terça-feira, 27 de novembro de 2018

Brasil assina acordo para reduzir 144 mil toneladas de açúcar dos alimentos

   Via: Vinicius de Santana


O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (26) que o Brasil assinou um acordo para a redução de 144 mil toneladas de açúcar de alimentos industrializados no país até 2022. São 68 empresas envolvidas no acordo e 1147 produtos precisam reduzir açúcares.
O país será um dos primeiros países do mundo a fazer um acordo do tipo com a indústria de alimentos e bebidas. Segundo o ministério, o acordo segue o mesmo modelo do feito para redução do Sódio, que diminuiu mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos.
Segundo dados mostrados no evento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere um consumo de açúcar de até 50g por dia, ou seja, 10% das calorias consumidas diariamente seria o ideal. O brasileiro consome 50% a mais que a meta da OMS: 80 gramas por dia, sendo que 36% são os açúcares já presentes nos alimentos industrializados.
A indústria terá algumas metas de redução, especialmente as que adicionam açúcar mais que a média. São 48% acima da média preconizada pela OMS. Por exemplo, a meta é uma redução de 62% dos açúcares presentes nos biscoitos.
O Ministério da Saúde divulgará tabelas específicas de redução de açúcares para cada seguimento alimentício.
Durante coletiva de imprensa, Gilberto Occhi, Ministro da Saúde, falou sobre o acordo: “Este acordo tem um prazo de validade, em uma busca permanente dos melhores indicadores, mas acredito que valerá sempre. Este é um grande segundo evento, o primeiro foi feito há alguns anos com a redução do sódio e temos tido muito sucesso com esta redução. Ela é gradual, como é com o açúcar e como será com teores de gordura. Avançaremos também com a questão da rotulagem dos alimentos processado para que o cidadão possa fazer sua escolha com um pouco mais de informação e consciência”.
Sobre a meta de reduzir em até 144 mil toneladas, Occhi declarou: “É um número significativo na busca da conscientização da nossa população. Para que tenhamos menos problemas de doenças que podem ser evitadas na nossa sociedade, como a diabetes e a hipertensão”.

Redução sem substituição

O Ministério da Saúde e a Anvisa, durante os debates para a formulação do acordo, assinalaram a importância de que não haja uma substituição do açúcar por adoçantes ou gordura nos alimentos. O acordo brasileiro prevê que a indústria siga esta regra.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será a responsável por monitorar a redução e fará a fiscalização a cada dois anos. A primeira análise será realizada no final de 2020.
Para estabelecer as metas previstas no acordo, o Ministério da Saúde analisou critérios que envolvem desde o consumo e distribuição dos teores de açúcar dos alimentos até a necessidade de redução dos níveis máximos do alimento.
“Estamos começando um processo de redução, é gradativo nos próximos 4 anos. Não será dividido linearmente. Dentro daquilo que a OMS recomenda sempre que o cidadão tenha uma informação. Gradativamente, com o nível da redução de açúcar destes alimentos, eles vão se tornando mais saudáveis”, disse Occhi.
O Ministério da Saúde também alerta que fora os açúcares do alimentos industrializados, a população também adiciona açúcar aos alimentos consumidos e que a redução ao consumo do açúcar também passa por uma mudança de hábitos.
A indústria não antecipa impactos negativos na arrecadação, já que o acordo prevê tempo para transição e, segundo os representantes da indústrias presentes, “atende também uma demanda da população”.
Fazem parte do acordo a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), a Associação Brasileira das Indústrias d Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) e a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos)

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