domingo, 10 de dezembro de 2017

Morre a atriz Eva Todor, aos 98 anos

Eva Todor morreu no Rio de Janeiro neste domingo(10)


RIO — Morreu em casa por volta das 8h50m da manhã deste domingo a atriz Eva Todor, aos 98 anos. A informação foi confirmada por amigos da artista. A causa da sua morte foi pneumonia. Ainda não há informações sobre o velório.
— A Eva vinha sendo muito bem cuidada pelos enfermeiros e recebia visita de amigos com frequência. Ela esteve doente todo o ano e morreu de pneumonia. Eu estava aqui na hora com alguns enfermeiros e empregados. A Eva teve toda a assistência — disse Marcelo Del Cima, amigo da atriz, que havia sido internada em março deste ano.
Eva Todor sofria de Mal de Parkinson e estava longe da TV desde a novela “Salve Jorge”, exibida em 2012. A última aparição pública da atriz foi em novembro de 2014, quando recebeu uma homenagem feita por amigos artistas no Teatro Leblon.
A atriz somava mais de 80 anos de carreira. O início nos palcos foi por meio do balé, ainda na infância. Húngara de nascimento, Eva Todor (que tinha o sobrenome Fódor de batismo) chegou a dançar na Ópera Real de Budapeste. Filha de uma estilista e de um comerciante de tecidos, ela já mostrava talento para a vida artística, mas a realidade complicada do período entre guerras na Europa a fez fugir com a família para o Brasil, em 1929.

CONFIRA IMAGENS DA CARREIRA DA ATRIZ EVA TODOR

  • Eva em 13 de outubro de 1965. Antes de ingressar nas novelas, a atriz comandou um programa próprio na TV Tupi chamado “As aventuras de Eva”. Foto: Arquivo / Agência O Globo

  • Mas foi nas novelas e séries televisivas que ela se tornou um rosto conhecido dos brasileiros. Na foto, Eva aparece em cena da novela O Outro ao lado de Claudia Raia, Luma de Oliveira e Isis de Oliveira, em 1987. Foto: Carlos Ivan / Arquivo O Globo

  • Dali para frente, a televisão foi um de seus trabalhos prediletos. Foto: Arquivo

  • Mas também realizou trabalhos nos palcos, como a peça “Padre a Italiana”, em 1975, em que atuou ao lado de Marco NaniniFoto: José Vasco / Agência O Globo

  • Eva Todor, no papel de Miss Jane e Francisco Cuoco, interpretando Zé Higino, na novela “América”, em 2005. Foto: Márcio de Souza / Divulgação / TVGLOBO

  • Eva Todor (à esquerda) e Teresa Sodré na novela “Te contei” Foto: Arquivo O Globo

  • E seu trabalho rendeu várias homenagens ao longo da carreira, como o prêmio Shell de Teatro, em 2010.Foto: Monica Imbuzeiro / Agência O Globo

  • Ou uma exposição no Sesc de Copacabana, que ganhou em 2002.Foto: Simone Marinho / Agência O Globo

  • Eva também participou de filmes, como “Xuxa em Abracadabra”, de 2003. Na foto, aparece ao lado de Debby Lagranha.Foto: Zeca Guimarães / Divulgação

  • Eva Todor também atuou em “Meu nome não é Johnny”, de 2008, em que ela encarnou uma velhinha que vende drogas.Foto: Divulgação

Foi por meio do contato com um crítico de teatro que surgiu a oportunidade de fazer um teste para integrar o elenco de uma peça com Dulcina de Moraes. Mas não deu certo — o português de Eva ainda era incipiente, e ela foi reprovada. Pouco tempo depois, entretanto, ela conseguiu entrar na carreira por meio do teatro de revista. Aí deslanchou.
“Fiz um sucesso muito grande. Fiquei quatro ou cinco anos. E foi onde conheci meu primeiro marido, que era o diretor da companhia (Luis Iglesias). Eu me casei aos 14 anos. Depois, ele achou que aquilo não tinha futuro e montou uma companhia de comédia para mim. Todo mundo disse que ele era louco, porque eu era uma menina que não tinha experiência nenhuma e, além do mais, falava português pessimamente. Mas, deu certo. E a companhia ficou sendo Eva e seus Artistas, durante muitos anos. Só de Teatro Serrador, fiquei 23 anos”, relatou ela ao “Memória Globo”, lembrando que graças ao teatro resolveu “aportuguesar” seu sobrenome para Todor.
A naturalização como brasileira aconteceu com a forcinha de um personagem ilustre. Na década de 1940, quando fazia uma peça no Teatro Municipal, ganhou Getúlio Vargas como admirador, o que facilitou o processo para conseguir a identidade nacional.
Foi nas novelas e séries televisivas que ela se tornou um rosto conhecido dos brasileiros. Fez “Partido alto” (1984), “De corpo e alma” (1992), “O cravo e a rosa” (2000), entre várias outras. No cinema, Eva fez sua estreia ao lado de Oscarito, em 1960, com “Os dois ladrões”, de Carlos Manga. Foram cinco filmes no currículo, o último em 2008 (“Meu nome não é Johnny”).
Eva Todor era viúva e não deixa filhos.(O Globo)

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