sexta-feira, 31 de maio de 2019


  Por: Iracema Amaral - Estado de Minas
De acordo com o presidente, o choro deve ser 'angústia, né?' Ele reclamou que seu governo sofre 'sabotagens de ministérios aparelhados'. Foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press
De acordo com o presidente, o choro deve ser 'angústia, né?' Ele reclamou que seu governo sofre 'sabotagens de ministérios aparelhados'. Foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press

Cinco meses após ser empossado no cargo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu em entrevista à revista Veja, publicada na manhã desta sexta-feira (31/5), que já 'chorou pra caramba' durante esse período.

"Já passei noites sem dormir, já chorei pra caramba também. Angústia, né? Tá faltando o mínimo de patriotismo para algumas pessoas que decidem o futuro do Brasil", afirmou.

Bolsonaro reclamou do que ele classificou  como  'sabotagens' ao governo, fruto de 'ministérios aparelhados'.

De acordo com o presidente, ele também sofre com a  'inexperiência'  de sua base aliada, que esperam dele  resolver os problemas 'no peito e na raça'.

A entrevista  do presidente à Veja é publicada um dia depois de estudantes e professores irem às ruas pela segunda vez, em menos de 15 dias, para protestar contra os cortes de recursos  públicos para a educação. 

Na entrevista à Veja, Bolsonaro reclamou também do que que ele avalia ser influência da esquerda. Para o presidente,  essa ingerência ideológica de seus opositores verifica-se até mesmo  no Ministério da Defesa , hoje comandado pelo general Fernando Azevedo e Silva.

"No Ministério da Defesa, por exemplo, colocamos militares nos postos de comando. Antes, o ministério estava aparelhado por civis. Havia lá uma mulher em cargo de comando que era esposa do 02 do MST. Tinha ex-deputada do Continua depois da publicidadePT, gente de esquerda... Pode isso? Mas o aparelhamento mais forte mesmo é no Ministério da Educação",  disse Bolsonaro.

Na avaliação do presidente, a 'sabotagem' ao seu governo  é resultado de 'uma luta de poder' entre partidários da esquerda e da direita. 

Che Guevara X Brilhante Ustra
O presidente aproveitou a entrevista para lembrar do ex-chefe do DOI-Codi coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, apontado como torturador pela Comissão da Verdade, que investigou os anos de chumbo da Ditadura Militar no País (1964/1985).

Durante a votação em plenário do impeachment, em 2016, da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) -  presa e torturada nos porões da ditadura- o então deputado Jair Bolsonaro votou a favor do impedimento destacando em sua fala o ex-chefe do DOI-Codi.

"Pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff", disse o então parlamentar, no plenário da Câmara dos Deputados.

Nessa entrevista à Veja, Bolsonaro reiterou seu apreço a Ustra ao afirmar não ser contra os estudos nas escolas e universidades sobre Che Guevara, o guerrilheiro e um dos  líderes da Revolução Cubana. Entretanto, ressalva, Ustra também deve ser mencionado nas  escolas e universidades brasileiras, em oposição a Che Guevara.




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