segunda-feira, 20 de maio de 2019

FIASCO NAS RUAS DOMINGO PODE SER DERROCADA DO BOLSONARISMO



Líderes partidários da oposição e até aliados de Jair Bolsonaro consideram que as manifestações que estão sendo convocadas por sua claque para o próximo domingo (26) colocam o bolsonarismo quase num beco sem saída: se fracassarem, a sociedade irá entender que o governo se inviabilizou, sem apoio das elites, das mídias conservadoras, dos políticos e, finalmente, sem base social, enquanto a oposição assume a ofensiva no cenário e nas ruas; se forem amplas e virulentas, no tom emanado nas convocações, as mobilizações irão acender um sinal de alerta na sociedade quanto ao risco de conflagração institucional.
A avaliação do mundo político foi captada pela jornalista Daniela Lima, do Painel, para quem, com as manifestações, cresce a percepção de que Bolsonaro "pretende emparedar os Poderes na base do grito".
A convocação para os atos acontece num momento de verdadeira guerra interna na da extrema-direita, onde todos parecem brigar com todos. O MBL está abandonando o barco do bolsonarismo e, com isso, passou a ser alvo da fúria da militância digital fiel ao clã: perdeu 40 mil inscritos do YouTube em menos de uma semana e a hasthag #MBLtraidoresdaPatria é trending top no twitter. O tom da militância bolsonarista contra os ex-aliados é similar ao que dedicam à esquerda: "A força do MBL deriva da quantidade de seguidores nas redes. Devemos lançar uma campanha incessante de esclarecimento até que não restem seguidores. Muitas pessoas estão desinformadas sobre sua real natureza do MBL, são massa de manobra dos oportunistas" (aqui).
Há conflagração para todos os lados. As deputadas Joice Hasselmann e Carla Zambelli, ambas do PSL-SP estão numa briga pública pelas redes sociais; Zambelli acusa Hasselmann, líder do governo na Câmara, de ser responsável pela desarticulação da base parlamentar governista; como resposta, Hasselmann disse que a colega é burra e acusou-a de nepotismo. O mesmo acontece com o deputado federal Alexandre Frota e seu colega de bancada e agora presidente do PSL em São Paulo, Eduardo Bolsonaro, o "01" do presidente. O conflito em torno de Olavo de Carvalho também aumenta a cada dia; parlamentares insurgem-se contra o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzotti; bolsonaristas investem contra os militares...
Em meio a esse cipoal de acusações e intrigas a extrema direita, agora sem a sustentação da Rede Globo e demais veículos de mídia conservadores, tentará mobilizar multidões no domingo. Pode ser o canto de cisne do bolsonarismo.(247)



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