sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Proibido de olhar celular de namorada, rapaz mata jovem com tiro no rosto

Mônica e João Carlos namoravam havia seis semanas

Suspeito pediu o celular da moça para que ela não conversasse com ninguém enquanto ele estivesse fora
Suspeito pediu o celular da moça para que ela não conversasse com ninguém enquanto ele estivesse fora

Mais um caso de feminicídio chocou o Brasil esta semana. Um homem de 23 anos foi preso em flagrante, após matar a jovem com quem matinha relacionamento há pouco mais de um mês. O caso aconteceu nessa quinta-feira (30), em Goianira, município que fica a 230km de Brasília. João Carlos dos Reis Arantes deu um tiro na cabeça da namorada, Mônica Gonzaga Bentavinne, 22, após ela impedir que o rapaz mexesse no celular dela. 

Segundo a Polícia Civil de Goianira, o rapaz disse que queria ficar com o celular da namorada durante uma consulta odontológica que tinha marcado para o dia. O objetivo era impedir que Mônica conversasse com alguém enquanto estivesse longe do companheiro. Em depoimento, Arantes disse aos investigadores que, diante da negativa, teria efetuado um disparo para cima e que a arma falhou. Logo depois, teria apontado o revólver para a moça, achando que estava descarregada, a fim de assustá-la. Quando apertou o gatilho, ainda segundo o suspeito, foi surpreendido pelo disparo, que foi fatal, no rosto da jovem.

Testemunhas relatam que João Carlos chegou a levar a vítima ao hospital e que teria, inclusive, se oferecido para possíveis transfusões de sangue. Mônica, porém, não resistiu e morreu minutos depois. Quando soube que a namorada havia acabado de falecer, João tentou fugir, mas foi impedido por funcionários do hospital, que o seguraram e chamaram a polícia, que o prendeu em flagrante.

Segundo a Delegacia de Polícia de Goanira, as investigações sobre o caso já identificaram contradições na versão apresentada por João, inclusive sobre o carregamento da arma. Em depoimento, ele assumiu ser extremamente ciumento. Preso, o jovem responderá por feminicídio, quando o crime acontece por razão de gênero.
 
Revolta 
Primo da vítima, Gabriel Luiz Gonzaga, disse que a família não tinha muito conhecimento sobre o relacionamento de Mônica nem sobre como João Carlos a tratava. Segundo ele, Mônica era muito tímida, e por isso tinha dificuldade de começar relacionamentos. "Ele chegou a passar do meu lado dentro do hospital e eu não o reconheci, porque só conhecia por foto", relatou Gabriel.

Gabriel disse, ainda, que a família não acredita na versão contada por João. "Ninguém acerta um tiro no rosto de uma pessoa sem querer", desabafou. O rapaz pede que esse não seja só mais um caso de feminicídio. "Queremos justiça!", completou.
 
Nas redes sociais, amigos e familiares de Mônica lamentam o fim trágico do relacionamento. Em uma das últimas postagens da vítima, ela comemorava exatamente o começo do relacionamento com João Carlos, em 15 de julho. Várias pessoas comentaram a postagem, parabenizando o jovem casal. Nesta sexta, porém, a página oficial da moça já havia sido alterada para um memorial, com várias mensagens de despedida e revolta.
 
"Como assim? Não estou acreditando... Quando vi esse monte de postagem pensei que era seu aniversário, aí quando paro para ler vejo essa terrível notícia. Que Deus te receba de braços abertos. Foi muito bom ter te conhecido, que Deus dê o conforto a todos que te amam", disse uma das amigas de Monica, em uma postagem. 

O corpo de Mônica Gonzaga Bentavinn foi velado na tarde desta sexta-feira (31) na Paróquia Santo Antônio, e enterrado no Jardim Imperial Goianira.



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