segunda-feira, 2 de abril de 2018

SERGIO STORCH CONDENA VIOLÊNCIA EM GAZA

ibraspal.org

Por Sergio Storch, em seu facebook – Amigas e amigos aguardam com ansiedade declarações públicas de movimentos de judeus progressistas sobre a ofensiva do Exército israelense contra a manifestação promovida na fronteira de Gaza com Israel. Haverá, embora possa demorar, por se tratar de processos coletivos.
Por outro lado, manifestações são urgentes, mesmo que individuais. Faço a minha.
Esse ataque, mais uma vez com violência desproporcional em relação ao que é apresentado pela propaganda israelense como ameaça --- a manifestação ao longo de sua fronteira --- foi um momento pontual, de uma escalada que certamente pode aumentar (e que pode também ser evitada por pressões intra-Israel e pressões das comunidades judaicas). Com certeza há uma estratégia de intimidação --- no meu entender, burra ao extremo --- em resposta ao movimento de palestinos, que é uma sucessão de ações que irão até o 15 de maio. É a data em que, com todo o direito e justiça, eles contrapõem à comemoração da criação do Estado de Israel --- que expressa a esperança do fim da tragédia judaica de 2000 anos no Ocidente --- como a data simbólica da Nakba, a tragédia palestina, em que foram expulsos 750.000 palestinos de suas terras.
A demora em declarações públicas de redes de judeus progressistas não impede declarações individuais, ou mesmo na mídia progressista israelense e judaica. Importante que sejam rápidas e numerosas, para neutralizar a campanha de propaganda do governo israelense, que busca justificar sua violência recorrendo, mais uma vez, à simplificação de apontar que palestinos são bucha de canhão de terroristas.
Dou minha opinião:
1. esse recurso da propaganda israelense tem forte penetração nas comunidades judaicas, em que são pouquíssimos os que lêem a própria imprensa de oposição israelense, e portanto a maioria é informada apenas pelos setores mais direitistas;
2. cabe, na minha opinião, a cada pessoa de nossos grupos não silenciar, e ser vocal contra a violência israelense --- inerente à própria ocupação e expropriação de territórios palestinos --- edm todas as oportunidades de celebrações familiares e comunitárias, para abrir olhos e ouvidos de seus próximos;
3. esta é, na minha opinião, a única forma eficaz de defender o Estado de Israel --- e eu o defendo, desejando que se torne um estado democrático e justo para todos os que lá vivem, e desejando que o povo israelense consiga recuperar nas eleições uma maioria democrática e contrária ao racismo que hoje caracteriza o seu governo, executivo, legislativo e judiciário;
4. essa violência que vimos mais uma vez contra o povo de Gaza é parte desse processo em que o governo israelense se perfila ao lado de governos que defendem o fascismo e a violência contra seus próprios povos, e que tem se voltado, também em Israel, contra seus próprios ativistas em direitos humanos, como ocorre também no Brasil, com muito mais violência --- #MariellePresente --- o que faz dessa luta contra a violência de Israel a mesma luta contra a violência do Brasil e a de todos os demais lugares em que a humanidade está vivendo um retrocesso em grande escala, que é preciso deter, pela união e combatividade das pessoas em torno de movimentos de resistência não violenta.
É uma visão pessoal, que estou certo ser comum a muitas outras pessoas, e que, nesta semana em que celebraremos 50 anos de Martin Luther King (4 de abril), devemos, nós que acreditamos nisso, nos dar conta do papel que tem cada um de nós, em atuar na forma em que cada um tem ao alcance, para restaurar os valores dos direitos humanos, da justiça e da paz.
Vale para Israel-Palestina, vale para o Brasil Casagrande-e-Senzala.
Aqui vai um artigo na mídia progressista israelense. Veículos como o Haaretz.com e o +972 Magazine são lidos e assistidos por cerca de 20-30% da sociedade israelense. Oxalá cheguemos no Brasil a esse percentual na audiência da nossa mídia alternativa. E oxalá essas mídias alternativas no mundo todo se unam para ganharem mais força.(247).


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