sábado, 9 de junho de 2018

AGORA, É LULA VERSUS CIRO


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A disputa pelas alianças partidárias foi o foco de declarações recentes do presidenciável do PDT, Ciro Gomes, e do PT, por meio do seu líder na Câmara, Paulo Pimenta. 
Durante participação em eventos em Buenos Aires, Ciro admitiu a possibilidade de uma aliança com DEM e PP, partidos de direita, mas disse que a prioridade seria uma união com PSB e PCdoB. "Nesse primeiro momento minha prioridade são o PSB e o PCdoB. Se esta aliança se faz, posso avançar em partidos do centro à direita, porque a hegemonia moral e intelectual do rumo estará afirmada. Poderia incluir o PP e o DEM, desde que eu tenha o PSB e o PCdoB", disse ele. 
Pelo lado do PT, PSB e PCdoB são justamente as duas legendas prioritárias para uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encabeçando uma chapa. O recado foi dado pelo líder petista Paulo Pimenta. "O que nós queremos é construir com PCdoB e com PSB uma estratégia nacional comum". 
Neste sábado, 9, a Executiva Nacional do PT aprovou uma resolução em que põe as duas legendas como prioritárias para a candidatura nacional, tendo inclusive que subordinar candidaturas próprias do PT à aliança majoritária. A decisão prejudica a candidatura de Marília Arraes (PT) a governadora em Pernambuco, em favor de um apoio à reeleição do governador Paulo Câmara, que apoiou o golpe contra a presidente Dilma Rousseff. 
O PCdoB mantém atualmente a pré-candidatura presidencial da deputada Manuela D'Ávila, que já afirmou que desiste da busca em prol de uma unidade entre as esquerdas. Já o PSB tentou uma candidatura própria a presidente com o ex-ministro Joaquim Barbosa, que naufragou, e agora tem vários de seus quadros divididos entre apoios à candidatura de Lula e à de Ciro. 
A disputa entre PT e PDT por PCdoB e PSB deve se acirrar nas próximas semanas. A princípio, o ex-presidente Lula tem vantagem, porque  é dono de 39% dos votos, segundo pequisa CUT/Vox Populi, mas está preso, enquanto Ciro Gomes tem 4%.
Quem vencerá?
Leia, abaixo a Resolução do PT sobre o assunto: 
Resolução da Comissão Executiva Nacional sobre tática eleitoral
O agravamento constante da crise política, econômica e social do país confirma o acerto do Partido dos Trabalhadores em sustentar, como prioridade absoluta, a candidatura do companheiro Lula à Presidência da República.
Essa prioridade absoluta, que corresponde ao anseio da grande maioria do povo brasileiro, foi adotada em resolução do Diretório Nacional nos dias 15 e 16 de dezembro de 2017, para enfrentar os retrocessos e atrasos impostos pela articulação golpista que se apossou do país.
A mesma resolução apontou que cabe ao PT viabilizar e fazer vencedora a candidatura Lula, sendo este nosso maior dever e responsabilidade para com o país e o povo brasileiro. Logo em seguida a esta prioridade, foram estabelecidos os objetivos de fortalecer as bancadas na Câmara e Senado e reeleger os governos estaduais do PT.
Está clara, portanto, a primazia do projeto nacional sobre as disputas regionais. Toda e qualquer definição de candidaturas e política de aliança nos estados terá que ser submetida antecipadamente à Comissão Executiva Nacional, também como definido na Resolução de dezembro.
No decorrer desses quase seis meses, a evolução da conjuntura tem mostrado que nosso candidato, mesmo preso injustamente, lidera a disputa presidencial com larga vantagem, registrando nas pesquisas um percentual maior que a soma das intenções de votos de todos os demais candidatos.
Neste sentido, a CEN, reunida em 09 de junho de 2018 em Belo Horizonte, resolve estabelecer os seguintes critérios para nossa tática eleitoral:
a) Construir uma coligação nacional para apoiar a candidatura Lula com PSB, PCdoB e outros partidos que venham a assumir este apoio.
b) Essa construção passa pela indicação do candidato a vice-presidente em entendimento com os partidos aliados.
c) O PT deve construir palanques estaduais com partidos de centro-esquerda, preferencialmente com PSB, PCdoB e outros partidos que apoiem Lula, sempre de acordo com a tática eleitoral nacional.
d) A CEN conduzirá, este processo, por meio do GTE, iniciando as tratativas para a aliança nacional e nos estados em que governamos e em que aqueles partidos governam, sempre cabendo à CEN a decisão final.
e) Nos demais estados o PT deve priorizar as alianças com os partidos considerando a composição da nossa chapa de deputados federais e senadores, bem como buscando participação nas chapas majoritárias sempre que possível.
Belo Horizonte, 9 de junho de 2018
Comissão Nacional Executiva do Partido dos Trabalhadores


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