Michel Temer foi aniquilado nesta quinta-feira
13. No capítulo mais importante das delações da Odebrecht, o executivo Márcio
Faria, número dois da companhia, o apontou como responsável direto pela
cobrança de uma propina de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 126 milhões, como
contrapartida de 5% num contrato da área internacional da Petrobras.
Faria fez
questão de enfatizar que se tratava de propina. Uma doação totalmente indevida
para o PMDB, uma vez que representava um percentual de um contrato da Petrobras
(confira aqui o
vídeo). Contrato este que a presidente legítima, Dilma Rousseff, reduziu em 43%
(leia mais aqui).
O executivo da
Odebrecht deu ainda detalhes da reunião em que se acertou o pagamento da
propina. Dela participaram o ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba e já
condenado a 15 anos por corrupção e lavagem, o também ex-deputado Henrique
Eduardo Alves, que já teve suas contas na Suíça descobertas, e o lobista João
Augusto Henriques, ligado a Temer e também preso em Curitiba. Na reunião, como
chefe da tribo, Temer sentava-se na cabeceira da mesa.
Em nota, Temer
confirmou o encontro, mas negou que tivesse tratado de dinheiro – o que é
praticamente impossível de se acreditar, uma vez que essa reunião foi uma das
questões levantadas por Eduardo Cunha nos questionamentos que tentou fazer a
Temer (leia mais aqui).
Se não
bastasse a propina de 5%, o mesmo número apareceu numa outra notícia envolvendo
Michel Temer. Uma pesquisa CUT/Vox Populi revelou que apenas 5% dos brasileiros
o aprovam (leia aqui).
Mais do que isso, apontou que 93% dos brasileiros são contra o desmonte da
Previdência.
As razões da
impopularidade de Temer são óbvias. Hoje, o Brasil tem o governo mais
ficha-suja de sua história, com oito ministros investigados por corrupção, além
dos seis já demitidos pelo mesmo motivo. E este mesmo governo propõe, entre
outras coisas, o fim das aposentadorias, o fim dos direitos trabalhistas, a
entrega do pré-sal a empresas estrangeiras e a venda do território nacional a
investidores internacionais. Ou seja: é uma invasão bárbara, num projeto de
autodestruição nacional, como nunca se viu em lugar nenhum do mundo.
Já é certo que Temer entrará para os livros de
história não apenas como um político que traiu uma presidente legítima, mas
também como o responsável direto pelo capítulo mais vergonhoso da vida
nacional. Neste
momento, se ainda lhe restasse um mínimo de dignidade, ele estaria escrevendo
sua carta de renúncia. No
entanto, como seu compromisso não é com o povo brasileiro, mas sim com as
forças antinacionais e antipopulares que o levaram ao poder sem voto, ele ainda
tentará aprovar seu pacote de maldades para manter o apoio dos únicos que ainda
estão com ele: os patrocinadores do golpe. (EBC).
Blog do BILL
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