sexta-feira, 3 de abril de 2020

Dimensão da pandemia no Brasil será percebida nas próximas semanas

Diretor do Butantan afirma que país 
está no começo da epidemia

                Por: Agência Brasil
CoronavírusCoronavírus
Foto: Léo Malafaia/Folha de Pernambuco

O diretor do Instituto Butantan e membro do Comitê de Contingência do Coronavírus, Dimas Covas, disse nesta sexta-feira (03), que o tamanho da epidemia de Covid-19 no país será percebido já nas próximas semanas.
“Nas duas ou três semanas vamos conhecer exatamente o tamanho dessa epidemia. Estamos no começo dela e vamos saber [nessas próximas semanas] se vamos encontrar um Everest [montanha de maior altitude do mundo] ou um monte mais suave”, disse ele.
Segundo o governador de São Paulo, João Doria, abril será um mês de muita tristeza para os brasileiros. “Lamentavelmente, estamos no mês mais duro, mais agudo, mais difícil da crise do coronavírus. Será um mês de notícias tristes para os brasileiros. Temos que ter consciência disso e a capacidade de reconhecer de que este será o mês mais difícil da nossa crise. O embasamento para isso é científico”, falou Doria hoje, em mais uma das entrevistas que ele está dando diariamente na sede do Palácio dos Bandeirantes. Por isso, acrescentou Doria, o importante é manter, no momento, o isolamento social. “Fiquem em casa”, ressaltou.
São Paulo tem hoje 3.506 casos confirmados e 214 óbitos por covid-19, com 395 pacientes internados em regime de tratamento intensivo e 489 em regime de enfermaria.

Amostras paradas

Da quinta para sexta, São Paulo conseguiu analisar mais 87 amostras de pessoas que morreram no estado com suspeita de coronavírus e cujo exame estava parado, aguardando resultado. Do total de analises, 26 deram diagnóstico positivo para o novo coronavírus. Na quinta já haviam sido analisadas 93 do total de 201 amostras que estavam paradas. Com isso, até este momento, São Paulo conseguiu analisar 180 dessas amostras.
Doria negou hoje que São Paulo esteja deliberadamente escondendo dados sobre os casos de Covid-19 no estado. “Não há nenhuma informação omitida, escondida ou deliberadamente retardada para a opinião pública. Temos aqui uma guerra de saúde, uma guerra econômica e uma guerra de informação. E vencer a guerra de informação é fornecer informações corretas, precisas e transparentes”, disse Doria.
A ideia, disse Covas, é tornar a notificação dos casos de coronavírus automática em São Paulo. “Na questão dos testes, nós vamos colocar isso online. A ideia é que fez o teste, ele já caia direto na rede”, falou ele.



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PE: Sobe para 10 o número de mortes por Covid-19; bebê de 1 mês está entre casos confirmados

         Com 30 novos casos, o estado tem agora 136 confirmações da doença. (Foto: Van Der Wal/ANP/AFP)

  Com 30 novos casos, o estado tem agora 136 confirmações da doença. 

(Foto: Van Der Wal/ANP/AFP)  

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou, nesta sexta-feira (3), um novo boletim atualizando o número de casos da Covid-19 em Pernambuco. Com 30 novos casos, o estado tem agora 136 confirmações da doença. Mais uma morte também foi registrada, elevando o número de óbitos para 10. De acordo com o balanço, 17 pacientes já se recuperaram.

O último óbito confirmado é de uma mulher de 51 anos, residente no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR). Ela foi atendida na UPA de Ipojuca no último dia 31. A paciente chegou a ser entubada, mas não resistiu. A mulher era fumante e já tinha, segundo a SES-PE, entradas anteriores na UPA por problemas respiratórios.

Dos 30 novos casos confirmados no estado, 17 são pacientes do sexo masculino e 13 mulheres, com idades entre 18 e 93 anos, além de um bebê de 1 mês. O menino apresentou sintomas gripais e foi levado ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), na área central do Recife, na última segunda (30). A criança foi encaminhada nesta manhã para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), apresentando bom estado de saúde. A mãe do menino não apresenta sintomas. O pai está em isolamento domiciliar.


