quinta-feira, 21 de junho de 2018

Marília Arraes continua provocando o PT

Depois do desconforto provocado pelo anúncio, Gleisi Hoffmann vai reiterar, nesta quinta, prioridade da aliança com o?PSB

Por: Marcelo Montanini 
Marília Arraes e Sílvio Costa em clique durante a coletiva
Marília Arraes e Sílvio Costa em clique durante a coletivaFoto: Arthur Marrocos/Divulgação








Após o desconforto gerado pela vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), pré-candidata ao Governo de Pernambuco, na terça-feira, ao anunciar o deputado federal Silvio Costa (Avante) como pré-candidato ao Senado da sua chapa, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann vai se manifestar nesta quinta-feira. A dirigente deve reiterar o esforço do partido pela aliança com o PSB, do governador Paulo Câmara, como consta na resolução da Executiva nacional. Contudo, a vereadora segue fazendo suas movimentações. Em meio a um giro pelo Interior, Marília declarou que não haverá alianças entre petistas e socialistas.

Colocando-se como a candidata do partido, Marília disse que sua missão era vencer a eleição em Pernambuco para defender o projeto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado e assegurou que não haverá aliança com o PSB. “Não faz (aliança), esse é o discurso do PSB que está desesperado com seu projeto de poder ameaçado. Eles não têm projeto de transformação social, eles fazem projeto piloto, projetos que não beneficiam a população como um todo. Beneficiam uma parte pequena das pessoas, mas que gera uma propaganda bonita e tentam enganar as pessoas desse jeito”, declarou ela à Rádio Cultura Novo Tempo, em Santa Cruz, no Sertão.

Além de lançar um integrante da chapa, a petista fechou com o sociólogo José Luiz Ratton, um dos mentores do Pacto Pela Vida, como coordenador do programa de governo dela na área de Segurança Pública. Ela já havia anunciado o advogado Cláudio Ferreira, como coordenador-geral do programa de governo. Enquanto o partido não se define, Marília articula, porém estes movimentos têm sido considerados bruscos por correligionários estaduais e por integrantes do diretório nacional, visto que a vereadora havia firmado um pacto com Gleisi de que manteria relação diplomática até a legenda decidir o futuro. 

Do outro lado, Câmara tem sinalizado para o PT com elogios ao ex-presidente Lula, como havia sido combinado com Gleisi. Uma nova rodada de reuniões entre petistas e socialistas deve acontecer na próxima semana: Câmara e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, têm um encontro pré-agendado na quarta-feira, em São Paulo ou Brasília. Apesar de os partidos empurrarem para o final de julho as definições, ambos compreendem que precisam resolver isso o quanto antes e trabalham internamente com o prazo de no máximo na segunda quinzena de julho estarem com a aliança fechada. 

Marília, por sua vez, trabalha com o senso de oportunidade. Ciente das negociações, ela articula para aproveitar a brecha, caso a aliança seja inviabilidade por qualquer problema externo. Contudo, alguns petistas consideram que ele teve um erro tático ao se apressar e anunciar aliança com Silvio Costa, que possui resistências internas no PT. Um petista destacou que, em caso de alianças, o parlamentar do Avante não seria a prioridade do partido. 

No bojo da guerra de narrativas internas, a vereadora compartilhou uma notícia nas redes sociais do Frei Sérgio Görgen, da Ordem dos Frades Menores, que teria visitado o ex-presidente Lula na última segunda-feira e o petista teria declarado sua preferência pela candidatura dela. “Um recado de Lula, que aquece a alma e o coração”, escreveu a petista. O presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, que emitiu nota anteontem reforçando que o interesse da Nacional é pela aliança, disse que não comentaria mais o assunto ou qualquer outro relacionado.


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