terça-feira, 12 de setembro de 2017

"Leonardo era obcecado em prejudicar a Casa do Pará", diz delegado

Delegado disse que dono do Ponto do Açaí era uma pessoa violenta e com antecedentes criminais
Dono da Ponto do Açaí
Dono da Ponto do AçaíFoto: Reprodução/Facebook

Mesmo após ter mandado incendiar a Casa do Pará, o empresário Leonardo Emanuel Mendonça Lacerda, que é diretor executivo do Ponto do Açaí, fazia de tudo para prejudicar o estabelecimento concorrente. Segundo o delegado Joel Venâncio, da Diretoria Integrada Metropolitana, Leonardo era obcecado em atrapalhar a Casa do Pará. Os detalhes das prisões foram divulgados, pela Polícia Civil de Pernambuco, durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (12).

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O delegado disse que Leonardo era uma pessoa violenta e com antecedentes criminais - um processo em aberto por estelionato e um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por ameaça. "Era uma verdadeira obsessão. Mesmo após o incêndio, ele continuava com as investidas e chamava a Vigilância Sanitária, Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano... Ele não tinha limites", revelou o investigador. 

A delegada Beatriz Leite, que presidiu as investigações do incêndio criminoso, informou que a disputa começou porque as unidades do bairro de Boa Viagem ficam lado a lado em uma galeria. "A disputa começou por conta da clientela e porque o espaço era pequeno e as mesas se misturavam. Leonardo não queria que as pessoas comessem na Casa do Pará e sentassem nas mesas do Ponto do Açaí. Já que ele não podia brigar com os clientes, ele descontava nos donos e funcionários do açaí concorrente", comentou a investigadora. 

Beatriz Leite informou que Leonardo era explosivo e que também já havia informado aos donos da Casa do Pará que iria incendiar o estabelecimento deles. "Ele é explosivo e não pode ser contrariado. Quando perde a cabeça pratica agressões e ameaças. Um crime dessa natureza poderia ter consequências ainda maiores", comentou a delegada, que informou que os proprietários da Casa do Pará tiveram um prejuízo de R$ 100 mil.

Além do empresário, foram presos os executores José Plínio Bezerra dos Santos, de 24 anos, e João Victor Medeiros da Silva, conhecido como Lerdo, de 22 anos. O quarto envolvido, que segue foragido, é Romildo Soares da Silva, conhecido como Tancredo, de 32 anos. A delegada informou que todos possuem antecedentes criminais e que Tancredo, como é conhecido, é a "pessoa de confiança" de Leonardo. 

Tancredo já havia sido preso por furto qualificado, porte ilegal de arma e foi absolvido de uma tentativa de homicídio. José Plínio foi preso, em 2012, por roubo e João Victor, pela Lei Maria da Penha. "As imagens do crime foram fundamentais para chegar nos executores. Primeiro, chegamos em Tancredo e depois nos outros dois executores", comentou Leite.

Todos os quatro envolvidos foram indiciados por incêndio criminoso. Os executores - Tancredo, Lerdo e João Victor - também foram indiciados por roubo consumado, já que, na investida, levaram os pertences dos vigias. Leonardo também foi indiciado por coação em curso do processo, já que, após mandar incendiar o estabelecimento concorrente, continuou ameaçando testemunhas. Os presos já foram levados para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife. (folhape).

Dono do Ponto do Açaí
Dono do Ponto do AçaíFoto: Divulgação


João Victor, conhecido como Lerdo
João Victor, conhecido como Lerdo Foto: Divulgação/PCPE

José Plínio
José PlínioFoto: Divulgação/PCPE


Tancredo segue foragido
ancredo segue foragidoFoto: Divulgação/PCPE




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