terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Pernambuco registra recorde histórico de mortes violentas

Pernambuco termina 2017 com 5.427 mortes violentas e quase 120 mil casos de roubos e furtos
Foram quase mil mortes a mais do que o registrado no ano de 2016, crescimento de 21% e recorde histórico

Homicídios têm desafiado a polícia pernambucana. Foto: Nando Chiappetta/DP/Arquivo (Homicídios têm desafiado a polícia pernambucana. Foto: Nando Chiappetta/DP/Arquivo)
Homicídios têm desafiado a polícia pernambucana. Foto: Nando Chiappetta/DP/Arquivo

Pernambuco terminou o ano cravando índices alarmantes de violência. Em doze meses, as mortes violentas chegaram a 5.427. O recorde histórico desde a implementação deste tipo de balanço pela Secretaria de Defesa Social (SDS), feito em 2004, carrega o peso de uma média de 14,8 assassinatos e latrocínios por dia. Comparando ao ano anterior, 2016, foram 948 óbitos a mais. Os crimes contra o patrimônio, que incluem roubos a estabelecimentos comerciais, bancos, carros-fortes, ônibus e transeuntes, alcançaram a marca de quase 120 mil investidas, foram 119.747 no ano, uma média de 328 por dia. No comparativo, 4.945 casos a mais que no ano anterior. Somente de roubos a ônibus, foram contabilizadas, oficialmente, 1.406 ocorrências. A quantidade de estupros registrada nas delegacias do estado chegou a 2.134, enquanto os casos de violência doméstica bateram 33.188.

Os dados referentes ao mês de dezembro foram divulgados, nesta segunda-feira, pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco. O órgão comemorou a redução dos números de Crimes Violentos contra o Patrimônio dos últimos dois anos, alcançado em dezembro, quando houve 7.864. A queda foi sentida pelo quinto mês seguido, houve 7.864 registros dessa modalidade criminal em dezembro, contra 8.208 em novembro, 8.903 em outubro, 9.563 em setembro e 10.735 em agosto. Contudo, ao longo do ano, foram cerca de 13,6 investidas por hora. 

Sobre os assassinatos, a SDS lembrou que dezembro foi o segundo mês com menos registros de Crimes Violentos Letais Intencionais de 2017, com 394 ocorrências, contra 406 em novembro e 472 em dezembro de 2016. "Assim como nos CVPs, o segundo semestre do ano também reduziu os CVLIs em relação aos primeiros seis meses. Foram 323 vítimas a menos – de 2.875 para 2.552. O latrocínio foi um dos tipos de crimes que mais diminuiu nesse comparativo entre semestres. Saiu de 143 para 107. Com isso, a taxa de CVLIs por 100 mil habitantes também obteve decréscimo de 11,7% de um semestre para outro: passou de 30,31 para 26,75. Fizemos esse estudo comparativo entre os semestres para demonstrar que há uma tendência, e trabalhamos por resultados mais significativos em 2018”, avalia o secretário Antônio de Pádua. 

ASSALTO A ÔNIBUS

Assaltos a ônibus continuam preocupando a segurança pública. Foto: Rafael Martins/DP/Arquivo (Assaltos a ônibus continuam preocupando a segurança pública. Foto: Rafael Martins/DP/Arquivo)
Assaltos a ônibus continuam preocupando a segurança pública. Foto: Rafael Martins/DP/Arquivo

Durante todo o ano, a Secretaria de Defesa Social registrou 1.406 ocorrências. No segundo semestre, foram 282 ocorrências a menos que no primeiro. Entre janeiro e junho, tinham sido registrados 844 assaltos a ônibus. Em dezembro, foram 79 casos. 

ROUBO DE CARRO
Em dezembro, foram 1.361 registros. Durante todo o ano, foram 19.665 casos, cerca de 53 casos por dia. 

ALERTA CELULAR
Em 2017, as polícias conseguiram recuperar e devolver a seus proprietários 1.007 telefones celulares roubados. Lançado em março de 2017 pela SDS, o programa Alerta Celular ajudou a alavancar essas restituições. Para efetuar o cadastro no Alerta Celular, o usuário precisa acessar o site da SDS. Na página da ferramenta, deve informar o IMEI (Identificador Internacional de Dispositivo Móvel), que é uma série de códigos numéricos que todo aparelho possui com registro na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Esse número se obtém com uma consulta à nota fiscal ou à caixa do aparelho. Além disso, é facilmente encontrado usando o teclado do próprio celular: basta digitar *#06# que o código aparecerá na tela (uma série de 15 dígitos).

PRISÕES
No ano passado, as polícias prenderam 2.249 homicidas. Ao longo de todo o ano, 90 operações Força no Foco foram desencadeadas para prender assassinos e desarticular grupos de extermínio. Investigações de CVLIs foram descentralizadas para todas as delegacias distritais e novas divisões de homicídios foram implantadas. Ainda segundo a SDS, a principal motivação para CVLIs continua a ser o envolvimento com tráfico de drogas, acerto de contas e outras atividades criminais, com 53,3% dos casos. Em seguida, estão os conflitos na comunidade (15,5%). O latrocínio é a quinta motivação mais frequente, em 5,1% das ocorrências, seguido de excludente de ilicitude (4,1%), conflitos afetivos ou familiares (4,1%), outras motivações (1,9%) e feminicídio (1,5%). Em 48,4% dos casos, as vítimas também tinham passagem pelo sistema de justiça criminal.

“As estatísticas demonstram que o trabalho desenvolvido incansavelmente pelas operativas da SDS têm dado retorno à sociedade, que anseia por mais segurança. Em 2017, as polícias de Pernambuco efetuaram a prisão de 297 assaltantes de transporte coletivo e outros 105 que investiram contra instituições financeiras e carros-fortes. As operações de repressão qualificada, igualmente, têm papel fundamental na redução dos índices de criminalidade. A Operação Cerne, que abrange os bairros da Boa Vista, Soledade, São José e Santo Antônio, reduziu em 31% os crimes contra o patrimônio na região em novembro e dezembro de 2017, comparado com o mesmo período de 2016. E a presença maciça da Polícia Militar na Avenida Agamenon Magalhães foi decisiva para a diminuição de 57% nos CVPs de setembro a dezembro de 2017, em relação ao ano anterior. Também desencadeamos, no segundo semestre, as operações Papai Noel (em centros comerciais), Têxtil (Agreste) e Verão (litorais Norte e Sul), trazendo mais tranquilidade para trabalhadores, turistas e comerciantes”, ressalta o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antonio de Pádua. (DP).



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