quinta-feira, 3 de maio de 2018

Primeiro de maio dos “traidores”?


Jaques Wagner e Aldo Rebelo, dois ex-ministros dos governos Lula e Dilma, foram os personagens das comemorações do dia do trabalho. O povo poderia ter sido outro mas, infelizmente, novamente não apareceu.
O maior ato realizado foi mais uma vez o "bingão show" da Força Sindical em São Paulo. Sorteio de carros e a presença de artistas famosos marcaram o evento. Protestos aconteceram também em outras capitais com a presença da aguerrida militância de esquerda.
Em Curitiba, um belo ato de solidariedade ao ex-presidente Lula comandado pelo PT. Apesar de atravessarmos uma das maiores crises de desemprego de nossa história, sua excelência, o povo, parece olhar tudo de longe assustado.
Aldo Rebelo, pré-candidato a presidente pelo Solidariedade, esteve presente nos atos e foi à capital paranaense dar seu apoio a Lula. Recebido com vaias estrondosas, foi praticamente impedido de falar pela militância petista.
O ex-comunista e ex-socialista relâmpago foi ao ato sabendo o risco que corria. Sem fazer juízo de valor de sua opção partidária recente, o fato objetivo é que demonstrou coragem e levou a Força Sindical, base de sua pré-candidatura, ao evento.
Levou solidariedade e foi vaiado. A militância presente aplaudiu apenas PT, PCdoB e PSOL.
O que Ciro, o PDT e o PSB leram das vaias? Como setores do centro democrático, nacionalistas e desenvolvimentistas vão interpretar este ato de hostilidade? Haddad, Manuela e Boulos nos bastam?
Jaques Wagner deu, no mesmo primeiro de maio, uma entrevista importante onde explica em parte o que ocorreu. Maduro, equilibrado e com visão larga, o ex-governador da Bahia proclama que é "hora do PT ceder a precedência. Ninguém fica 30 anos no poder."
Reconhece que o momento é de muita dificuldade, que não é hora de abandonar Lula e que seu partido está numa enorme defensiva. Diz que esta situação torna delicado o debate de alternativas. Exclui seu nome e defende que a candidatura do ex-presidente seja levada ao limite.
Inabilitado o ex-presidente pela justiça, defende que o PT seja construtor da unidade do campo progressista e apóie um candidato de outra legenda. Não descarta que o partido indique a vice de Ciro Gomes e nem mesmo Joaquim Barbosa como alternativa.
Todas as pesquisas indicam que, unida, a esquerda vai ao segundo turno. Separados e isolados, o risco de um desastre e de uma disputa entre a direita e a extrema direita é enorme.
As pesquisas indicam que Lula venceria no primeiro turno. Os mesmo levantamentos mostram que um plano B do PT tem chances mínimas de vitória.
Não há dúvida que Lula é o principal cabo eleitoral do pleito. Para que o ex-presidente saia da cadeia, uma vitória do campo popular e democrático é essencial. Qual a melhor forma de alcançar este objetivo?
Não se trata de defender Ciro, Joaquim, Manuela ou qualquer outro nome. Precisamos reconhecer a importância estratégica da unidade do campo progressista, popular, democrático e nacional neste momento tão conturbado de nossa história.
Wagner e Aldo saem deste primeiro de maio como candidatos a "novos traidores". São eles os "Judas" do momento?
Os verdadeiros traidores são os que, com bravatas infantis e discursos esquerdistas irresponsáveis, conduzem a militância para o isolamento, para o beco sem saída pensando apenas em seus interesses particulares, encurralamento onde o povo será facilmente cercado e esmagado.
Prestem atenção nos movimentos. Nem tudo é o que lhe parece. A unidade é o único caminho para tirar o Brasil da atual situação. Quem são os verdadeiros traidores? Perceber quem está contra a unidade é um bom caminho para encontrar esta resposta.(247).


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