domingo, 18 de março de 2018

Brasil está entre os quatro líderes globais em homicídios de ativistas

País aparece em relatórios ao lado de Colômbia, Filipinas e México.
Vereadora Marielle Franco
Vereadora Marielle FrancoFoto: Reprodução/ Facebook
    (Folhape)

O Brasil é um dos países mais perigosos do mundo para defensores de direitos humanos, área central na atuação política da vereadora Marielle Franco (PSOL), cujo assassinato na última quarta (14) gerou comoção nacional. Relatórios de 2017 da Anistia Internacional, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e da ONG Front Line, que monitoram direitos humanos no planeta, colocaram o Brasil entre os quatro líderes globais em homicídios de ativistas, ao lado de Colômbia, Filipinas e México.

Segundo a Comissão Interamericana, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), três a cada quatro assassinatos de defensores de direitos humanos no mundo aconteceram na América Latina em 2016, concentrados no Brasil e na Colômbia.
Naquele ano, 66 defensores foram assassinados por aqui -um a cada cinco dias, em média-, segundo o Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos. Em 2015, foram 56.

"Há um aumento evidente da violência contra quem luta por direitos no país, apesar da subnotificação desses casos", avalia a advogada Layza Queiróz Santos, que integra o comitê. "O caso de Marielle é emblemático porque trata-se de uma mulher em ascensão na política e com visibilidade, o que deveria protegê-la", diz.

A grande maioria dos defensores mortos no país atuavam em conflitos na zona rural, ligados ao direito à terra e à proteção do meio ambiente. Segundo o último relatório da organização Global Witness, que monitora o trabalho de ambientalistas pelo mundo, o Brasil é campeão na morte destes ativistas.

"Há anos o Brasil é o pior lugar do mundo para quem defende a terra e seus recursos naturais. Essas pessoas, especialmente na Amazônia, estão sendo mortas em números recordes", afirma Billy Kite, da Global Witness.

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