segunda-feira, 4 de maio de 2020

Doria repudia ato antidemocrático de domingo: milicianos fantasiados de patriotas

Governador do Estado de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus
Governador do Estado de São Paulo, João Doria, durante coletiva de imprensa sobre o coronavírus (Foto: Sergio Andrade/GOVSP)

O governador de São Paulo, João Doria, repudiou, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (4), a "carreata da morte" do último domingo (3) que contou com a participação de Jair Bolsonaro. 
A manifestação dava apoio a Bolsonaro, pedia a saída do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e entoava palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o ato, foram registradas agressões contra repórteres do jornal Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e Rede Globo. 
Doria afirmou que os manifestantes eram "milicianos fantasiados de patriotas" e condenou as agressões contra a imprensa. Ele também criticou a violência de um apoiador de Bolsonaro contra enfermeiros que protestavam em frente ao Palácio do Planalto na última sexta-feira (1). "Queria registrar aqui, como governador do estado de São Paulo eleito com 11 milhões de votos, e como cidadão e brasileiro que sou, o repúdio a esses milicianos fantasiados de patriotas que desrespeitam a vida, promovem o ódio, estimulam agressões e empregam agressões contra profissionais de saúde e jornalistas. Vocês não representam os verdadeiros patriotas desse País e não representam o sentimento majoritário dos brasileiros. Vocês representam o ódio, a incapacidade de compreender a situação difícil e dramática que estamos passando no Brasil neste momento".
"Nós não aplaudimos a imoralidade, nós a condenamos, como condenamos também qualquer atentado contra a democracia em nosso País. Confrontar a democracia no Brasil é aplaudir a ditadura, é estimular um pensamento único, sem contestação, e disso os brasileiros de bem não têm saudade. Aqui em São Paulo repudiamos o ódio e respeitamos o trabalho dos profissionais de saúde, todos eles, indistintamente. Respeitamos também, indistintamente, o trabalho da imprensa com toda a liberdade que tem para reproduzir informações e críticas a quem quer que seja. Por isso, aqui fazemos duas homenagens, simbolicamente, aos profissionais da saúde e da imprensa", afirmou Doria. (247)

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Avaliação positiva de Bolsonaro cai abaixo dos 30% pela primeira vez, mostra pesquisa do mercado financeiro

(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Infomoney - Uma semana após a demissão do ex-juiz Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o governo Jair Bolsonaro registra seus piores níveis de avaliação junto ao eleitorado. É o que mostra a nova rodada da pesquisa XP/Ipespe, realizada entre 28 e 30 de abril.
Segundo o levantamento, concluído antes de mais uma participação de Jair Bolsonaro em manifestações favoráveis à intervenção militar e ao fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, agora 27% avaliam a atual administração como ótima ou boa – o que corresponde a uma queda de 4 pontos percentuais em relação à semana anterior.
A pesquisa indica que, no mesmo período, subiu de 42% para 49% o grupo dos eleitores que avaliam o governo como ruim ou péssimo. Já os que veem a gestão como regular somam 24% da população – mesma marca de uma semana atrás.
As expectativas do eleitorado para o restante do mandato de Bolsonaro apresentaram movimento semelhante. Agora, 46% esperam uma gestão ruim ou péssima, salto de 8 pontos percentuais em uma semana. E 30% estão otimistas com o governo.
É a quarta vez seguida em que as expectativas negativas superam numericamente as positivas, mas a primeira em que essa diferença supera a margem máxima de erro, de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
O resultado retrata uma expressiva deterioração da imagem do governo junto ao eleitorado. Há exatamente um ano, 47% tinham expectativa de um restante de mandato ótimo ou bom, e 31% esperavam uma gestão ruim ou péssima.
O último salto coincide com a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que foi durante a maioria dos 16 meses de governo a figura mais popular da administração – sendo ultrapassado por Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, em meio ao avanço da pandemia do novo coronavírus.
A crise entre Bolsonaro e Moro também piorou drasticamente a imagem do governo em relação ao combate a crimes de colarinho branco. De acordo com a pesquisa, 45% dos eleitores acreditam que a corrupção aumentará nos próximos seis meses – alta de 15 pontos em relação ao levantamento de março.
Já o grupo dos que esperam uma diminuição da corrupção minguou de 27% para 18%. Outros 34% acreditam que o quadro permaneça como está. Sérgio Moro deixou o governo sob a alegação de insistentes tentativas do presidente de interferir na Polícia Federal. O estopim para o movimento foi a exoneração de Maurício Valeixo, figura de confiança do ex-juiz, da direção-geral da corporação.
A percepção de piora no enfrentamento à corrupção também coincide com um movimento de aproximação de Bolsonaro com lideranças do chamado “centrão” – grupo de partidos com forte influência na Câmara dos Deputados. Nos últimos dias, o presidente ofereceu cargos no governo em troca de apoio parlamentar – movimento que condenou durante as eleições e mesmo nos 16 meses iniciais de mandato.
O levantamento mostrou que, para 67% dos entrevistados a saída de Sérgio Moro do governo tem impactos negativos. Já 10% veem efeitos positivos e 18% acreditam que o movimento não terá impactos. 

