgência da punição

O editorial do Estadão destaca a gravidade do caso, afirmando que o País esteve à beira de uma convulsão política sem precedentes, evitada, em parte, pelo não apoio do Alto Comando do Exército à tentativa golpista. “Resta claro que o País esteve muito próximo de ser tragado por uma convulsão política e social inaudita em sua história recente”, apontou o texto.

Com o relato minucioso entregue ao gabinete de Alexandre de Moraes, relator do Inquérito 4.874 sobre as “milícias digitais antidemocráticas”, a PF traçou um panorama que deixa evidente a seriedade da ameaça à democracia. O documento de 221 páginas detalha o monitoramento das vítimas e os preparativos para os ataques.

Para o Estadão, a paz só será alcançada quando todos os responsáveis forem julgados e condenados, em consonância com o Estado Democrático de Direito que tentaram destruir. “Se felizmente a intentona não foi adiante, o simples fato de frutificar entre os mais bem treinados militares do Exército esse ímpeto golpista em nada tranquiliza a Nação”, frisou o editorial. A conclusão é clara: enquanto traidores da Constituição e, portanto, da Pátria, não forem rigorosamente punidos, a estabilidade estará em risco. - 247.

Cortes 247



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Leia a declaração conjunta fruto de uma parceria histórica entre Brasil e China

 

No documento, os presidentes Lula e Xi Jinping prestaram pelo menos 20 esclarecimentos para detalhar os acordos feitos pelos dois países

Xi Jinping (à esq.) e Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)



A República Federativa do Brasil e a República Popular da China fizeram uma Declaração Conjunta sobre a formação da Comunidade de Futuro Compartilhado por um Mundo mais Justo e um Planeta Sustentável. Os presidentes Lula e Xi Jinping tiveram um encontro em Brasília (DF) e assinaram 37 acordos. 

Leia a declaração anunciada pelos dois países: 

Brasília, 20 de novembro de 2024

A convite do Presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidente da República Popular da China Xi Jinping realizou uma visita de Estado ao Brasil no dia 20 de novembro de 2024.

1. As partes decidiram elevar as relações bilaterais a Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável.

2. As partes consideraram que, nos cinquenta anos desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a China, as relações dos dois países têm resistido às rápidas mudanças e marcadas turbulências no contexto internacional e mantêm desenvolvimento constante e positivo. O Brasil tornou-se, em 1993, pioneiro ao estabelecer uma Parceria Estratégica com a China. Em 2004, foi um dos primeiros países a reconhecer a China como economia de mercado e, em 2012, foi o primeiro país da América Latina e Caribe a estabelecer uma Parceria Estratégica Global. Sob a orientação estratégica dos dois chefes de Estado e a coordenação efetiva da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), as relações entre os dois países entraram no melhor momento da história e a sua natureza estratégica, mutuamente benéfica e abrangente é cada vez mais destacada, dando um exemplo de relacionamento do Sul Global e entre os grandes países em desenvolvimento.

3. O Brasil apoia a China a transformar-se em um grande país moderno em todos os aspectos e promover a revitalização da nação chinesa em todas as frentes através do caminho chinês para a modernização. A China apoia o Brasil a trilhar seu caminho de desenvolvimento justo, inclusivo, sustentável e livre da fome e da pobreza, e faz votos de novos êxitos de desenvolvimento econômico e social para o Brasil.

4. As partes felicitaram-se pelo êxito da VII sessão plenária da COSBAN, realizada em Pequim, em junho de 2024. Reconheceram que, lançada em 2004, por ocasião da primeira visita de Estado do presidente Lula à China, a COSBAN tem fortalecido consistentemente a cooperação e o diálogo aberto, com o objetivo de avançar estrategicamente a parceria bilateral.

5. De modo a elevar as relações bilaterais a um novo patamar, as partes concordaram em estabelecer sinergias estratégicas entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias brasileiras de desenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana, para impulsionar a atualização e o melhoramento da qualidade da cooperação entre os dois países, promover os processos de modernização do Brasil e da China, e contribuir positivamente para a interconectividade e desenvolvimento sustentável regionais.

6. No processo de estabelecimento de sinergias estratégicas entre o Brasil e a China, as duas partes promoverão prioritariamente a cooperação estratégica em áreas como finanças, infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, investimentos, transformação ecológica, ciência e tecnologia, e inovação.