Os casos confirmados em Pernambuco estão distribuídos por 14 municípios: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Camaragibe, Cabo de Santo Agostinho, Paulista, São Lourenço da Mata, Palmares, Belo Jardim, Caruaru, Petrolina, Ipubi, Aliança, Goiana. Há ainda ocorrências no arquipélago de Fernando de Noronha e de pacientes em outros estados e países. No momento, 45 pacientes estão internados, sendo 19 em UTI/UCI e 26 em leitos de isolamento. Outros 64 estão em isolamento domiciliar. 

Síndrome Respiratória

Desde o início do ano, Pernambuco registrou 253 casos confirmados para outros vírus de transmissão respiratória. Foram 132 casos de Influenza A; 60 de Influenza B; 45 de Influenza A(H1N1); seis casos de rinovírus; quatro testes positivos para outros tipos de coronavírus e três para outros vírus.

De janeiro a 3 de abril, o estado registrou 79 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), sendo 10 óbitos decorrentes de casos confirmados de Influenza A, seis de Influenza B e 10 positivos para Covid-19. Dez testes deram negativo para Covid-19 e ainda aguardam resultado para Influenza. Além desses, 42 testes deram negativo tanto para Covid-19 quanto para Influenza e ainda estão em investigação.

Ainda não existe uma vacina para o novo coronavírus, mas há imunização para evitar outras formas de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Desde o último dia 23, idosos e profissionais de saúde começaram a receber a vacina contra gripe. Eles são o público-alvo da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe, que foi antecipada em um mês.

Na primeira fase, Pernambuco tem uma população a vacinar de 1.148.115. O objetivo da antecipação é proteger os pernambucanos contra três vírus da influenza - A(H1N1), A(H3N2) e B -, evitando adoecimentos e, consequentemente, o impacto nos serviços de saúde neste momento da ocorrência de casos do novo coronavírus. (DP)





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Governo estuda pagar conta de luz de população de baixa renda, diz ministro de Minas e Energia

A expectativa de inadimplência diante dos efeitos do isolamento na renda dos trabalhadores é uma das preocupações do setor

                   Por: Folhapress
Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque
Ministro de Minas e Energia, Bento AlbuquerqueFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo estuda pagar, com recursos do Tesouro, contas de luz da população de baixa renda, como medida para reduzir os impactos financeiros da crise no caixa das distribuidoras de eletricidade, disse nesta quinta (2) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

A expectativa de inadimplência diante dos efeitos do isolamento na renda dos trabalhadores é uma das preocupações do setor, que convive também com excesso de energia contratada após a redução do consumo provocada pelo isolamento.

De acordo com Albuquerque, a proposta é isentar consumidores de baixa renda que já pagam a tarifa social do pagamento da conta de luz. O governo assumiria essa conta. "Vamos fazer com recursos do Tesouro, não vamos pegar recursos de ninguém. Não vamos onerar o consumidor", afirmou.

Na semana passada, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), já havia suspendido por 90 dias a possibilidade de cortes no fornecimento por falta de pagamento da conta de luz. A medida vale para todos os clientes das distribuidoras.

O segmento de distribuição é considerado o caixa do setor elétrico, por arrecadar os recursos das contas de luz e repassar parte a empresas de transmissão e de geração. Além de arrecadarem os impostos e os encargos cobrados sobre a conta de luz para subsidiar consumidores de baixa renda e outras atividades.

Albuquerque disse que o governo vem trabalhando em medidas para evitar a quebra dessas companhias. "As distribuidoras têm que ter caixa e têm que ter liquidez", afirmou o ministro. Ele disse esperar resolver em breve a questão do excesso de energia.

As distribuidoras compram parte da energia que vendem em leilões do governo, com contratos de longo prazo baseados em previsões de consumo futuro. Com a queda abrupta na demanda após o início das medidas de isolamento, acabaram ficando com sobras de energia.

Uma das alternativas em estudo é a concessão de financiamento ao setor, como ocorreu em situação semelhante após o início da crise de 2014. Naquela ocasião, o governo negociou com bancos empréstimos de R$ 21 bilhões, que foram depois cobrados na conta de luz - a última parcela foi paga em 2019.