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WhatsApp e checadores lançam serviço para verificar fake news sobre coronavírus na plataforma

O usuário de WhatsApp adiciona o número de telefone do chatbot a sua lista de contatos e, a partir daí, pode checar se mensagens que recebeu abordando 
a pandemia são fake news

                    Por: Folhapress
WhatsApp
WhatsAppFoto: Fotos Públicas
A Aliança Internacional de Checagem de Fatos (IFCN, na sigla em inglês) lança nesta segunda-feira (4) um chatbot (robô) para que as pessoas possam checar a veracidade de mensagens de WhatsApp sobre o coronavírus.

O usuário de WhatsApp adiciona o número de telefone do chatbot a sua lista de contatos e, a partir daí, pode checar se mensagens que recebeu abordando a pandemia são fake news. A IFCN tem uma base de dados de 4.000 mensagens falsas sobre a pandemia que estão circulando. Essa base é atualizada constantemente pelas 80 agências de checagem de 74 países que participam. O chatbot inicialmente só estará disponível em inglês, mas será lançado em português, espanhol e hindi nas próximas duas semanas.

"Será a primeira vez que os brasileiros vão ter um instrumento independente para verificar se são falsas as mensagens sobre coronavírus que estão recebendo pelo WhatsApp", diz Cristina Tardáguila, diretora-adjunta do IFCN. "As pessoas deveriam tornar isso um hábito -todo dia, de manhã, acessar o chatbot para verificar quais notícias falsas que estão circulando e, assim, não cair em cilada; é um escudo para não repassar mentiras."

O WhatsApp é um dos principais canais de circulação de notícias falsas. Por ser criptografado, é difícil checar se está circulando conteúdo falso. E a epidemia de coronavírus gerou uma quantidade monumental de notícias falsas, segundo Cristina.
"É a pior batalha que os checadores de fatos já enfrentaram, nunca houve um episódio que gerasse tanta notícia falsa, em várias línguas, ao mesmo tempo", diz a diretora-adjunta do IFCN. Segundo ela, houve sete ondas de fake news sobre a Covid-19. Na primeira onda, em janeiro e fevereiro, multiplicaram-se conteúdos falsos sobre a origem do vírus, falando sobre laboratórios na China, morcegos, e até a participação do bilionário filantropo Bill Gates.

Na segunda onda, houve uma proliferação de vídeos editados ou manipulados mostrando supostos efeitos do vírus sobre as pessoas, com gente desmaiando, exibindo problemas de pele. A terceira onda é a mais perigosa e a mais resistente, segundo Cristina -são conteúdos mentirosos sobre supostas curas e métodos de prevenção para Covid-19. Isso inclui desde recomendações inócuas, como prender a respiração, até beber água sanitária ou urina de vaca, injetar desinfetante, ou tomar álcool puro -boato que levou à morte de dezenas de pessoas no Irã.