7. As partes reconheceram o potencial de cooperação existente nas áreas de defesa e da indústria de defesa, e reconhecem que deveriam intensificar contatos de alto nível e estudar novas iniciativas nessa área.

8. As partes acordaram realizar o Ano Cultural Brasil-China em 2026, em seguimento à bem-sucedida série de eventos culturais realizados por ocasião da celebração do cinquentenário das relações diplomáticas. A iniciativa visa a fortalecer os laços culturais e aprofundar o entendimento mútuo entre os dois povos, com ênfase na promoção recíproca de suas culturas, reconhecidas por sua rica diversidade e criatividade.

9. A parte brasileira reiterou que adere firmemente ao princípio de Uma Só China, reconheceu que só existe uma China no mundo e que Taiwan é uma parte inseparável do território chinês, enquanto o Governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China. A parte brasileira apoia os esforços da China para realizar a reunificação nacional pacífica. A parte chinesa manifestou grande apreço a esse respeito.

10. As partes reiteram o apoio à autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) e ao seu papel central na manutenção da paz e da segurança internacionais e na promoção do desenvolvimento. Reconheceram a necessidade de reformar a ONU e seu Conselho de Segurança, com vistas a torná-los mais representativos e democráticos. Enfatizaram também o impulso das reformas necessárias e adequadas do Conselho de Segurança, para permitir que um maior papel seja desempenhado pelos países em desenvolvimento e que a composição do Conselho possa responder adequadamente aos atuais desafios globais. A parte chinesa atribui grande importância à influência e ao papel que o Brasil exerce em assuntos regionais e internacionais, compreende e apoia a aspiração do Brasil de desempenhar um maior papel na ONU, inclusive no seu Conselho de Segurança.

11. As partes expressaram que, como importantes representantes do Sul Global e membros do G20 e do BRICS, Brasil e China possuem posições convergentes nos grandes temas internacionais e regionais. Enfatizaram a defesa da autoridade e centralidade das Nações Unidas e a promoção da governança global baseada no multilateralismo, no direito internacional e nos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas. Indicaram que estreitarão ainda mais a colaboração estratégica nas plataformas multilaterais como as Nações Unidas, o G20 e o BRICS, trabalharão para tornar a ordem internacional mais justa e equitativa e promoverão o alcance de um mundo multipolar equitativo e ordenado e uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva. Ressaltaram, como exemplo da convergência de visões em matéria de paz e segurança internacional, os “Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China para uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia", que precederam a criação do "Grupo de Amigos da Paz" e o comunicado final da Reunião de Alto Nível de Países do Sul Global sobre o Conflito na Ucrânia, realizada em 27 de setembro, em Nova York.

12. As partes concordaram em seguir envidando esforços conjuntos para promover o reforço da aprendizagem mútua e intercâmbio entre civilizações, resolver disputas regionais por meios políticos e diplomáticos, e contribuir positivamente para a paz, a segurança e o desenvolvimento sustentável do mundo, tendo o Brasil saudado as iniciativas da China nesse sentido, como a Iniciativa para o Desenvolvimento Global, a Iniciativa para a Civilização Global e a Iniciativa para a Segurança Global.

13. A parte chinesa manifestou grande apreço à parte brasileira pelos trabalhos proativos na sua presidência rotativa do G20, especialmente nas três prioridades - a inclusão social e o combate à fome e à pobreza, as transições energéticas e a promoção do desenvolvimento sustentável, a reforma das instituições de governança global. Felicitou o Brasil pelo pleno êxito da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro. O Brasil expressou apreço pela contribuição chinesa à cúpula.

14. A parte chinesa reiterou seu apoio à criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil, e recordou sua adesão à iniciativa. As partes salientaram igualmente que continua a ser imperativo erradicar a pobreza em todas as suas formas e dimensões, reduzir as desigualdades e promover o desenvolvimento sustentável para todos, inclusive por meio da cooperação internacional e da cooperação Sul-Sul com vistas ao compartilhamento de melhores práticas.

