quinta-feira, 10 de maio de 2018

Manifestação cobra soluções para problemas no Hospital Dom Malan: ‘chega de mortes’


Líderes comunitários, um grupo de mães e a sociedade em geral se reuniram na manhã desta quinta-feira (10), para denunciar os óbitos registrados no Hospital Dom Malan/IMIP, em Petrolina. Somente na semana passada, dois casos foram registrados na unidade. A manifestação intitulada “Eu sou mãe! Eu tenho medo” teve concentração na Praça 21 de Setembro, por trás da Prefeitura de Petrolina. De lá, o grupo seguirá pela Avenida Joaquim Nabuco, até chegar ao hospital e depois vão até a Câmara de Vereadores de Petrolina.
Com recursos próprios, o grupo confeccionou camisetas e cartazes para o ato. Segundo os organizadores, a Rede PEBA foi questionada sobre a superlotação do hospital e aguardam posicionamento dos representantes. Entre as reivindicações dos manifestantes, está ainda a construção do Hospital Maternidade no município.
Emocionada com a morte da adolescente Miliam Carvalho da Silva, de apenas 15 anos, grávida de cinco meses, na última quarta-feira (2), na unidade de saúde, a líder comunitária, Luciana Santos, lamentou a situação. “A morte dela foi a gota d’água. Isso nos fez parar e pedir para avaliar. Não se pode concordar que exista uma taxa de óbito por quantidade de partos. As mulheres têm que chegar e ter os seus bebês tudo tranquilo”, acredita.
O também líder comunitário, Cicero Romão, afirmou que representantes do IMIP foram convidados a participar do encontro. “Isso é caso de polícia. Já tivemos uma reunião e estamos aguardando eles no movimento. Nota não salva a vida de ninguém”, disse sobre as explicações da diretoria da unidade. A liderança Alexandra Nunes enfatizou sobre a união de forças em busca de soluções para os problemas relacionados à saúde pública na cidade. “Unido a gente é mais forte. A gente que é líder trabalha em prol do povo. A gente quer que as coisas melhorem”, enfatizou.
Em entrevista ao Nossa Voz nesta semana, o diretor presidente do Hospital Dom Malan, Etiel Lins, revelou ocupação em 37% acima da capacidade. “O hospital ultimamente está com um atendimento muito grande. Na segunda-feira passada estávamos com 137% da ocupação. Para você ter uma ideia, nós temos 13 leitos de observação na emergência, que deveriam ser só leitos de observação, não é para internar ninguém. E estamos constantemente, na segunda-feira passada a gente tinha 41 mulheres internadas na observação. Estavam internadas esperando que lá na sala de parto desocupasse uma vaga para que elas fossem”.
Sobre a trágica morte de Milian Carvalho da Silva, ele disse que foi aberta uma sindicância para avaliar o caso. “A gente está ainda em investigação, abriu uma sindicância no hospital para estudar a causa do óbito que aparentemente foi um evento agudo que poderia acontecer como uma embolia provocada por uma complicação dessa amniorrexe prematura. A gente abriu a sindicância e ainda estão sendo ouvidas as pessoas do procedimento, explicou. Segundo ele, o caso deve ser encerrado em até 15 dias. (Grande Rio FM).

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