terça-feira, 2 de julho de 2019

Na Câmara, Moro volta a dizer que não reconhece mensagens, mas que pode ter mandado 'algumas'


247, com informações da Agência Câmara - Começou por volta de 14h15 a reunião para ouvir o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Três comissões da Câmara dos Deputados realizam a audiência: de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Direitos Humanos e Minorias.
Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Além de mensagens entre outros procuradores membros da força-tarefa.
Em sua fala introdutória, antes dos questionamentos, Moro já afirmou que não reconhece as mensagens como "verdadeiramente emitidas". "O que houve aqui foi uma invasão criminosa de hackers em celulares de agentes públicos", declarou.
"Não está demonstrada a autenticidade dessas mensagens, o site se recusou a apresentar esse material a uma autoridade independente", declarou Moro, cobrando o Intercept, porém acrescentando: "pode ser que algumas mensagens eu tenha mandado".

Os vazamentos, segundo ele, são frutos de uma "tentativa criminosa de invalidar condenações e evitar o prosseguimento das investigações. Criminosos que receiam que a investigação chegue até ele".

Fila de inscrição
Desde o início da manhã, deputados fizeram fila para se inscrever e falar na reunião com Moro. Pela ordem dos trabalhos, o ministro tem uma fala inicial de 20 minutos. Depois disso, os autores do convite terão 5 minutos cada para falar e os demais deputados terão 3 minutos. Cada bloco de perguntas será formado por grupo de quatro deputados. Moro responde em 7 minutos. Mais de 60 deputados já se inscreveram.

O ministro deveria ter comparecido à Câmara no último dia 26 para dar esses esclarecimentos, mas cancelou a audiência porque estava nos Estados Unidos, o que revoltou o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Helder Salomão (PT-ES). 

Em audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos, o fundador do Intercept, o jornalista Glenn Greenwald, afirmou que houve conluio entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores que atuam na Lava Jato. Para ele, as mensagens vazadas apontam parcialidade nas decisões do então juiz. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), no entanto, defendeu o ministro. Ela afirmou que os documentos vazados eram resultado de crime de hackeamento e que as conversas não eram autênticas.
O ministro da Justiça e os procuradores da Lava Jato negaram irregularidade nas conversas e duvidaram do conteúdo das mensagens. Moro afirmou ainda que o conteúdo tem origem ilícita.
No domingo, diferentes cidades do País realizaram manifestações de apoio a Moro e à Lava Jato.
A audiência continua no plenário 1.
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