15. A parte chinesa saudou a iniciativa do Brasil de lançar um Chamado à Ação pela Reforma da Governança Global, adotado no âmbito da presidência brasileira do G20. As partes expressaram seu firme propósito de dar seguimento aos compromissos assumidos no Chamado à Ação a fim de avançar a necessária reforma das instituições de governança global, à luz do aniversário de 80 anos das Nações Unidas em 2025. Reiteraram a necessidade de uma reforma abrangente da arquitetura financeira internacional para ampliar a influência dos países em desenvolvimento e sua representação nas instituições financeiras internacionais.

16. A parte chinesa assinalou seu apoio à presidência pro tempore brasileira do BRICS em 2025 e a à realização da 17ª Cúpula do BRICS, bem como à presidência brasileira da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ter lugar em Belém, em 2025.

17. A parte chinesa aprecia o Comunicado Conjunto “Unidos por Nossas Florestas”, adotado na cidade de Belém do Pará, durante a Cúpula da Amazônia, em 9 de agosto de 2023. A parte chinesa saudou a iniciativa brasileira de lançar o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, com vistas à COP-30, e manifestou expectativa de que a iniciativa possa desempenhar papel positivo.

18. As partes enfatizaram o papel do desenvolvimento sustentável como um princípio orientador para a cooperação internacional, como forma de garantir que o crescimento econômico seja equitativo, o bem-estar social seja assegurado e os recursos ambientais sejam usados de forma sustentável para o benefício de todos.

19. As partes concordaram em continuar colaborando estreitamente e promover maior desenvolvimento da cooperação China-América Latina e Caribe, bem como manter comunicação e cooperação estreita sobre a realização em tempo oportuno da próxima reunião do Fórum China – CELAC (FCC). Coincidiram em dar seguimento ao Diálogo MERCOSUL-China.

20. Os dois lados avaliaram como muito positivos os resultados frutíferos da visita do Presidente Xi Jinping e seu significado como marco histórico com a elevação do nível estratégico das relações Brasil-China. O Presidente Xi Jinping expressou sinceros agradecimentos ao Presidente Lula e ao governo e ao povo brasileiros pela calorosa e amistosa hospitalidade que lhe foi dada. - 247.

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Correia: 'acordos de Brasil e China são uma mudança de patamar e representam a maior aliança global contra a fome' (vídeo)

 

De acordo com o deputado, Lula demonstra ser um 'presidente estadista e com prestígio internacional'

Da esq. para a dir.: Xi Jinping, Rogério Correia e Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR I Agência Câmara)


O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) destacou nesta quarta-feira (20) a importância dos 37 acordos feitos entre Brasil e China após uma visita do presidente Xi Jinping a Brasília (DF), onde se encontrou com o presidente Lula.

De acordo com o parlamentar, a iniciativa dos presidentes Lula e Xi Jinping representa uma "mudança de patamar entre os dois países". "E é a maior aliança global contra a fome! Muito bom ter um presidente estadista e com prestígio internacional", escreveu Correia.

Os acordos foram realizados em pelo menos 16 áreas: agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura.

Sobre a falta de acesso a comida, problema citado por Correia, a edição 2024 do Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial (SOFI 2024) apontou que a insegurança alimentar severa caiu 85% no Brasil em 2023 e 14,7 milhões deixaram de passar fome no país. A grave questão, que afligia 17,2 milhões de brasileiros em 2022, caiu para 2,5 milhões. Percentualmente, a queda foi de 8% para 1,2% da população. Mais de 730 milhões de pessoas passam fome no mundo.

No caso da parceria com a China, alguns números indicam a importância dos acordos. Conforme estatísticas divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as vendas brasileiras para o mundo alcançaram o valor recorde de US$ 339,6 bilhões entre janeiro e dezembro de 2023. O país chegou a um saldo comercial de US$ 98,8 bilhões, 60% maior que em 2022 e também recorde da série histórica. Em 2024, a tendência é que o setor externo mantenha o dinamismo e siga batendo recordes.

China, Estados Unidos e Argentina mantiveram-se como principais destinos das exportações brasileiras em 2023. As exportações para China bateram recorde em 2023, com aumento de 16,5% em valor e de quase 30% em volume, o que fez o país se tornar o primeiro destino de exportações do país a superar o valor de US$100 bilhões. Para a Argentina, as exportações cresceram 8,9% e totalizaram US$ 16,7 bilhões, sinalizando importante recuperação depois da baixa histórica de 2020, quando o valor foi de US$ 8,5 bilhões. Esse aumento das exportações para Argentina também colaborou para o crescimento do comércio com o Mercosul (com ApexBrasil). - 247.

