quarta-feira, 24 de julho de 2019

ILEGALIDADE PRF- interroga professores que organizam atos às vésperas de ida de Bolsonaro a Manaus

  Por: Ed. de Política
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal (Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal)
Foto: Divulgação/Arquivo Pessoal

Às vésperas da visita de Jair Bolsonaro a Manaus (AM), policiais rodoviários federais armados realizaram intervenção em reunião de professores sindicalizados que preparavam manifestações contra o presidente. Os três agentes foram ao local do encontro perguntar quem eram os organizadores dos atos.
 
Relatos de indignação foram compartilhados por participantes em redes sociais e revelados ao portal UOL por dois professores, que enviaram fotos da ação. Procurada, a PRF não respondeu qual a motivação ou o embasamento legal da operação.
 
"Eu havia acabado de sair da sala para beber água e me deparei com os policiais e a ponta de uma metralhadora. Cheguei a pensar que eles eram do sindicato dos policiais e de repente estavam ali para aderir ao movimento. Fomos falar com eles e eles falaram que estavam cumprindo ordem do Exército Brasileiro", declarou o professor de história Yann Ivannovick, que também é presidente da Frente Brasil Popular no Amazonas.
 
Segundo o acadêmico, a reunião estava prevista para iniciar às 17h na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Amazonas (Sinteam), no centro de Manaus. Meia hora antes, às 16h30, ele relata que os policiais chegaram ao local e afirmaram que acompanhariam a reunião.
 
O professor disse que explicou aos policiais que o ato era pacífico e teria como pauta manifestações contrárias ao "desmonte da educação", "pela defesa da Amazônia e da Zona Franca de Manaus".
 
"Disse aos policiais que o que eles estavam fazendo na sede do sindicato era um ato atípico. E eles responderam que, para eles, o que nós estávamos fazendo é que era atípico", relata. 
 
Segundo relato dos professores, os policiais entraram numa das salas do sindicato e passaram cerca de 30 minutos interrogando sobre o ato e seus organizadores. "Foram cordiais. Nós dissemos que aquela ação não era normal e que iríamos falar sobre isso nas nossas redes sociais, e eles riram", declarou Yann.
 
A reunião para organização das manifestações contrárias ao governo ocorreu depois da saída dos policiais.
 
Também presente no evento, o professor Gilberto Ferreira, diretor do Sinteam, contou versão semelhante. "Eles disseram que vieram a mando do Exército Brasileiro e foram gentis. Nós também", afirmou. O educador classificou o fato como "um retorno dos momentos que uma manifestação pacífica tem que estar acuada pelas Forças Armadas".
Procurada, a assessoria de comunicação do Comando Militar da Amazônia negou que tenha determinado a diligência no sindicato. 
 
"O Comando Militar da Amazônia desconhece a realização da suposta reunião, bem como não reconhece qualquer ordem oriunda de suas Unidades para tal. Cabe destacar que, o Exército Brasileiro atua com base nos princípios da legalidade, estabilidade e legitimidade", disse, em nota, a instituição. 
 
A assessoria de comunicação da Polícia Rodoviária Federal, seccional Amazonas, não foi localizada pelo UOL. 




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