A quarta onda era essencialmente ligada à sinofobia, com relatos falsos de que os chineses iriam sacrificar infectados, por exemplo. A quinta onda mistura bandeiras de supremacia racial com notícias falsas, descrevendo falsamente, por exemplo, como determinada raça ou religião protegeriam contra o vírus. A sexta onda nasceu quando vários países começaram a fazer lockdowns, e começou a circular desinformação sobre o que seria fechado, até quando, e rumores sobre impactos na economia. E a sétima onda trouxe conteúdo com politização da doença, com relatos mentirosos sobre políticos e de políticos.

No Brasil, as agências de checagem participantes são a Aos Fatos, a Lupa e a Estadão Verifica. Para usar o chatbot, que é gratuito, as pessoas precisam apenas salvar o número +1 727 2912606 em sua lista de contatos e mandar a mensagem "hi". Para usar, basta selecionar números do menu do chatbot -ao enviar o número 1, a pessoa pode ver quais são os boatos mais recentes que foram checados; ao selecionar 2, ela pode fazer uma busca usando palavras-chave; o número 3 traz dicas para combater desinformação e o 4 indica checadores de fatos.

O sistema do chatbot identifica o país do usuário, por meio do código do país do telefone, e indica agências de checagem mais próximas. A pessoa pode então enviar diretamente a uma dessas agência uma informação para checagem. O chatbot não elimina conteúdo e nem tem acesso a mensagens trocadas entre usuários pelo WhatsApp. Os checadores só têm acesso a mensagens enviadas por usuários ao número.



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Bolsonaro atribui agressão a jornalistas a 'algum maluco' infiltrado em frente ao Palácio do Planalto

Presidente disse condenar a violência e afirmou não ter visto a agressão, embora um assessor seu tenha dito a ele, que uma equipe da Globo estava sendo expulsa da manifestação

                  Por: Folhapress
Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair BolsonaroFoto: Evaristo Sá/AFP
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atribuiu nesta segunda-feira (4) a "alguns possíveis infiltrados" as agressões a jornalistas na manifestação que ocorreu no domingo (3) em frente ao Palácio do Planalto. Em uma rede social, também fez novos ataques à TV Globo.

"A TV Globo no Fantástico de ontem [domingo] se dedicou a ataques ao presidente Jair Bolsonaro, pelo fato de um fotógrafo do Jornal O Estado de SP ter sido agredido por alguns possíveis infiltrados na pacífica manifestação", escreveu o presidente.
Bolsonaro disse condenar a violência e afirmou não ter visto a agressão, embora um assessor seu tenha dito a ele, no alto de rampa do Planalto, que uma equipe da Globo estava sendo expulsa da manifestação.

"Também condenamos a violência. Contudo, não vi tal ato, pois estava nos limites do Palácio do Planalto e apenas assisti a alegria de um povo que, espontaneamente, defendia um governo eleito, a democracia e a liberdade", escreveu. Em seguida, em rápida conversa com apoiadores diante do Alvorada, Bolsonaro atribuiu as agressões a "algum maluco" que, segundo ele, "deve ser punido".

Neste domingo, manifestantes pró-governo Jair Bolsonaro agrediram, ameaçaram e expulsaram jornalistas que cobriam o ato na rampa do Palácio do Planalto realizado neste domingo com a presença do presidente da República. Enquanto o presidente acenava para apoiadores, o grupo passou a dirigir ofensas ao repórter fotográfico Dida Sampaio, de O Estado de S. Paulo, que registrava o momento.

Um grupo se formou ao redor do fotógrafo, que foi derrubado por duas vezes e chutado pelas costas, além de tomar um soco no estômago. Além dele, o motorista do jornal, Marcos Pereira, também foi agredido.

Outros repórteres e profissionais de imprensa foram então empurrados e ofendidos verbalmente, incluindo os da Folha. Um repórter do site Poder360 também foi agredido pelos manifestantes. Ao mesmo tempo, Bolsonaro foi alertado, segundo imagens transmitidas pela live de sua rede social, da confusão envolvendo jornalistas.