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Braga Netto e Heleno devem ser os próximos alvos da Polícia Federal

 

Esta é a expectativa da cúpula militar diante das investigações sobre planos de golpe e assassinatos de lideranças brasileiras

Augusto Heleno e Walter Braga Netto (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


Os generais reformados Braga Netto e Augusto Heleno, ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro, estão sob os holofotes das investigações da Polícia Federal e são apontados como os próximos possíveis alvos das autoridades. De acordo com reportagem assinada pela jornalista Monica Gugliano, do jornal O Estado de S. Paulo, ambos aparecem em depoimentos como os grandes articuladores de um golpe de Estado que teria sido planejado por um grupo de militares.

A operação que desencadeou essas expectativas ocorreu nesta terça-feira, com a prisão de um general reformado, três integrantes das Forças Especiais – conhecidos como "kids pretos" – e um policial federal. Os suspeitos são acusados de planejar um golpe de Estado e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A decisão judicial que autorizou as prisões se baseou em um robusto inquérito da Polícia Federal, com mais de 200 páginas detalhando nomes, codinomes, diálogos interceptados e até armamentos que seriam usados no ataque.

Investigação expõe alto escalão

Nos depoimentos mais recentes, o tenente-coronel Mauro Cid destacou o papel de Braga Netto e Heleno como coordenadores do plano golpista, embora o movimento tenha sido frustrado pelo Alto Comando do Exército, que, em sua maioria, rejeitou a conspiração. O general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência durante o governo Bolsonaro, também está implicado. Segundo a investigação, Fernandes chegou a imprimir documentos detalhando o plano dentro do Palácio do Planalto.

O inquérito revelou ainda o uso de celulares descartáveis, diálogos minuciosamente interceptados e a posse de armamentos pesados, como metralhadoras e uma espécie de lança-rojão. A gravidade das acusações reforça a possibilidade de medidas mais duras contra Heleno e Braga Netto.

Movimentações suspeitas e silêncio

Enquanto o cerco se fecha, Braga Netto permanece recluso, limitando-se a movimentações pontuais, como sua recente candidatura a vereador. Já o general Heleno optou por um comportamento ainda mais discreto, praticamente desaparecendo dos holofotes e mantendo-se em casa.

O caso também trouxe à tona relatos de comportamentos aparentemente desconectados de figuras próximas ao núcleo investigado. O general Luiz Eduardo Ramos, que ocupava cargo no alto escalão durante o governo Bolsonaro, teria se mantido alheio às atividades suspeitas de Fernandes, aproveitando viagens pela Europa com a esposa, como mostrado em suas redes sociais.

Contexto político e implicações

A operação da Polícia Federal reflete um novo capítulo de tensões envolvendo a política brasileira e o papel de militares no governo Bolsonaro. A decisão do ministro Alexandre de Moraes expõe uma tentativa de preservar a estabilidade democrática e combater movimentos que visam desestabilizar instituições. Enquanto isso, a cúpula militar observa com apreensão o desdobramento das investigações, reconhecendo que figuras como Heleno e Braga Netto podem ser formalmente responsabilizadas nos próximos passos do processo. - 247.


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“É a reunião mais importante já feita entre Brasil e China", diz Lula sobre encontro com Xi

 

Brasil e China se tornarão parceiros ainda mais próximos, com sinergias em vários campos econômicos

Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping durante encontro do BRICS na África do Sul (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, marcada para esta quarta-feira (20) em Brasília, será “a mais importante já feita entre Brasil e China”. A declaração foi dada durante entrevista ao canal chinês CGTN e reforça a expectativa de que o encontro consolide uma nova fase na parceria estratégica entre os dois países.

“Vamos ter uma reunião bilateral muito importante, onde vamos trabalhar a construção de uma parceria estratégica a longo prazo. Nós queremos compartilhar com a China aquilo que temos de especialidade, e a China compartilhar com o Brasil aquilo que ela tem de especialidade”, declarou Lula.

