BALANÇO
Por: Danielle Santana
Por: Diario de Pernambuco
Resultado confirma a tendência de recuperação da economia do estado (ernando Frazão/Agência Brasil)
Após encerrar o ano de 2020 com uma retração de 1,4%, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou sinais de recuperação e encerrou 2021 com um crescimento de 4,2%, que representa um agregado de R$ 233,4 bilhões na economia estadual. O resultado, semelhante ao desempenho nacional no mesmo período, 4,6%, foi apresentado nesta segunda-feira (7) pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem, e confirma a tendência de recuperação da economia do estado.
No ano passado, o setor de serviços, responsável pelo maior impacto no resultado final do PIB de Pernambuco, avançou 4,3%. O destaque ficou por conta do segmento de transporte, armazenagem e correio, que cresceu 15% no último trimestre. Entre as áreas que integram o setor, apenas o segmento de intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relacionados registrou um desempenho negativo no último ano, com queda de 1,4%.
O diretor de Estudos e Pesquisas da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, destaca que o setor de serviços foi o que mais sofreu com a pandemia da Covid-19. No entanto, apesar de ter encerrado o ano de 2020 com retração de 5,1% no PIB, o setor terciário se destaca por sua capacidade de recuperação.
“É um setor que tem respostas mais rápidas, com efeitos quase imediatos por conta de sua proximidade com a população. Esses segmentos que foram mais afetados, na medida que sofreram estímulos com a liberação de certas atividades, se recuperam mais rápido. Um dos destaques é o turismo, que faz parte do setor de serviços e cresceu 40,8% no último ano de acordo com o IBGE”, afirmou.
Para ele, com a retomada da economia, a perspectiva é de que o avanço continue. “Se a pandemia passar logo, teremos respostas muito mais importantes do setor de serviços por ser o setor de maior peso da economia”, finalizou.
Enquanto isso, a indústria pernambucana cresceu 3,7% em 2021. No setor secundário, a produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana foi o segmento com maior avanço no último ano, 11%. Enquanto a construção civil e a indústria de transformação cresceram 6% e 1,1%, respectivamente.
Apesar do avanço no balanço anual, o resultado do setor no último trimestre do último ano foi negativo, com queda de 6,3%. Nesse período, a indústria de transformação registrou uma queda de 8,5%, enquanto a construção civil retraiu 4,2%. Apenas a produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana avançou, 1,1%
No estado, a agropecuária registrou um aumento de 5% no último ano. Neste setor, as lavouras temporárias registraram um aumento de 14,3%, com destaque para as lavouras de arroz, cana-de-açúcar, feijão, cebola, tomate, abacaxi e batata doce, que finalizaram o ano com desempenho positivo. Enquanto isso, as lavouras permanentes cresceram 4%. Já a pecuária avançou 3,6%.