Fármaco é altamente eficaz para combate a inflamações e dores, mas deve ser utilizado apenas com prescrição médica
A nimesulida é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) com ação antitérmica (para combater febres), analgésica (aliviar dores) e de melhora de inflamações. No entanto, de forma diferente da dipirona e do ibuprofeno, outros AINEs, o medicamento apenas pode ser vendido mediante prescrição médica.
Isso porque a nimesulida foi associada a um risco de lesões hepáticas que, embora raras, são graves. Por esse motivo, o fármaco teve seu acesso restrito em diversos países, e no Brasil é vendido somente com receita.
Dores articulares, como tendinite ou bursite;
Dor de dente;
Dor muscular;
Dor de pós-operatório;
Dor de garganta;
Inflamação das vias aéreas;
Cólicas.
O fármaco pode ser encontrado em diversos formatos, como comprimidos (100 mg), que são o mais comum, gotas (50 mg/ml), supositório (100 mg) e gel (20 mg). As evidências sobre a eficácia são relacionadas, na maioria, ao formato de comprimidos.
Geralmente, a dose utilizada é de 50 mg a 100 mg, o que corresponde a metade ou um comprimido inteiro. Ela é feita duas vezes ao dia, de 12 em 12 horas. Em alguns casos excepcionais, o médico pode aumentar para 200 mg duas vezes ao dia.
Caso os sintomas não melhorem em 5 dias, porém, é importante procurar o profissional da saúde novamente para avaliar o caso. Isso porque, além do risco hepático, o uso do medicamento pode estar mascarando uma infecção bacteriana, que demanda o uso de antibióticos.
Além disso, idosos devem evitar o medicamento devido à sensibilidade maior às reações adversas. Mulheres que estão tentando engravidar, gestantes e lactantes também não devem usar o remédio devido à falta de dados sobre segurança nesses grupos.
A nimesulida também é contraindicada para:
Pacientes que tenham alergia à nimesulida ou a qualquer outro componente do medicamento;
Pessoas com histórico de reações de hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou a outros AINE;
Pessoas com histórico de reações hepáticas (do fígado) à nimesulida;
Pacientes com úlcera gástrica ou duodenal em fase ativa, com úlceras recorrentes ou que tenham hemorragia no trato gastrintestinal;
Pacientes com distúrbios de coagulação graves;
Pacientes com insuficiência cardíaca grave (mau funcionamento grave do coração);
Pacientes com mau funcionamento dos rins grave e
Pacientes com mau funcionamento do fígado.
Diarreia;
Náuseas;
Vômitos;
Coceiras;
Vermelhidão na pele;
Sudorese;
Constipação;
Gases;
Tonturas;
Aumento da pressão, entre outros.
Porém, de forma mais rara, foi também ligada a problemasgastrointestinais e renais. No entanto, o que distingue o perfil de segurança da nimesulida de outros AINEs é a associação do fármaco com uma alta toxicidade no fígado e risco aumentado para lesões no órgão.
O alerta veio especialmente após o órgão regulador irlandês relatar, em 2007, seis casos de insuficiência hepática que necessitaram de transplante de fígado após o tratamento oral com nimesulida, dois que resultaram em morte. A ligação fez diversos países suspenderam a comercialização do medicamento – em outros, como Estados Unidos, ele sequer foi aprovado.
Por isso, a venda no Brasil é restrita para pacientes com prescrição médica, e o remédio é contraindicado em pacientes com lesões hepáticas prévias ou outros comportamentos que agridam o fígado.
Os pesquisadores observaram que mais pacientes no grupo que recebeu a nimesulida relataram alívio eficaz da dor: 82% contra 73% entre aqueles que receberam ibuprofeno. Os resultados sugerem que a nimesulida pode ser melhor que o ibuprofeno para combate à dor, mas que ambos têm um alto poder analgésico.