O encontro acontece durante a visita oficial de Xi ao Brasil, após sua participação no G20 no Rio de Janeiro. Será o primeiro encontro entre os dois líderes desde o início do terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023. A agenda inclui uma reunião bilateral de duas horas no Palácio da Alvorada, assinatura de acordos de cooperação e eventos formais, como um jantar no Palácio do Itamaraty.

Parceria estratégica e investimentos conjuntos

Lula destacou o papel da China na “transição ecológica e energética” do Brasil. Ele mencionou que empresas chinesas têm investido ativamente no setor de energia renovável, incluindo participações em licitações públicas e projetos de infraestrutura.

“A China tem participado muito ativamente na transição energética que estamos fazendo. Isso é muito importante porque o Brasil tem uma oportunidade histórica. Poucos países do mundo têm a possibilidade de produzir energia renovável como o Brasil tem. E aí os chineses têm dado uma contribuição muito grande”, disse o presidente.

Além disso, os dois países deverão anunciar um plano conjunto de investimentos estratégicos, evitando a adesão formal à Iniciativa Cinturão e Rota, popularmente conhecida como Rota da Seda. Segundo o assessor especial Celso Amorim, o objetivo é garantir sinergias em projetos prioritários sem comprometer a autonomia brasileira. “A gente quer a sinergia. Se para ter a sinergia eles têm que chamar de Cinturão e Rota, não tem problema. O que interessa são os projetos que têm essa sinergia”, explicou Amorim.

A parceria deve contemplar cerca de 50 projetos bilaterais, com destaque para infraestrutura, tecnologia, inteligência artificial e desenvolvimento de combustíveis sustentáveis.

Relações Brasil-China e desafios diplomáticos

Apesar do fortalecimento dos laços com a China, o Brasil mantém sua postura de não alinhamento. A decisão de evitar uma adesão formal à Rota da Seda reflete a necessidade de equilibrar as relações com as grandes potências, especialmente os Estados Unidos. Durante o governo Jair Bolsonaro, as relações com a China enfrentaram tensões devido a declarações ofensivas de membros do alto escalão, como o ex-chanceler Ernesto Araújo. Lula, no entanto, reforçou que respeita a soberania chinesa:“Não é o presidente do Brasil que tem que gostar ou não gostar do modelo chinês. Quem tem que gostar do modelo chinês são os chineses. Quem tem que gostar do modelo do Brasil é o Brasil.”

O fortalecimento da parceria com a China também é visto como uma oportunidade de ampliar o comércio bilateral e aumentar investimentos em áreas estratégicas. A expectativa é que a reunião em Brasília marque um novo patamar na relação entre as duas nações. - 247.

Cortes 247



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Carlos Bolsonaro comenta sobre inquérito do plano golpista e defende carro blindado para o seu pai

 

'Desdenham carro blindado ao ex-presidente ', escreveu o parlamentar. Internautas reagiram

Carlos e Jair Bolsonaro | Polícia Federal (Foto: Alan Santos/PR | Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)


O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) resolveu sair em defesa de Jair Bolsonaro (PL) depois que investigações da Polícia Federal apontarem a existência de um plano golpista, com o objetivo de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. 

"Mais um exemplo de planejamento de assassinato. Isso sempre passa despercebido pelos defensores da democracia, suas indignações e alardes inabaláveis. Então democraticamente desdenham carro blindado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a PF alega que não há necessidade de renovação do porte de um dos contínuos alvos e tudo segue na mais pujante normalidade de ser dar inveja à Nicarágua", escreveu o parlamentar no X. 

Internautas reagiram. "Isso não justifica o plano descoberto para para matar Lula, o vice e Alexandre de Moraes no contexto de uma tentativa de golpe. . Crimes não justificam outros crimes. Isso é raciocino básico", escreveu um deles. 

Outra conta fez a seguinte postagem: "Rapaz, tinha um vereador do município do Rio de Janeiro, dando pitacos na Administração Federal. Começa tudo errado daí. Um lunático, com problemas mentais, cognição limitadíssima. Um doente mental, com acesso a dinheiro e muitas armas. Você deveria estar na cadeia!".



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Lula e Xi Jinping estreitam laços com a assinatura de 37 acordos bilaterais entre Brasil e China

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