A maior parte da área atingida abrange municípios do Pantanal, região que já enfrenta 45 dias de estiagem
Por: Folhapress

Queimadas no Mato GrossoFoto: Secom/MT/Mayke Toscano
Com cerca de
um milhão de hectares destruído pelas queimadas em pouco mais de um mês em Mato
Grosso do Sul, o governo estadual decidiu decretar situação de emergência em
publicação prevista no Diário Oficial para esta quinta-feira (12).
A maior parte da área atingida abrange municípios do Pantanal, região que já enfrenta 45 dias de estiagem.
Na terça, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), também decretou situação de emergência no estado devido ao aumento nos incêndios florestais.
A maior parte da área atingida abrange municípios do Pantanal, região que já enfrenta 45 dias de estiagem.
Na terça, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), também decretou situação de emergência no estado devido ao aumento nos incêndios florestais.
De todo o país, o município de Corumbá, em Mato
Grosso do Sul, é o que concentra o maior número de focos de incêndio neste mês,
num total 634, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Especiais). Somente na quarta-feira (11), foram 254 pontos de calor registrados,
o maior índice nacional.
Durante
todo o mês, foram 1.579 focos de incêndios no estado, sendo o maior índice já
registrado desde 2008. Segundo o coordenador do Prevfogo, Márcio Yule, o
recordista em incêndios foi o ano de 2007, com 5.380 focos no pico da estiagem,
em setembro.
Neste
ano os focos de incêndio começaram a se intensificar em agosto, e a situação
ficou mais grave por conta do longo período de estiagem, com baixa umidade e
altas temperaturas, que ultrapassaram os 40 ºC em alguns municípios.
Dados
do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) indicam que, de 1º de agosto a 9 de setembro, os incêndios
consumiram 1.027.041,20 hectares no estado.
Segundo
Yule, o Prevfogo, órgão ligado ao Ibama, está com equipes nas áreas consideradas
mais críticas: região de Corumbá, na terra indígena Kadwéu (localidada na Serra
da Bodoquena), nas aldeias Limão Verde e Taunay/Ipegue, em Aquidauana e em
Miranda, próximo do Refúgio Ecológico Caiman que, na terça-feira (10),
registrou incêndio de grandes proporções.
De
acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e
Produção, Jaime Verruck, as equipes do Corpo de Bombeiros estão em alerta
máximo, com escala operacional com cerca de 250 militares em ações de combate
em todo o Mato Grosso do Sul. O trabalho ainda envolve os brigadistas treinados
nas aldeias e áreas de preservação, além da equipe do Prevfogo.
Agora,
com o decreto, o governo estadual quer apoio do Ministério da Integração
Regional e do Exército no combate aos incêndios. O reforço militar seria a
utilização de aeronave Hércules C130, da Força Aérea, estudo que está sendo
feito pela Sala de Situação Integrada, grupo montado desde o aumento das
queimadas e será enviado ao Ministério da Defesa.
Para
Márcio Yule, a situação é preocupante. "Serão mais dez dias de calor de
grande intensidade". Além disso, o prognóstico é pouco animador até
outubro.
Segundo
o meteorologista da Estação Anhanguera/Uniderp Natálio Abrãao, há previsão de
chuva a partir do dia 18, mas de pouca intensidade e somente para região sul do
Estado. Somente a partir do dia 22, já na primavera, é que os índices vão
aumentar, com previsão de tempestades e ate enchentes, mas que podem não ser
suficientes. "Volume de chuva pode ser grande, mas não o esperado para
resolver o problema".
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