De acordo com o SOS Mata Atlântica, apesar das medidas tomadas para evitar que os rejeitos atinjam o rio, os contaminantes mais finos estão ultrapassando o reservatório
Por: Portal FolhaPE com informações da Agência Brasil

No Dia Mundial da Água, relatório
divulgado nesta sexta-feira pela Fundação SOS Mata Atlântica traz
monitoramento das águas brasileiras e alerta para a premonição tão indesejada:
os rejeitos da barragem Córrego do Feijão,
da empresa Vale, que se rompeu em 25 de janeiro, no município de Brumadinho
(MG), já atingiram o Rio São Francisco.
Dos 12 pontos analisados no São Francisco, nove estavam com condição ruim e três, em condições regular, o que torna o trecho a partir do Reservatório de Retiro Baixo – entre os municípios de Felixlândia e Pompéu, em Minas Gerais – até o Reservatório de Três Marias, no Alto São Francisco, também em Minas Gerais, com água imprópria para usos da população.
Dos 12 pontos analisados no São Francisco, nove estavam com condição ruim e três, em condições regular, o que torna o trecho a partir do Reservatório de Retiro Baixo – entre os municípios de Felixlândia e Pompéu, em Minas Gerais – até o Reservatório de Três Marias, no Alto São Francisco, também em Minas Gerais, com água imprópria para usos da população.
Nesses pontos de coleta, a turbidez – transparência da água – estava acima
dos limites legais definidos pela Resolução 357 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), para qualidade da água doce superficial. Em alguns locais,
esse indicador chegou a alcançar duas a seis vezes mais que o permitido pela
resolução.
Segundo a entidade, as concentrações de ferro, manganês, cromo e cobre também estavam acima dos limites máximos permitidos pela legislação, o que evidencia o impacto da pluma de rejeitos de minério sobre o Alto São Francisco.
“Os dados comprovam que o Reservatório de Retiro Baixo está segurando o maior volume dos rejeitos de minério que vem sendo carreados pelo Paraopeba. Apesar das medidas tomadas no sentido de evitar que os rejeitos atinjam o rio São Francisco, os contaminantes mais finos estão ultrapassando o reservatório e descendo o rio e já são percebidos nas análises em padrões elevados”, divulgou a SOS Mata Atlântica.
Segundo a entidade, as concentrações de ferro, manganês, cromo e cobre também estavam acima dos limites máximos permitidos pela legislação, o que evidencia o impacto da pluma de rejeitos de minério sobre o Alto São Francisco.
“Os dados comprovam que o Reservatório de Retiro Baixo está segurando o maior volume dos rejeitos de minério que vem sendo carreados pelo Paraopeba. Apesar das medidas tomadas no sentido de evitar que os rejeitos atinjam o rio São Francisco, os contaminantes mais finos estão ultrapassando o reservatório e descendo o rio e já são percebidos nas análises em padrões elevados”, divulgou a SOS Mata Atlântica.
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