sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Gerente da Compesa em Petrolina assegura: “90% do que arrecadamos ficam na cidade”



Alvo de reclamações de dez entre dez petrolinenses, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) tem um plano de investimentos que inclui, num prazo de 20 anos, tentar a universalização dos serviços de água e esgoto em Petrolina. A afirmação é do gerente regional João Raphael de Queiroz, em entrevista ao talk show do Blog nesta sexta-feira (19).
Em meio ao anúncio feito recentemente pelo prefeito Miguel Coelho, acerca de uma nova concessão no setor, João Raphael lembrou que o assunto ‘municipalização’ volta ao centro das discussões na cidade pela terceira vez. Mas preferiu não entrar nessa seara.
Voltando a citar os investimentos já feitos em Petrolina pela Companhia, o gerente assegurou que somente nos últimos dez anos, um total de 90% do volume arrecadado ficou na cidade. “A gente tem cerca de 60% com custos de operação e manutenção. Se você for buscar o que a gente investiu nos últimos dez anos, dá 30%. Somando 60% mais 30%, dá 90%. Então, 90% do que a gente arrecada está gastando aqui em Petrolina”, afirmou.
Sobre o polêmico subsídio cruzado, João Raphael explica que a prática é utilizada para que outras comunidades possam pagar a taxa de água, uma vez que a Compesa tem seus custos e precisa operar em locais considerados deficitários.
Furtos de água
O gerente revelou ainda que Petrolina conseguiu manter em 2017 um desperdício d’água de apenas 25% – abaixo da média nacional, de 40% -, graças aos esforços da Companhia. Esse número é um pouco maior do que 2016, que foi de 23%, mas João Raphael justifica que a empresa conseguiu intensificar o abastecimento no ano passado.
Segundo o gerente, o contrato da Compesa com o município prevê o combate aos furtos de água, o que pode reduzir ainda mais esse número. Ele explicou que a empresa em Petrolina possui 70% de “perdas aparentes”, ou seja, aquelas pelas quais a Compesa não fatura, mas a população está se beneficiando.
Pelo contrato, iniciado em agosto passado, a Compesa instalou hidrômetros e fez um estudo técnico junto à população para verificar se o consumo está adequado, e o resultado já causou surpresa porque essa ainda nem é a etapa em que a Companhia atuará no combate às ligações clandestinas.
Só na fase de instalação de hidrômetros, para fazer o diagnóstico, a gente encontrou 6% de fraudes. Para se ter uma ideia, essa empresa já trabalhou em cidades como Rio de Janeiro, no Mato Grosso, e não encontrou tantas fraudes como as que foram encontradas em Petrolina”, disse. O gerente informou ainda que a meta, ao fim do contrato de seis anos da terceirização desse serviço, é reduzir o desperdício d’água para 15%.(C.Britto).

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