Ele prestigiou pessoalmente a manifestação de apoiadores a ele e com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso. "Expulsaram os repórteres da Globo, expulsaram os repórteres", disse uma pessoa ao presidente. Bolsonaro então respondeu: "Pessoal da Globo vem aqui falar besteira. Essa TV foi longe demais", disse, sem repudiar as agressões aos repórteres.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou de "covardia" as agressões sofridas por jornalistas nas manifestações pró-governo. Questionado pela Folha sobre o episódio, Mourão respondeu: "Sou contra qualquer tipo de covardia e agredir quem está fazendo seu trabalho não faz parte da minha cultura".

A Polícia Militar, que acompanhou o ato durante todo o momento, não apartou a confusão ao ser acionada pela Folha. Somente em segundo momento, quando repórteres foram expulsos do local, a PM cercou a imprensa para fazer o isolamento. Profissionais foram retirados do local depois sob a escolta e veículo da polícia.

No sábado (2), um cinegrafista da TV Record foi agredido por manifestantes que estavam na porta da Polícia Federal, onde o ex-ministro Sergio Moro tinha depoimento marcado sobre as acusações sobre Bolsonaro. Na sexta-feira, um grupo de 60 enfermeiros que protestava na Praça dos Três Poderes, em defesa do isolamento social e em homenagem aos profissionais de saúde que morreram no combate à pandemia, foram agredidos verbalmente por alguns militantes bolsonaristas.

Usando máscara, os enfermeiros carregavam cruzes e faziam uma manifestação silenciosa. Um grupo menor, com roupas verde-amarela, chegou insultando os profissionais, chamando-os de "analfabetos funcionais"e "covardes".

O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) afirmou que vai processar os agressores. Um dos agressores foi à porta do Palácio da Alvorada nesta segunda-feira. "Agora não vi, em dias anteriores, a TV Globo sair em defesa de uma senhora e filha que foram colocadas a força dentro de um camburão por estarem nadando em Copacabana, outra ser algemada por estar numa praça em Araraquara/SP ou um trabalhador também ser algemado e conduzido brutalmente para uma DP no Piauí", escreveu Bolsonaro nesta segunda-feira, referindo-se às detenções ocorridas em municípios onde a circulação de pessoas está restrita como forma de enfrentamento ao coronavírus.

"A maior violência que o povo sofre no Brasil é aquela contra seus direitos fundamentais, com o apoio ou omissão da Rede Globo", escreveu.





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Olavo de Carvalho perde recurso e terá de pagar R$ 2,8 milhões a Caetano Veloso

Caetano Veloso e Olavo de Carvalho ()

Revista Fórum - Nesta semana, a juíza Renata Oliveira e Castro, da 50ª Vara Cível do Rio de Janeiro, negou recurso pedido pela defesa do astrólogo Olavo de Carvalho, em ação que envolve o guru bolsonarista e o cantor e compositor Caetano Veloso.
Na liminar, a defesa de Olavo tentava eliminar a multa de 2,8 milhões de reais que ele deve pagar ao artista, segundo decisão judicial.
No entanto, a juíza considerou improcedente a impugnação da sentença – que foi estabelecida em 2017, embora o valor da multa tenha sido corrigido em dezembro de 2019.
As batalhas judiciais entre Caetano Veloso e Olavo de Carvalho ocorrem desde o ano de 2017, quando astrólogo passou a usar as redes sociais para publicar notícias falsas relacionando o cantor a casos de pedofilia. Nas quatro decisões judiciais publicadas até o momento, Caetano venceu todas.
Leia mais na Fórum.