Albuquerque, porém, não adiantou qual a solução em estudo.



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Twitter apaga publicações de Silas Malafaia que infringiam regras sobre coronavírus

Silas Malafaia
Silas Malafaia (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Twitter apagou sete publicações da conta do pastor Silas Malafaia na noite desta quinta (2). No lugar das publicações, feitas durante a tarde, aparece a mensagem: "Este tweet não está mais disponível". A informação é do Portal G1. 
A rede social disse que as publicações "infringiam regras sobre coronavírus".
Em nota, o Twitter disse que "anunciou recentemente em todo o mundo a expansão de suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir COVID-19." (247)

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Fernando Bezerra afirma que trabalhadores informais do Nordeste serão primeiros a receber auxílio emergencial do governo

Fernando Bezerra Coelho. (Foto: Gabriel Siqueira/Blog do Carlos Britto)

Em entrevista à Rádio Jornal nesta sexta-feira (3), o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa, durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), será destinado primeiramente ao Nordeste.
“Os primeiros a serem contemplados serão aqueles cadastrados no Bolsa família, que alcança 14 milhões de brasileiros. E a notícia boa é que mais da metade são do Nordeste, os primeiros a serem beneficiados. Os demais devem chegar até o dia 20 de abril”, afirmou FBC.
Segundo FBC, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de suspender o pagamento de dívidas com a União foi prontamente ampliada pelo governo federal para ajudar os estados e municípios.
O governo ampliou a decisão de suspender o pagamento do serviço da dívida dos Estados com a União e a suspensão do pagamento de parcelas junto à Caixa Econômica Federal e ao BNDES em relação a contratação de empréstimos que foram realizados no passado. Só Pernambuco deixará de pagar nos próximos seis meses aproximadamente R$ 700 milhões. São providências que visam prover liquidez aos estados da federação para que eles possam enfrentar esse momento em que certamente serão atingidos pela redução das suas receitas“, detalhou.
Empresas
Ainda de acordo com FBC, o governo também tem realizado ações para prover liquidez a empresas privadas por meio dos programas de suspensão de pagamento dos empréstimos contratados. “Só no Banco do Nordeste, até o dia de ontem, já tinham sido prorrogados mais de R$ 850 milhões e mais de R$ 750 milhões já tinham sido contratados em operação de capital de giro nova para que as empresas possam bancar as suas folhas salariais. O foco do governo na próximas semana é promover medidas que possam dar recursos e injetar liquidez para as empresas, sobretudo, as microempresas”, concluiu. (Fonte: Rádio Jornal)

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Ministério da Saúde volta atrás e diz que 1º caso de Covid-19 não ocorreu em janeiro

Em nota, a pasta disse ter havido uma alteração nas datas e que o caso em Minas Gerais aconteceu em março

                  Por: Folhapress
Coletiva do Ministério da Saúde
Coletiva do Ministério da SaúdeFoto: Tv Brasil


Após informar que o primeiro caso confirmado do novo coronavírus no Brasil havia ocorrido em janeiro, o Ministério da Saúde corrigiu a data e disse que o registro que estava em investigação ocorreu, na verdade, em 25 de março. A mudança foi informada na tarde desta sexta-feira (3). Em nota, a pasta diz que foi comunicada pela Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais "sobre a conclusão das investigações do possível primeiro caso de Covid-19 no País”.

Segundo o ministério, a data de início dos sintomas foi alterada de 23 de janeiro de 2020 para 25 de março de 2020. Os dados no sistema de notificação estão sendo atualizados, informa. Com isso, a primeira confirmação da Covid-19 no País continua até o momento em 26 de fevereiro, de um paciente atendido em São Paulo e que apresentou sintomas após voltar de uma viagem à Itália. Ele, inclusive, já teve cura clínica.

A informação de que havia um primeiro caso em janeiro havia sido divulgada na quinta (2). De acordo com o ministério, o registro era de uma mulher de 75 anos, de Minas Gerais, que teria morrido em decorrência do vírus. O caso teria sido analisado em investigação retrospectiva dos casos. Questionada sobre a mudança nas datas, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais disse que aguarda posicionamento da equipe técnica sobre o ocorrido.



