sábado, 13 de outubro de 2018

Haddad comenta agressão de eleitor de Bolsonaro e diz que teme ataques a católicos

Candidato à Presidência pelo PT chama Bolsonaro de 'casamento do neoliberalismo desalmado que corta direitos trabalhistas, representado pelo Paulo Guedes, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macêdo'

  Por: Portal FolhaPE
Haddad e a esposa visitam paróquia Santos Mártires, no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo
Haddad e a esposa visitam paróquia Santos Mártires, no Jardim Ângela, na periferia de São PauloFoto: Ricardo Stuckert/Divulgação


O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, chamou - nesta sexta-feira (12) - o adversário, Jair Bolsonaro (PSL), de "produto do casamento do neoliberalismo desalmado que corta direitos trabalhistas, representado pelo Paulo Guedes, com o fundamentalismo charlatão do bispo Edir Macêdo". E afirmou ainda: "Sabe o que está por traz dessa aliança? Em latim chama 'auri sacra fanos'. Fome de dinheiro". As declarações foram dadas na manhã desta sexta-feira (12), em missa na paróquia Santos Mártires, no Jardim Ângela, na periferia de São Paulo. Durante a homilia, o padre irlandês Jaime Crowe conclamou uma oração às vítimas da violência em campanhas políticas. "Arma é instrumento de morte", disse.

Haddad disse também ser "preocupante que depois de atacar mulheres, negros, LGBTS, eles passem a atacar católicos". O petista relatou em detalhes perseguição que sofreu na véspera por bolsonaristas. "O que aconteceu foi que um ativista do Bolsonaro começou a ofender a Igreja Católica. Nós nos retiramos da CNBB [Confederação Nacional dos Bispos do Brasil], onde a entrevista ia ser concedida. Ele começou a ofender a Igreja Católica, chamando de igreja comunistaigreja gay, coisas completamente sem sentido. No trânsito até o hotel onde passamos a fazer a coletiva para evitar transtorno, ele seguiu, numa [caminhonete] 4 x 4, a nossa comitiva e tentou realmente furar a comitiva fazendo gestos. Mas acabou desistindo da provocação na porta do hotel", relatou.

O militante não foi preso, mas foi identificado e já está sob supervisão da Polícia Federal em função dos gestos de violência. "Ele agrediu muito a Igreja Católica, num país que é majoritariamente católico, e isso inspira alguma preocupação. "É isso: Bolsonaro é violência, é bala, é desrespeito. Ele é a representação de tudo que tem de pior em termos de violência no país", criticou.

Haddad disse que pretende combater isso com gestos, fazendo mensagem de paz, de concórdia, inibindo qualquer forma de violência e se afastando dos provocadores, além de denunciar a violência que está sendo cometida contra as pessoas que discordam da sua plataforma. "São mais de cem notificações de casos de violência no País e, em geral, eles tão usando a suástica nazista que o próprio Bolsonaro declarou já em entrevista que se estivesse na Alemanha dos anos 30 se arriscaria no Exército Nazista."

O petista afirma que não é fake news. "Vamos separar fake news do que o candidato fala a seu próprio respeito. A cultura violência, do estupro, da tortura, do nazismo quem abraça com as próprias palavras é ele próprio. Vamos combater e salvar esse país", disse.

"Kit gay"
Questionado sobre declarações de Bolsonaro, de que seria criador do "kit gay", Haddad chamou o capitão reformado de "grandessíssimo mentiroso". "Por que ele não me pergunta no debate? Você acha que uma professora primária ia aceitar isso na própria sala de aula? É um desrespeito ao magistério e às professoras, uma mentira deslavada de quem não tem projeto para o país a não ser armar as pessoas para que elas se matem", reagiu.



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