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Mundo em alerta: em duas semanas, Brasil é o 4º com maior número de casos de coronavírus



Há um clima de alerta global em relação ao Brasil: dados divulgados no domingo (3) pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças da Europa indicam que o país já é quarto com maior número de casos registrados por covid-19 nos últimos 14 dias, informa o jornalista Jamil Chade no UOL. Ao mesmo tempo, a OMS indicou que o Brasil já registrou o quarto maior número de mortes no mundo em 24 horas, considerando números entre sábado e domingo.
Nos organismos internacionais, a gestão da crise e a conduta de Bolsonaro são avaliadas como agravantes e o temor é de que, assim como nos EUA, presidido por Trump, a epidemia saia do controle no Brasil, ameaçando até mesmo países vizinhos. 
“A nova crise envolvendo o Brasil aprofunda o sentimento de desconfiança da comunidade internacional em relação ao governo de Jair Bolsonaro. (...) a atitude de Bolsonaro diante da pandemia é alvo de programas de TV no exterior, artigos em alguns dos principais jornais do mundo e duro questionamento por parte de especialistas e pela própria ONU”.
Os novos números da agência oficial da União Europeia confirmam esse temor. Em 14 dias (considerando até o dia 3 de maio), foram 59,9 mil novos casos confirmados no Brasil. No total, o país registrava 96,5 mil.
Nos últimos 14 dias, a liderança é dos EUA, com 397 mil novos casos. A Rússia vem em segundo lugar, com 87 mil, contra 68 mil no Reino Unido.
Países que até agora tinham os maiores números, como a Espanha e Itália, passaram a registrar um volume inferior ao do Brasil nas últimas duas semanas. No caso italiano, foram 33 mil novos casos nos últimos 14 dias. A Espanha registrou metade do número de casos que o Brasil. No total, esses países aparecem com um número superior de casos que o Brasil.
Mas é a aceleração de casos, de mortes e a falta de um plano que geram uma especial preocupação. Em termos de mortes nas últimas 24 horas até o dia 3 de maio, o Brasil aparecia no informe da OMS na quarta posição, com 428 casos confirmados. Nos EUA, foram 5 mil, contra 621 no Reino Unido e 474 na Itália.
Os números europeus sobre o Brasil coincidem com os alertas realizados por Donald Trump, que passou a citar o país em suas coletivas de imprensa ao citar a situação "difícil" vivida pelo governo de Bolsonaro.
O Brasil foi alvo de um protesto por parte de deputados do Parlamento Europeu. Os parlamentares enviaram uma carta ao alto representante da UE para Assuntos Exteriores, Josep Borell, criticando Bolsonaro e alertando que sua atitude poderia ter agravado a crise, segundo Chade. (247)


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VERBA Câmara vota auxílio emergencial para estados e municípios

                    Por: Agência Brasil
 (Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados)
Foto: Najara Araújo/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados deve votar nesta segunda-feira (4), em sessão virtual marcada para as 11h, a proposta de auxílio financeiro a estados e municípios para combate aos efeitos da pandemia da Covid-19. Ao todo, serão destinados R$ 125 bilhões, incluindo repasses diretos e suspensão de dívidas.

O Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP 39/2020) foi aprovado na noite de sábado (2) pelo Senado, na forma de um substitutivo apresentado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Por ser um texto diferente do aprovado pelos deputados, a matéria retorna para nova análise. Se aprovada sem alterações, a primeira parcela do pagamento do auxílio emergencial aos estados, municípios e ao Distrito Federal está prevista para 15 de maio.

Auxílio emergencial
Pela proposta, serão repassados R$ 60 bilhões em quatro parcelas mensais. Desse total, R$ 50 bilhões serão para uso livre (R$ 30 bilhões vão para os estados e R$ 20 bilhões para os municípios). Como não participa do rateio dos municípios, o Distrito Federal receberá uma cota à parte, de R$ 154,6 milhões, também em quatro parcelas. Os outros R$ 10 bilhões terão que ser investidos exclusivamente em ações de saúde e assistência social (R$ 7 bilhões para os estados e R$ 3 bilhões para os municípios).

Ainda para aliviar os caixas, estados e municípios serão beneficiados com a liberação de R$ 49 bilhões por meio da suspensão e renegociação de dívidas com a União e com bancos públicos e de outros R$ 10,6 bilhões pela renegociação de empréstimos com organismos internacionais, que têm aval da União.