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Mandetta anuncia contrato de R$ 1,2 bi para compra de respiradores

O ministro não informou quantos equipamentos 
serão adquiridos
                       Por: Folhapress
Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde
Luiz Henrique Mandetta, ministro da SaúdeFoto: Marcelo Camargo / Agência Brasil


O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou nesta quinta-feira (2) a assinatura de contrato de R$ 1,2 bilhão para compra de respiradores. Ele disse também que o governo já tem esquema de logística montado para buscar equipamentos de combate ao novo coronavírus na China.

As informações foram apresentadas após reunião com o procurador-geral da República, Augusto Aras. O ministro não informou quantos equipamentos serão adquiridos.

No encontro, eles assinaram um acordo para integrar o trabalho dos Ministérios Públicos Federal e dos Estados com o Ministério da Saúde e os conselhos de secretários estaduais e municipais de Saúde.


Ao falar com a imprensa, Mandetta explicou que tem enfrentado dificuldades para encontrar empresas que estejam vendendo máscaras, luvas e outros materiais de seguranças.

"Se tiver necessidade de buscar lá fora, o ministro Tarcísio [de Freitas, da Infraestrutura] já está preparado para a logística internacional", afirmou.

"Se tivermos de ir à China, a Wuhan [que também foi o epicentro da epidemia no país asiático], local que mais produz esses equipamentos, temos condições e ele já tem plano de logística", disse.

O ministro ressaltou que, para comprar os respiradores, teve de contratar a empresa que fez a quinta melhor proposta.

"Conseguimos fazer uma compra. Quem ficou em primeiro e em segundo na concorrência avisou que não conseguiria fazer a entrega. Tivemos de comprar da empresa que ficou em quinto lugar e prometeu entregar em 30 dias", disse.

Segundo Mandetta, 90% dos EPIs (equipamentos de proteção individual) do mundo são produzidos na China. De acordo com ele, após a pandemia, o mundo terá de discutir uma regulação no mercado para que esse tipo de produção não fique concentrada em um único país.

O ministro também garantiu que não há risco no momento de desabastecimento de EPIs na rede pública de saúde. Ele citou, porém, os problemas de negociação que tem enfrentado para conseguir realizar as compras necessárias.

"Temos um momento intenso de ajuste de toda produção e logística. Às vezes a pessoa fala: 'Tenho recurso, eu compro'. E a empresa responde: 'Eu te vendo, mas não tenho avião'. Então, você tem de descer em outro aeroporto, transportar a carga. Querem pagamento à vista. O mercado mudou muito", disse.

"A gente está conseguindo manter todos os estados abastecidos em um bom grau. Tem estado que pediu para pararmos de entregar equipamentos porque não tem uma central de estoque, um almoxarifado."

Aras disse que o Gabinete de Integração e Acompanhamento da Epidemia do Covid-19 da PGR irá trabalhar em parceria com o Ministério da Saúde.

"Hoje subscrevemos o acordo de cooperação e integração dos órgãos de saúde do MP brasileiro de forma que todos os estados do Brasil que receberem demandas irão transmitir as informações para o gabinete de integração que irá fazer a interlocução com os ministros Mandetta, Braga Netto [Casa Civil], Ernesto Araújo [Relações Exteriores] e todos os órgãos competentes, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", afirmou.

Mandetta também ressaltou a necessidade de os órgãos atuarem juntos para evitar que iniciativas regionais sejam tomadas pelo MP sem um olhar do problema do país todo.

"A gente formalizou hoje uma maneira de os conselhos de secretários estaduais e municipais e o Ministério da Saúde, que formam o triângulo do SUS, trabalharem em conjunto com MPs Federal e estadual. Com isso, a gente consegue ter mais informações e diminuir ordens judiciais que, às vezes, são dadas na melhor das intenções, por estar vendo a situação do local, mas é necessário pensar no nacional", disse Mandetta.





