Wilton Gregory, o arcebispo de 72 anos de Washington, D.C, criticou a visita do presidente Donald Trump a um santuário católico em Washington, após repressão contra manifestantes
Embora a Europa ainda tenha a maior parcela de cardeais eleitores, com 41%, ela caiu dos 52% em 2013, quando Francisco foi eleito papa.
O papa Francisco nomeou neste sábado (28) 13 novos cardeais, incluindo o primeiro afro-americano a ocupar o alto escalão da igreja católica. Wilton Gregory, o arcebispo de 72 anos de Washington, D.C, torna-se o primeiro cardeal afro-americano.
Gregory ganhou as manchetes em junho, quando criticou a visita do presidente Donald Trump a um santuário católico em Washington, depois que a polícia e os soldados usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para afastar os manifestantes para que Trump pudesse ser fotografado em frente a uma igreja histórica de Washington segurando uma Bíblia.
As informações foram confirmadas pela Reuters.
Gregory disse que achou "desconcertante e repreensível que qualquer instalação católica se permitisse ser tão mal utilizada e manipulada". Os conservadores católicos condenaram Gregory pelo posicionamento.
Os cardeais foram apresentados em uma cerimônia, conhecida como consistório, que foi precisou ser consideravelmente reduzida por causa da pandemia de COVID-19.
Em função disso, apenas dez convidados por cardeal foram permitidos na Basílica de São Pedro.
Nove dos 13 têm menos de 80 anos e são elegíveis, de acordo com a lei da Igreja, para entrar em um conclave secreto para escolher o próximo papa depois que Francisco morrer ou renunciar.
Foi o sétimo consistório de Francisco desde sua eleição em 2013. Ele já nomeou 57% dos 128 cardeais. No consistório deste sábado (28), Brunei e Ruanda conquistaram seus primeiros cardeais.
Com cada consistório, Francisco aumenta as chances de que seu sucessor seja outro não europeu, reforçando a Igreja em lugares onde ela é uma pequena minoria ou onde está crescendo mais rápido do que no Ocidente estagnado.
Os nove novos eleitores vêm da Itália, Malta, Ruanda, Estados Unidos, Filipinas, Chile, Brunei e México. ( Sputnik )
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