As prefeituras serão beneficiadas também com a suspensão do pagamento de dívidas previdenciárias que venceriam até o fim de 2020. Somente essa medida, acrescentada ao texto durante a votação, por meio de emenda, representará R$ 5,6 bilhões a mais nas contas. Municípios que tenham regimes próprios de previdência para os seus servidores ficarão dispensados de pagar a contribuição patronal, desde que isso seja autorizado por lei municipal específica.

Os valores de dívidas não pagos serão incorporados ao saldo devedor apenas em 1º de janeiro de 2022, atualizados, mas sem juros, multas ou inclusão no cadastro de inadimplentes. A partir daí, o valor das parcelas que tiveram o pagamento suspenso será diluído nas parcelas seguintes.

O texto de Alcolumbre também permite a reestruturação das dívidas interna e externa dos entes federativos, incluindo a suspensão do pagamento das parcelas de 2020, desde que mantidas as condições originais do contrato. Nesse caso, não é necessário o aval da União para a repactuação, e as garantias eventualmente oferecidas permanecem as mesmas.

Para acelerar o processo de renegociação, a proposta define que caberá às instituições financeiras verificar o cumprimento dos limites e condições dos aditivos aos contratos. Já a União fica proibida de executar garantias e contragarantias em caso de inadimplência nesses contratos, desde que a renegociação tenha sido inviabilizada por culpa da instituição credora.

Rateio
A principal mudança feita por Davi Alcolumbre está na fórmula para repartir os recursos entre os entes federativos. O senador não concordou com a proposta aprovada pelos deputados, que usava como critério a queda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e sobre Serviços (ISS).

O rateio por estado será feito em função da arrecadação do ICMS, da população, da cota no Fundo de Participação dos Estados e da contrapartida paga pela União pelas isenções fiscais relativas à exportação. Já o rateio entre os municípios será calculado dividindo os recursos por estado (excluindo o DF), usando os mesmos critérios para então dividir o valor estadual entre os municípios de acordo com a população de cada um. Um dispositivo acrescentado ao projeto durante a votação determina que estados e municípios deverão privilegiar micro e pequenas empresas nas compras de produtos e serviços com os recursos liberados pelo projeto.

Os R$ 7 bilhões destinados aos estados para saúde e assistência serão divididos de acordo com a população de cada um (critério com peso de 60%) e com a taxa de incidência da Covid-19 (peso de 40%), apurada no dia 5 de cada mês. Os R$ 3 bilhões enviados para os municípios para esse mesmo fim serão distribuídos de acordo com o tamanho da população.

Alcolumbre usou a taxa de incidência como critério para estimular a aplicação de maior número de testes, o que, segundo especialistas, é essencial para definir estratégias de combate à pandemia. O índice também serve para avaliar a capacidade do sistema de saúde local de acolher pacientes da Covid-19.

A distribuição de acordo com a população visa a privilegiar os entes que poderão ter maior número absoluto de infectados e doentes. Alcolumbre observou que não adotou o mesmo critério para a divisão entre os municípios porque é mais difícil medir a incidência em nível municipal e para não estimular ações que possam contribuir para espalhar mais rapidamente a Covid-19, como a liberação de quarentenas.



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Bolsonaro nomeia para a PF indicado de Ramagem, barrado pelo Supremo

Presidente nomeou Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal

                   Por: Folhapress
Rolando Alexandre de Souza, novo diretor-geral da Polícia Federa
Rolando Alexandre de Souza, novo diretor-geral da Polícia FederaFoto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nomeou Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. A escolha foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta segunda-feira (4).

Neste domingo (3), nos protestos contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso, Bolsonaro avisou que nomearia o novo diretor. A escolha de Souza ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, STF (Supremo Tribunal Federal), ter barrado o nome de Alexandre Ramagem, amigo da família do presidente, para o comando da PF.

O novo diretor-geral do órgão foi indicado a Bolsonaro pelo próprio Ramagem. Souza é atualmente secretário de Planejamento da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), comandada por Ramagem.