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NEGOCIAÇÕES - Empregado suspenso do trabalho receberá até 100% do seguro-desemprego

                        Por: Agência Brasil
 (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
)
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil


O empregador poderá acordar, por meio de negociações individuais ou coletivas, a suspensão do contrato de trabalho com os empregados por até 60 dias, com direito a receber seguro-desemprego. A medida foi divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, como forma de diminuir efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. 

O mecanismo consta da medida provisória de preservação do emprego, a ser enviada pelo governo ao Congresso. Segundo a equipe econômica, o governo gastará R$ 51,2 bilhões com o programa que evita demissões por causa das medidas adotadas no país para evitar uma maior disseminação da covid-19.

As micro e pequenas empresas, que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, poderão dispensar temporariamente os funcionários sem pagar nenhuma parte do salário, com o governo bancando 100% do seguro-desemprego ao qual o trabalhador teria direito caso fosse demitido. As negociações individuais valerão para os empregados que ganham até três salários mínimos (R$ 3.135) ou para o trabalhador de nível superior que receba mais de R$ 12.202,12, o dobro do teto da Previdência Social.

As médias e grandes empresas, que faturam mais que R$ 4,8 milhões por ano, terão de bancar 30% do salário durante a suspensão do contrato, com o governo pagando 70% do seguro-desemprego. Os tipos de funcionários que podem aderir às negociações individuais permanecem os mesmos para as empresas de menor porte.

No caso de negociações coletivas, aprovadas em assembleias virtuais pelos sindicatos da categoria, a suspensão com complementação de renda valerá para todos os empregados da empresa. O empregado não precisará pedir o seguro-desemprego. Segundo o secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcomo, o governo depositará automaticamente o valor na conta do trabalhador assim que for notificado da negociação.

O prazo máximo da suspensão dos contratos corresponde a 60 dias. A interrupção do contrato de trabalho precisa ser pactuada por acordo individual escrito entre empregador e empregado, devendo a proposta ser encaminhada ao empregado com antecedência mínima de dois dias corridos. O empregador deverá manter os benefícios pagos aos empregados durante o período de suspensão, como vale alimentação e auxílios, e o empregado não poderá ser requisitado para trabalho remoto ou a distância.

A medida provisória também institui garantia provisória do emprego durante o período de suspensão e após o restabelecimento da jornada por período equivalente ao da suspensão. Ou seja, uma suspensão de dois meses, garante uma estabilidade de quatro meses no emprego.

Jornada reduzida
O empregador também poderá acordar a redução proporcional da jornada de trabalho por até três meses, com diminuição do salário na mesma proporção. Assim como na suspensão, o governo bancará o restante do salário com parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito.

A medida provisória prevê três tipos de redução de salário e de jornada: 25% do rendimento, com o governo bancando 25% do seguro-desemprego; 50%, com o governo pagando os 50% restantes; e 70%, com o governo complementando 70% do seguro-desemprego. A redução de 25% pode ser acordada com todos os empregados, individualmente ou coletivamente. As demais diminuições podem ser pactuadas individualmente apenas por quem ganha até três salários mínimos ou por trabalhador com nível superior que receba mais que o dobro do teto da Previdência (R$ 12.202,12) ou coletivamente por todos os funcionários.

A redução de jornada deve preservar o valor do salário-hora de trabalho e está limitada a 90 dias. As demais condições permanecem as mesmas para a suspensão dos contratos: acordo individual escrito entre empregador e empregado, com proposta encaminhada ao empregado com antecedência mínima de dois dias corridos e estabilidade no emprego até o dobro do período de redução (com uma redução de jornada por três meses garantindo o emprego por seis meses).

Acordos coletivos
As atuais convenções ou acordos coletivos de trabalho poderão ser renegociados no prazo de dez dias corridos a contar da publicação da medida provisória. Para evitar aglomerações e acelerar as negociações, as assembleias poderão ser convocadas e realizadas por meios eletrônicos, com os prazos reduzidos pela metade em relação aos trâmites tradicionais.

