Congresso amanhece com segurança reforçada
O Congresso Nacional amanheceu com a segurança reforçada nesta quarta-feira (2).
Apenas carros de autoridades têm acesso à chapelaria, entrada principal do Legislativo. Apesar do clima de tranquilidade na Esplanada dos Ministérios, há mais policiais militares que o comum no local. (DANIEL CARVALHO)
Daniel Carvalho/Folhapress |
Congresso reforça segurança antes da votação de denúncia contra Temer - Quem barrar denúncia fará ‘esforço pelo país’, diz Temer a aliadosEm jantar com aliados na terça-feira (1º), o presidente fez um apelo para que os parlamentares governistas marquem presença na votação da denúncia.Temer afirmou a sua base que quem votar para barrar a denúncia estará fazendo um ‘esforço pelo país’ e permitirá que o Brasil “inaugure uma nova fase” de sua história.Ele também disse que o conteúdo da acusação é frágil e que foi vítima de um “banditismo conspiratório” do empresário Joesley Batista.O peemedebista participou de jantar promovido pelo vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-RJ), em seu apartamento em Brasília. (GUSTAVO URIBE)
- Antes da sessão, Temer discutirá defesa com seu advogadoNa manhã desta quarta-feira (02), antes da fase de discursos, o presidente se reunirá com o seu advogado, Antonio Mariz de Oliveira, para discutir estratégias de defesa na Câmara.Mariz terá tempo regimental para defender Michel Temer em plenário. A liderança do governo também distribuirá cartilhas para afinar o discurso da base aliada contra a denúncia.O presidente continuará a receber parlamentares indecisos, mas reservou boa parte de sua agenda para assistir à sessão parlamentar no gabinete presidencial. (GUSTAVO URIBE)
- Temer exonera dez ministros para que retornem à CâmaraO presidente Michel Temer exonerou temporariamente nesta quarta-feira (02) dez ministros. Ele afastou os auxiliares que têm mandato parlamentar para que saiam em sua defesa em plenário, ajudem a sessão a ter quorum e garantam votos para barrar acusação por corrupção passiva. A ideia é eles voltem aos cargos na quinta (3).As exonerações foram publicadas no “Diário Oficial da União”. Só os ministros Raul Jungmann (Defesa) e Ricardo Barros (Saúde), que também detêm mandatos parlamentares, foram mantidos nos cargos. O discurso é de que eles continuaram para que iniciativas das pastas não sejam afetadas. (GUSTAVO URIBE)
- Temer promete cargos no segundo e terceiro escalão para quem barrar denúnciaO presidente Michel Temer autorizou aliados a sinalizar com a redistribuição de cargos no segundo e terceiro escalão do governo para aqueles deputados que votarem para barrar a denúncia contra ele na sessão marcada para esta quarta (2) na Câmara.A Folha apurou que o governo notou maior insatisfação da base aliada pela falta de retaliação a parlamentares que votaram contra o presidente na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), em julho. Esses deputados reclamam que quem não apoiou o presidente ainda tem cargos no segundo e terceiro escalão, importantes para impulsionar candidaturas em ano pré-eleitoral.Temer, então, autorizou sua tropa de choque a renegociar esses postos e prometer redistribuí-los após a votação da denúncia. Nos últimos dias, deputados passaram a ouvir a promessa do Planalto de que, passada a votação, quem for fiéis ao governo ficará com os cargos de quem votaram contra o presidente, inclusive na CCJ. (MARINA DIAS),(C.Geral).
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