A escolha é vista internamente como uma medida temporária. O presidente ainda tem esperança de encontrar uma saída para nomear o amigo de sua família para o cargo máximo da PF.

De acordo com auxiliares do presidente ouvidos pela Folha, Bolsonaro foi aconselhado a ter pressa para escolher um novo nome para o órgão após a decisão de Moares.

A liminar do ministro do STF contra Ramagem se baseou, principalmente, nas afirmações de Bolsonaro de que pretendia usar a PF, um órgão de investigação, como produtor de informações para suas tomadas de decisão.

O comando da PF foi o estopim para a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. Bolsonaro demitiu Maurício Valeixo, escolhido por Moro, da diretoria-geral da PF. Moro deixou o cargo acusando o presidente de querer interferir na atuação da polícia. O ministro do STF concedeu liminar (decisão provisória) a uma ação protocolada pelo oposicionista PDT, que alegou "abuso de poder por desvio de finalidade" com a nomeação do delegado para a PF.

Moraes destacou que sua decisão era cabível pois a PF não é um "órgão de inteligência da Presidência da República", mas sim "polícia judiciária da União, inclusive em diversas investigações sigilosas".

Bolsonaro reagiu e chamou de "política" e de "canetada" a decisão do ministro. "Eu respeito a Constituição e tudo tem um limite." "Se [Ramagem] não pode estar na Polícia Federal, não pode estar na Abin [Agência Brasileira de Inteligência]. No meu entender, uma decisão política", declarou.

No domingo, presidente mandou um recado ao STF: "Peço a Deus que não tenhamos problemas essa semana,. Chegamos no limite, não tem mais conversa, daqui pra frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço, e ela tem dupla mão".



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'Sou contra covardia; agredir quem está fazendo seu trabalho não faz parte da minha cultura', diz Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou de 'covardia' as agressões sofridas por jornalistas

                   Por: Folhapress
Hamilton Mourão, vice-presidente do governo Jair Bolsonaro
Hamilton Mourão, vice-presidente do governo Jair BolsonaroFoto: Valter Campanato/Agência Brasil
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou de "covardia" as agressões sofridas por jornalistas nas manifestações pró-governo neste domingo (3), em Brasília.

Questionado pela Folha de S.Paulo sobre o episódio, Mourão respondeu: "Sou contra qualquer tipo de covardia e agredir quem está fazendo seu trabalho não faz parte da minha cultura".

Manifestantes pró-governo Jair Bolsonaro agrediram, ameaçaram e expulsaram jornalistas que cobriam o ato na rampa do Palácio do Planalto realizado neste domingo com a presença do presidente da República.
Enquanto o presidente acenava para apoiadores, o grupo passou a dirigir ofensas ao repórter fotográfico Dida Sampaio, de O Estado de S. Paulo, que registrava o momento.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro foi alertado, segundo imagens transmitidas pela live de sua rede social, da confusão envolvendo jornalistas.

Ele prestigiou pessoalmente a manifestação de apoiadores a ele e com críticas ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso.

"Expulsaram os repórteres da Globo, expulsaram os repórteres", disse uma pessoa ao presidente.

Bolsonaro então respondeu: "Pessoal da Globo vem aqui falar besteira. Essa TV foi longe demais", disse, sem repudiar as agressões aos repórteres.



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Ameaça golpista de Bolsonaro é alvo de amplo repúdio

Em manifestação contra a democracia, bolsonaristas levam ao Planalto a bandeira dos EUA
Em manifestação contra a democracia, bolsonaristas levam ao Planalto a bandeira dos EUA (Foto: Divulgação redes sociais)

