Segundo a presidente do PT, é inaceitável virar as costas para "uma nação que enfrenta dificuldades"
Por: Folhapress
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos TrabalhadoresFoto: Alessandro Dantas/Senado
A
presidente do PT, Gleisi
Hoffman, justificou em nota sua ida à Venezuela para
a posse do ditador Nicolás Maduro,
nesta quinta-feira (10), afirmando que sua eleição foi
legítima, constitucional e pelo voto popular e que o Brasil sempre respeitou os
princípios de soberania e solidariedade entre os países. Maduro foi eleito sob
suspeita de ter fraudado o resultado das eleições de maio, para um mandato até
2025.
A votação ocorreu sem observadores internacionais, com vários líderes opositores impedidos de participar e a desaprovação dos países vizinhos reunidos no Grupo de Lima (exceto o México), dos EUA e da União Europeia.
Na última sexta-feira (4), os chanceleres do Grupo de Limaassinaram um documento em que acordaram não reconhecer a "legitimidade do novo mandato" de Maduro, por considerar que as últimas eleições não contaram com as garantias necessárias de um pleito "livre, justo e transparente."
A votação ocorreu sem observadores internacionais, com vários líderes opositores impedidos de participar e a desaprovação dos países vizinhos reunidos no Grupo de Lima (exceto o México), dos EUA e da União Europeia.
Na última sexta-feira (4), os chanceleres do Grupo de Limaassinaram um documento em que acordaram não reconhecer a "legitimidade do novo mandato" de Maduro, por considerar que as últimas eleições não contaram com as garantias necessárias de um pleito "livre, justo e transparente."
O México
foi o único dos 14 países presentes que não assinaram o documento. Firmaram o
mesmo os representantes de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa
Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
Bolsonaro tem
posicionamento crítico à gestão de Maduro e já afirmou que não pretende manter
relações com o país vizinho.
"É inaceitável que se vire as costas ou se tente tirar proveito político
quando uma nação enfrenta dificuldades. Impor castigos ideológicos aos
venezuelanos também resultará em graves problemas imigratórios, comerciais e
financeiros para os brasileiros", afirmou Gleisi na
nota.
Gleisi também
se posicionou ao lado do México contra a posição do Grupo de Lima, que
considera "abertamente alinhada com a postura belicista da Casa
Branca". Afirmou ainda que, "em qualquer país em que os direitos do
povo estiverem ameaçados, por interesses das elites e dos interesses econômicos
externos, o PT estará sempre solidário ao povo, aos que mais precisam de apoio.
O respeito à soberania dos países e a solidariedade internacional são
princípios dos quais não vamos abrir mão".
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