segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Temer diz que Lula não está morto politicamente

Ele declarou que a imagem, o carisma e o discurso do petista ainda terão presença no cenário político ainda que não dispute nas eleições presidenciais

Presidente Michel Temer
Presidente Michel TemerFoto: Sérgio Lima / AFP

O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (29) que, mesmo com a possibilidade de ser impedido de ser candidato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está morto politicamente.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele declarou que a imagem, o carisma e o discurso do petista ainda terão presença no cenário político ainda que a Lei da Ficha Limpa acabe não permitindo que ele dispute a sucessão presidencial deste ano. "A figura dele é de muito carisma e não é sem razão que ele ocupa uma das primeiras posições nas pesquisas de opinião. A imagem, a palavra e a presença dele não estão mortas, pode ser eleitoralmente", disse.

Leia também:
Sem nova Previdência, Brasil vai ser Grécia, diz Temer a Silvio Santos


Para o presidente, o impedimento da candidatura do petista "tensiona" o país e sua eventual participação poderia servir como um elemento para pacificar a sociedade brasileira. "A sua não participação tensiona o país e temos de distensionar as relações. Eu, pessoalmente, acharia, sobre o foco politico, que se ele participasse e fosse derrotado, seria melhor ao país", disse.

Na semana passada, por unanimidade, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve condenação do petista pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). A defesa do ex-presidente já informou que recorrerá da decisão.

Na entrevista, sem citar nomes, Temer disse que gostaria de apoiar um nome para a disputa eleitoral que defenda o seu legado no cargo. Ele voltou a afirmar, como fez à Folha de S.Paulo, que agora trabalhará pela recuperação moral de sua imagem pública. "Não vou admitir mais que se diga impunemente que o presidente fez falcatruas. Não vou permitir", disse.

Marido e mulher
Com os pedidos estaduais de reforços, o presidente afirmou que cresceu muito a ideia de se criar um Ministério da Segurança Pública, como revelou a Folha de S.Paulo na semana passada.

Ele ressaltou, contudo, que é um tema ainda em estudos, uma vez que ele receia que a criação de uma pasta faça com que o assunto, administrado pelas gestões estaduais, recaia sobre o governo federal. "A preocupação é de que se transforme em um assunto da União. Por exemplo, se o marido bateu na mulher, o responsável é o governo federal. Mas a pasta está em estudo", disse.

Ele afirmou ainda que não acredita que o endurecimento de penas possa reduzir os índices de criminalidade no país. Ele afirmou também acreditar que, neste semana, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia decida sobre a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o comando do Ministério do Trabalho.

Segundo ele, seria de "bom tom" se ela pudesse tomar posse. Para ele, deve-se romper a tendência no país de centralização. "Nenhum poder pode ir além de suas competências", defendeu. (Folhape).



Blog do BILL NOTICIAS

Maioria dos americanos desaprova gestão de Trump na economia, diz pesquisa

  Pesquisa da CBS News mostra queda de quatro pontos nos índices de apoio às políticas econômicas do ex-presidente Presidente dos EUA, Donal...