Foi ampla e enérgica a reação de políticos, dirigentes de entidades e ministros do STF aos ataques de Jair Bolsonaro às instituições democráticas. 
Durante manifestação que pedia o fechamento do Congresso Nacional e do STF, o titular do Executivo afirmou estar "no limite" e em tom ameaçador disse que tem o apoio do povo e das Forças Armadas. 
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores, lideranças partidárias e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, lamentaram as agressões sofridas por jornalistas em manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro neste domingo, em Brasília. A ministra do STF Cármen Lúcia defendeu a liberdade de imprensa. 
Pelas redes sociais, Rodrigo Maia lembrou também a agressão sofrida por enfermeiros ao encontrarem apoiadores de Bolsonaro em protesto no dia 1º de maio. "Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror", escreveu o presidente da Câmara.
"Lamento a informação de ter havido agressão a jornalistas em um dia tão significativo para imprensa como hoje. É inaceitável, inexplicável, que ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel do profissional de imprensa é o que garante a cada um de nós poder ser livre", disse a ministra do STF Cármen Lúcia.  
O ministro do STF Alexandre de Moares também criticou as agressões contra jornalistas neste domingo na capital federal.
“As agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas Instituições e pela Sociedade”, escreveu o ministro em uma rede social.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, criticou as declarações de Bolsonaro em que afirma ter chegado "no limite", ao dizer que não aceitaria mais "interferência" em seu governo. “Os limites que existem são os da Constituição, e valem para todos, inclusive e sobretudo para o presidente", escreveu Santa Cruz. 
Os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), do Rio, Wilson Witzel (PSC), do Ceará, Camilo Santana (PT) e do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB),condenaram as declarações antidemocráticas de Bolsonaro. (247)
Informações do Globo.

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Ministros do STF e entidades repudiam agressão sofrida por fotógrafo

Agressão ocorreu durante manifestação em frente ao Palácio do Planalto

                    Por: Agência Brasil
Agressão aconteceu em meio a ato realizado em Brasília no último domingo (3)
Agressão aconteceu em meio a ato realizado em Brasília no último domingo (3)Foto: Evaristo Sá / AFP
Ministros do STF e entidades repudiaram hoje (3) agressão sofrida pelo fotógrafo Dida Sampaio, do jornal O Estado de S.Paulo, durante manifestação em Brasília. Os manifestantes levavam faixas com mensagens contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

O profissional do Estado de .Paulo foi agredido com socos e chutes quando tentava registrar fotos do presidente cumprimentando os manifestantes em frente ao Palácio do Planalto. Além de Sampaio, o motorista do jornal, Marcos Pereira, foi derrubado com uma rasteira. Os agredidos deixaram o local escoltados pela Polícia Militar. Jornalistas de outros veículos também foram hostilizados durante o ato.

A ministra Cármen Lúcia lamentou a agressão na data em que é comemorada o Dia da Liberdade de Imprensa.
“É inaceitável, inexplicável, que ainda tenhamos cidadãos que não entenderam que o papel do profissional de imprensa é o que garante a cada um de nós poder ser livre. Estamos, portanto, quando falamos da liberdade de expressão e de imprensa, no campo das liberdades, sem a qual não há respeito à dignidade”, disse.

O ministro Alexandre de Moraes declarou que as agressões contra jornalistas devem ser repudiadas e não podem ser “toleradas pelas instituições e pela sociedade”.

Para Gilmar Mendes, a “agressão a cada jornalista é agressão à liberdade de expressão e agressão à própria democracia”.

Para o ministro Luís Roberto Barroso é preciso valorizar o papel do jornalista.

“Dia da Liberdade de Imprensa. Mais que nunca precisamos de jornalismo profissional de qualidade, com informações devidamente checadas, em busca da verdade possível, ainda que plural. Assim se combate o ódio, a mentira e a intolerância”, disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, manifestou solidariedade aos jornalistas e disse que"cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror."

Sociedade Civil
A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) disse que espera que os agressores sejam identificados e punidos de acordo com a lei.

“Além de atentarem de maneira covarde contra a integridade física daqueles que exerciam sua atividade profissional, os agressores atacaram frontalmente a própria liberdade de imprensa. Atentar contra o livre exercício da atividade jornalística é ferir também o direito dos cidadãos de serem livremente informados”, declarou a entidade.



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