Via:Carlos Britto
Foto: Gabriel Siqueira/Blog do Carlos Britto
A tragédia ambiental que ceifou centenas de vidas em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), trouxe também muito apreensão ao Vale do São Francisco. O motivo é o Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do São Francisco, que poderá ser atingido pela lama de rejeitos da barragem da empresa Vale, que se rompeu na última sexta-feira (25).
Caso isso aconteça, seriam inevitáveis as consequências para o Rio da Integração Nacional – principal fonte da economia de cidades como Petrolina, que tem na agricultura irrigada sua maior receita. Atento aos fatos, o prefeito Miguel Coelho mostrou-se otimista quanto a um desfecho feliz desse episódio.
“Estamos, sim preocupados, mas tanto a Defesa Civil do município quanto do Estado estão monitorando. Temos mantido também contato com a Defesa Civil da Bahia, para que possamos tomar todas as medidas. Mas pelo que temos de relatos do governo federal e da Defesa Civil, inclusive a de Minas Gerais, esse sedimento pode ficar contido já na Barragem de Baixo Retiro, que é a primeira antes de chegar na de Três Marias. Mas caso chegue a Três Marias, eles já estão preparados para fechar a barragem, para que não passe mais água, exatamente para evitar que contamine o Rio São Francisco. Então, qualquer medida antes é precipitada. Não temos que ficar pensando no pior”, declarou.
O prefeito disse lamentar que, num intervalo de menos de quatro anos, outra tragédia desse tipo, envolvendo a mesma empresa, tenha ocorrido. A primeira foi no município de Mariana (no final de 2015). “Era para termos aprendido”, criticou. Ele aproveitou para cobrar uma fiscalização mais rígida dos órgãos responsáveis. Miguel também se solidarizou com as famílias, tanto dos mortos quanto dos que ainda estão desaparecidos.
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