Caso o empregado tenha fechado acordo individual com a empresa, prevalecerá a negociação coletiva. Se o acordo coletivo estabelecer porcentagens de redução de jornada e de salário diferentes das faixas estabelecidas pela medida provisória, a complementação do seguro-desemprego ocorrerá da seguinte forma: sem benefício emergencial do governo para reduções inferiores a 25%; seguro-desemprego de 25% para redução de jornada e de salário igual a 25% e menor que 50%; seguro-desemprego de 50% para reduções iguais a 50% e menores que 70%; e pagamento de 70% do seguro-desemprego para redução igual ou superior a 70%.

A jornada de trabalho e o salário anteriormente pago serão restabelecidos quando houver a cessação do estado de calamidade pública, o encerramento do período pactuado no acordo individual ou pelo empregador no fim do período de redução. 





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QUALIFICAÇÃO - Inscrições abertas para cursos gratuitos em ensino à distância

                      Por: Diario de Pernambuco
 (Reprodução/Seteq)
Reprodução/Seteq


A Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Educação e Esporte de Pernambuco (SEE), abriu inscrições para cursos gratuitos na modalidade de ensino à distância. No total, 2,5 mil vagas estão sendo ofertadas.

O novo formato faz parte do programa Novos Talentos, que desde 2011 já capacitou mais de 30 mil trabalhadores e empreendedores pernambucanos. As inscrições começam nesta quarta-feira com prazo até o próximo dia 7.  Já a abertura e início dos cursos serão no dia 8. As inscrições podem ser feitas através do site https://ead.seteq.pe.gov.br/.

Segundo o secretário executivo do Trabalho e Qualificação, Álvaro Jordão, a plataforma disponibilizará, nesse primeiro momento, os cursos de Introdução a Web Design, Edição e Processamento de imagens, Técnicas de Vendas, Informática Básica, Técnicas de Atendimento ao Público. Serão disponibilizados certificados ao final para os alunos que cumprirem a carga horário e os exercícios fornecidos. 

“Nesse momento, é muito importante essa plataforma EaD que estamos disponibilizando através do programa Novos Talentos. Já fizemos uma parceria com o Instituto Êxito que também disponibilizou cursos online gratuitos. Esses novos cursos que estamos divulgando vêm para contribuir ainda mais para o trabalhador, microempreendedor e também para o estudante que queira aprender outros cursos profissionalizantes. Então, nesse momento, de enfrentamento da pandemia da Covid-19, as pessoas estão em casa e não necessitam ir para um local físico, além de ser importante também pela qualificação e ter a possibilidade de ganhar dinheiro em casa. Quando passar todo esse período difícil, as pessoas vão estar mais preparadas para poder ingressar no mercado de trabalho”, afirmou o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco, Alberes Lopes. 

Confira o conteúdo programático e a carga horária de cada curso:

Introdução a Web Design/ 100h/ 5 semanas
Conhecer os Fundamentos de Web Design e HTML5, formatar um site usando Técnicas Avançadas em HTML5, formatar um Site com recursos multimídia e planejar layouts com CSS

Edição e processamento de imagens/ 60h/ 3 semanas
Conhecer os principais formatos de armazenamento de imagens para Web, formatar imagens para utilização na Web ou em aplicativos de editoração de textos ou apresentações e técnicas de edição e montagem de layouts para Web com base em Imagens.

Técnicas de Vendas/ 80h/ 4 semanas
Compreender o conceito de venda de produto e serviço, conhecer as fases da venda, desenvolver técnicas de atendimento ao cliente e conhecer boas práticas de pós-vendas.

Informática Básica/ 60h/ 3 semanas
Aprender a interagir com o computador através de um sistema operacional e utilizar os recursos básicos de ferramentas de Planilha Eletrônica, Navegadores para Web e Programas de gerenciamento de mensagens de E-mail.

Técnicas de Atendimento ao Público/ 40h/ 2 semanas
Aprender a Desenvolver a Atitude Proativa no Atendimento ao Cliente e a Esclarecer e Direcionar os Clientes nas Dúvidas quanto aos Serviços e Produtos Oferecidos pela Empresa





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VELHICE - Com que idade uma pessoa é considerada "velha"?

  Pesquisadores da Universidade de Stanford chegaram ao nº exato após pesquisas científicas com 4 mil pessoas                               ...